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  • Jerry Bocchio – Detetive Particular – Capítulo III: O Cemitério Militar

    Após a visita ao salão de beleza favorito da senhora Alice Harback, acabei descobrindo que Allan Tresekos estava me escondendo informações importantes sobre o caso. No final das contas, fiquei tão intrigado com essa descoberta que esqueci do principal, que era saber como eram os procedimentos do salão em Alice Harback.
    O maquiador conseguia sim fazer perfeitamente um homem se passar por mulher. O Allan teve até trabalho para tirar toda a maquiagem. Porém, isso não era suficiente para comprovar a teoria maluca de Allan. Eu precisava de alguma prova palpável. Algo que demonstrasse que, de fato, tinha um doido que se inspirou em comédias de Hollywood dos anos 90 para executar uma vingança. Mas se o Allan continuar me escondendo informações, será impossível achar. Então, tive de confrontá-lo em meu escritório. Agora era o Allan que ia enfrentar um furioso Jerry Bocchio.
    – Senhor Allan, como você pôde me esconder essas informações? Elas são muito necessárias para o caso! O fato de saber que Alice foi internada sem esperanças de sobreviver muda toda minha linha de investigação. Você acha que eu sou tão burro a ponto de não descobrir?
    – Eu já disse que não sabia que eram importantes para o caso. Além disso, achei você meio burro mesmo desde a nossa primeira conversa.
    Então, Allan achava mesmo que eu era burro. Eu só queria saber o que influenciou essa suposição dele. Mais uma vez eu estava diante de alguém que não tinha confiança em meus métodos. Talvez fosse por isso que Allan gostava tanto de me acompanhar em minhas investigações.
    Allan percebeu que sua fala havia deixado um silêncio constrangedor e ficou incomodado, então tentou retornar ao assunto:
    – Mas me diga, detetive: tem algo mais que gostaria de saber?
    – Eu só quero mais detalhes sobre a internação de Alice.
    – Bom, como amigo da família, eu tentei visitar Alice no hospital. Mas os enfermeiros me diziam que ela não aceitava visitas de ninguém. Eu fiquei sabendo que nem da própria família ela aceitava.
    – Muito estranho, mas justificável. Talvez ela não quisesse que alguém tivesse uma última recordação dela sofrendo numa maca de hospital. Mas antes de ela ser internada, por que o senhor a acompanhava ao salão de beleza?
    – Bom... Ela se sentia sozinha quando seu marido estava lutando na guerra. Eu costumava passar as tardes dando companhia a ela.
    – Você ia até a casa dela?
    – Olha, detetive... Sim! Eu ia pra tomar café com ela. Mas era só isso. Aí, quando era dia dela ir ao salão, eu deixava ela lá e ia pra minha casa.
    – Só mais uma pergunta: ela adoeceu antes de ficar sabendo da morte de Ivan ou depois?
    – Antes. Só que a morte de Ivan aconteceu bem na época da recuperação de Alice.
    – OK, vou encerrar minhas atividades nesse caso por hoje então.
    – Como assim? Não vai investigar nenhum lugar hoje?
    – Olha, senhor Allan, isso foi muita informação nova. Preciso processar tudo um pouco pra traçar uma nova estratégia. E como eu sou meio burro, preciso de, pelo menos, um dia inteiro pra isso.
    – Ai, detetive, sinto muito se você se magoou com o que eu disse. Eu reconheço que você tem métodos de investigação e de raciocínio um tanto quanto heterodoxos, então deveria saber que isso causa um estranhamento nas pessoas.
    – Olha só! Agora fica me chamando de metido a hétero top!
    – O que? Não tem nada a ver uma coisa com a outra! Ah, quer saber? Eu estou achando melhor a gente seguir amanhã mesmo.
    Allan se levantou e saiu do meu escritório. Era exatamente isso o que eu planejava, pois minha intenção, na realidade, não era de continuar no dia seguinte, era de continuar sem o Allan. Allan era reconhecido por todos, isso atrapalhava minha investigação. Além disso, com essa história contada por ele hoje, percebi também que Allan estava muito envolvido no caso. Esse envolvimento afetivo também poderia atrapalhar.
    Com Allan fora do meu caminho, era hora de pensar em alguma outra linha de investigação. Eu poderia tentar o hospital onde Alice foi internada, mas esses médicos não gostam muito de falar sobre seus pacientes. Eles ficam falando que tem a ver com uma tal de ética. Nunca entendi essas coisas.
