- Poesias
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Hanahaki Disease
Em meu jardim há vazias borboletas
Em minhas pétalas há o negrume de tua voz
Entre cores de flores, paletas
Há a vermelhidão de sinfonias silenciosas.
O amar cresce, desabrocha em meus pulmões
O gostar fere minha garganta com espinhos
As flores de tua alma me consumiram, ferrões
Como se talos e pétalas me sufocassem, meu declínio.
Há de ser o amor, da forma de uma bela flor
Que em meu jardim nasce, sufoca e mancha
As vazias borboletas há muito se desmancharam
E teu amor em meu corpo; não possuo mais calor.
Esperei, falei, declarei, clamei
Chamei teu corpo ao meu
Mas à falta eu me entreguei
E surgiram flores em tosses, das quais jamais me livrarei.
E ao chão se foram margaridas
Belas rosas, junto de meu vermelho
E à vida foram-se orquídeas
Pétalas manchadas com o meu amar.
Não pude te encontrar
No gesto do meu olhar
Pois não lhe haviam cores
E acabei por desabrochar.
Eu olho no espelho
Vejo em minha pele tulipas
Vejo em meu coração jasmins
Choro por não veres meus jardins...
E eu cansei de tossir flores por você
Até quando irei reler
As pétalas doces de sua alma...
Até o dia anoitecer?
Quem sabe em meu jardim
Verá o que será de mim
Sufocarei com meu amor
Em belas flores carmesim.
Quem sabe as borboletas que tanto lhe atraem
Possam te levar a entender
Que por amor floresci em dor
E que pelo amor... sufoquei em flor.
Atualizado em: Sex 15 Out 2021