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TÓXICOS

Vejo os cotovelos da tarde, uma jovem senhora
que aparece nas contagens pedantes das horas
que desfilam: vão e se demoram e vêm e voltam
na luz que tinge a nuvem tal se ela fosse de rocha.
Penso nos bonzinhos das redes que se comovem
com as causas alheias, entocados em seus imóveis
trancados: são como robôs, seres fantasmagóricos
sem opinião própria e cheios dessa vaidade tóxica,
a de que o que parece ser é o que de fato importa.
Observo cá o morro — e é de lá que surge o código
oliva de uma nota… Da minha voz que se enforca
nos silêncios do poema e no cristal da mesa posta.
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Atualizado em: Dom 29 Nov 2020

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