    Talvez o cemitério onde Ivan está enterrado poderia dar uma pista. Se eu conseguir as informações de quem foi no velório, quem fez o discurso ou quem organizou, talvez eu consiga a informação de alguém estranho aparecendo lá. Alguém que procura vingança, quando fica sabendo da morte daquele que considera ser seu algoz, costuma aparecer no velório pra comprovar. Vi muito isso nos filmes. É só uma suposição, mas é o que tenho pra hoje.
    Eu me lembrei que Allan havia me dito que militares e seus familiares tinham direito a um cemitério exclusivo. Pesquisei na internet qual era na cidade e encontrei o Cemitério Militar. Bem óbvio, não? Ele contava com tudo, inclusive uma administração com um cartório anexo ao lado do cemitério para as certidões de óbito. Então decidi que era lá que eu ia para buscar mais alguma pista.
    Fui à noite para evitar chamar muito a atenção. Pensei que era só chegar lá e procurar o túmulo, mas não, parece que você precisa se identificar também pra administração. Eu não sabia que funcionava desse jeito. Aliás, eu não sabia como nenhum cemitério funcionava porque nunca fui em um. Sempre tive medo. No balcão da administração estava apenas um senhor que era o responsável pela identificação. Ele sempre falava de um modo firme e direto, como um militar. Já começou perguntando o meu nome e o que eu ia fazer ali aquela hora da noite. Então precisei inventar mais um disfarce. Comecei a dar uns soluços e fazer cara de choro. Aprendi a fazer isso num tutorial do YouTube que ensinava a disfarçar tristeza.
    – Meu nome é Rubens Augusto Marchiello. Eu vim aqui prestar homenagem ao General Ivan Harback. Eu fiquei sabendo recentemente sobre a morte dele.
    – O senhor é alguém próximo a ele?
    – Eu não diria próximo, mas ele foi um homem que marcou a minha vida. O General Ivan Harback me tirou do mundo das drogas e me colocou no exército fazendo eu tomar jeito na vida – uma história grandiosa e que agrada o interlocutor sempre ofusca uma mentira, aprenda isso.
    – O General Ivan Harback nunca trabalhou no alistamento – OK, dessa vez não foi do jeito que eu esperava devido a essa informação.
    – Aaaah... É que ele abriu essa exceção pra mim. – Comecei a aumentar a frequência dos soluços – ele tinha esse dom de ver disciplina nas pessoas e ele enxergou isso em mim.
    – O General Ivan Harback era um militar reservado, não gostava de ficar fora de seu gabinete – que cara chato! Ele tem resposta pra tudo. Esses militares...
    – Aaaah... É que eu disse que eu era uma exceção, né?
    – Escute aqui, rapaz, eu só não te chuto pra fora daqui porque o General Ivan Harback não está enterrado neste cemitério.
    Mais uma informação nova escondida de mim. Fiquei tão surpreso que até saí do personagem.
    – Não? Como assim?
    – O General Ivan Harback desertou durante a guerra e perdeu seus benefícios como militar. Agora, senhor Rubens, se é que é esse mesmo o seu nome, dê o fora daqui!
    Além de chato, ele era bem esquentadinho também. Talvez fosse pelo fato de trabalhar à noite. Já vi muitos médicos falando que não se deve trocar o dia pela noite porque aumenta o estresse, eu acho.
    Enfim, durante a guerra que o Ivan lutava, Alice adoeceu e ele desertou. Além disso, no hospital, Alice não deixava ninguém visitá-la. Eu saí do prédio da administração desconfiado de que esses eventos possuem algo em comum. Eu estava na calçada matutando sobre isso quando me assustei com uma voz de uma mulher:
    – Bisbilhotando na minha vida, Jerry Bocchio?
    Era Alice Harback. Dei o azar de ir até lá bem num dia que ela ia visitar o túmulo do marido... Opa! O marido não estava enterrado lá! O que ela estava fazendo ali?
    – Olha, senhora Alice, se a senhora veio visitar seu marido, está perdendo tempo. Ele não está enterrado aqui.
    – Mas você é muito burro mesmo! Você acha que eu não sei onde meu marido está enterrado? Eu vim até aqui porque eu quero saber porque estou sendo investigada. Você tem o dever de me falar!
    Será mesmo que eu conto a teoria de Allan? Ainda bem que eu não sou engessado pelas instituições governamentais.
    – Eu? Investigando a senhora? Não, eu vim aqui porque... porque... eu vim visitar o túmulo do meu superior na polícia...
    – Você foi até o meu clube, depois foi ao enterro do meu cachorro, depois até o meu salão de beleza e agora está na porta do Cemitério Militar, com certeza presumindo que meu marido estivesse enterrado ali. E muitas vezes com aquele enxerido do Allan Tresekos. Aquele idiota fica me mandando mensagem direto desde quando saí do hospital. Você não está pensando que eu matei o meu marido, está?
    Droga! Eu sabia que essas pessoas reconhecendo o Allan iam acabar me atrapalhando.
    – Olha, como eu sou um detetive particular, e não da Polícia, eu não preciso ficar dando satisfação sobre minhas linhas de investigação. Então, se a senhora me der licença, eu preciso voltar ao meu escritório pra encerrar o dia.
    – Está bem então, detetive! Eu vou tomar providências para que o senhor se mantenha longe de mim e da minha família.
    Olha só! Ela veio me ameaçar sozinha, sem nenhuma autoridade por perto. Pelo visto eu estou no caminho certo. E ela está fazendo alguma coisa errada. Tomei meu rumo e voltei pra casa tentando imaginar alguma ligação entre os eventos que eu descobri.
    No dia seguinte, quando fui abrir o escritório, tinha uma pessoa me esperando na porta. Na hora me deu um receio, mas era apenas meu antigo parceiro da Polícia, Thomas Mangalvo. Thomas era o único que entendia meu raciocínio lá dentro e apreciava muito meu jeito de trabalhar. Ele gostava de ser meu parceiro e dizia que nós éramos a dupla de amigos Tom & Jerry, baseado no desenho do gato e rato. Isso indica apenas uma coisa: ele nunca assistiu Tom & Jerry.
    – E aí Jerry, beleza?
    – E aí Tom? O que o traz aqui? A Polícia precisa de ajuda minha? Eu estou num caso mas posso ver um espaço.
    – É, eu tô sabendo. Você está investigando a senhora Alice Harback, né?
    – Ué, como assim? Como você está sabendo disso? E a sua cara ainda me indica que você vai me dar más notícias.
    – É, pois é, Jerry. A senhora Alice Harback foi na Polícia hoje de manhã pedir medidas restritivas contra você.
    – Ai, que droga! Quer dizer que eu vou ter que passar por aquilo de novo?
    A nossa Polícia, quando recebe uma solicitação de medidas restritivas contra um detetive particular, solicita uma sabatina a ele para saber detalhes sobre a investigação. Se ela acha a investigação pertinente, ela autoriza a investigação com supervisão dela, mas se não achar, ela defere as medidas restritivas.
    – Mas não se preocupa não, Jerry! Eu vou fazer parte da sabatina. Como eu já te conheço, eu posso convencer a autorizar.
    – E quem vai ser o outro?
    – O Capitão Gregade.
    Essa não! O Capitão Lester Gregade é aquele que eu disse ao Allan que era meu capitão, que eu falei que também ficava falando "ai meu Deus, ai meu Deus" pra todo lado. Ele sempre foi muito rígido em relação às regras da Polícia. Ou seja, agora eu precisava mesmo de uma prova palpável e convincente.
    – Ah, que legal, Tom! Agora eu me ferrei de vez!
    – Ué, sua investigação tá muito parada?
    – Eu só tenho uma teoria maluca e nenhuma prova.
    – Caramba, Jerry! Então você precisa pôr sua genialidade pra funcionar rápido. A sabatina é depois de amanhã. Eu até me ofereceria pra ajudar, mas vou participar da sabatina, então não posso me envolver.
    E agora? Não pretendo desistir, mas tenho só hoje e amanhã pra conseguir algo. Espero que Tom esteja certo em relação à minha genialidade.
    Continua...
  • Jerry Bocchio – Detetive Particular – Capítulo IV: A Padaria Nova Caledônia

    Tom veio até meu escritório me dar péssimas notícias. Alice Harback foi até a Polícia pedir medidas restritivas contra mim. Agora eu terei que ir até a delegacia onde eu trabalhava para prestar contas sobre minha investigação. E o que é pior, terei que fazer isso para o Capitão Lester Gregade, meu antigo capitão quando eu trabalhava na Polícia.
    Agora só tenho dois dias, contando com esse, para ir atrás de algo que sustente minha investigação. O problema é que, além de eu não encontrar nada, ainda vou me enfiando num emaranhado de informações cada vez maior. Todas informações sem provas.
    Eu pensei em tentar voltar ao Hamilton's Fashion e dar uma prensa no maquiador, mas lembrei que quando Alice veio me ameaçar, ela citou que eu fui lá. Logo, é quase certeza que ela pegou essa informação com Hamilton e veio até mim. Então poderia ser perda de tempo ir até lá.
    Se a teoria maluca de Allan estiver certa, descobrir detalhes sobre a morte do General Ivan Harback ajudaria a dar um norte para minha investigação. Afinal de contas, seria um inimigo se vingando da família dele. Então comecei a tentar ver na própria internet mesmo se achava notícias sobre a morte do General. Tentei até entrar em sistemas próprios para a polícia com um login criado por um amigo meu, que eu não vou falar o nome. Tudo em vão. A única coisa que eu encontrei foi que ele havia desertado e desaparecido, depois disso, mais nada. Não encontrei nem sequer registros de punição a ele, já que desertar é crime. E olha que eu até tentei ligar para alguns contatos do Exército, sem solução.
    Não via outra saída, a não ser ir até o hospital onde Alice Harback havia sido internada. Eu teria que ser muito furtivo pra não chamar muita atenção. Só que quando me preparava para sair, meu telefone tocou. Era Allan Tresekos:
    – Alô, detetive Jerry Bocchio?
    – Sim, Allan, pode falar.
    – Preciso que o senhor venha à minha casa. Mandei meu motorista te buscar.
    – Olha, senhor Allan, eu estou com muita pressa pra resolver esse caso. Isso virou urgente.
    – Eu sei, detetive. É justamente sobre isso que eu quero falar. Só que, dessa vez, prefiro que seja em minha casa.
    Fui até a porta do escritório e, do lado de fora, estava o carro do Allan Tresekos com um homem em pé ao lado da porta do carro. Ele disse meu nome, falou que Allan estava me esperando e abriu a porta do carona. Entrei no carro pensando que agora tinha ferrado de vez. Allan também me escondia muitas informações. Isso também fazia dele um suspeito para mim.
    Chegamos à casa de Allan. Era uma mansão grande. O motorista passou pelo portão, atravessou o jardim e me deixou na porta. Allan estava me esperando no rol de entrada com um homem ao lado. Esse homem tinha cara de advogado. Desci do carro e andei até Allan, que também parecia apressado.
    – Doutor Perez, esse é o detetive que eu te falei. Jerry, esse é o Doutor Rodolfo Perez, meu advogado.
    Batata! Advogados... nunca me enganam. Enfim, nós três entramos e fomos até a sala de estar. O advogado e eu nos sentamos em poltronas e Allan, que continuou em pé, começou a falar.
    – É o seguinte, detetive: eu te chamei aqui porque Alice Harback foi até a Polícia e pediu medidas restritivas...
    – É, eu sei. Eu já estava indo investigar pra coletar provas pra sabatina de depois de amanhã quando o senhor me ligou. Não se preocupa não porque não é a primeira vez que fazem isso comigo.
    – Com você? Ela pediu medidas contra mim!
    – Eita! Você também? Parece que eu vou ter que me apressar ainda mais.
    – Então, sobre isso, eu gostaria que você ouvisse meu advogado. Doutor.
    O advogado levantou de sua poltrona e começou a falar:
    – Detetive, como vai? É um prazer conhecê-lo! – Detesto quando começam assim! Mau sinal.
    – Igualmente.
    – Eu estou aqui para combinar uma defesa com o senhor e o senhor Tresekos. Pra começar, eu peço para que o senhor pare imediatamente com as investigações.
    Ai, sabia! Sempre que um advogado começa falando manso, ele vai te jogar uma bomba. Mas dessa vez eu não queria saber de desistir. Tinha algo cheirando mal nesse caso, tão mal que encobria até o cheiro de lavanda da mansão de Allan (que, aliás, com tanto perfume disponível pra um cara rico como ele, ele escolheu lavanda?). Eu já não estava mais nem pensando no dinheiro, apenas em desvendar o mistério. Eu peitei o advogado.
    – Não mesmo! Tem algo estranho nesse caso e agora eu preciso descobrir o que é! Você sabia que o General Ivan Harback não morreu na guerra? Ele desertou. Ele morreu em outro lugar. E se ele voltou e foi assassinado aqui? Afinal, não possuem registros no Exército de qualquer tipo de punição, ele só consta como desaparecido.
    O advogado se surpreendeu com a descoberta que eu fiz sobre o General Ivan Harback. Porém Allan não parecia surpreso. Eu comecei a encarar Allan e ele começou a parecer nervoso. Aí eu precisei falar.
    – Allan, pelo visto, o senhor também tinha conhecimento dessa informação, não? Por que não me disse também?
    – Eu não sabia que era importante.
    – Tá virando personagem do Zorra Total, é? Só sabe dizer isso! Como você sabia disso?
    – Detetive, isso não é o que importa agora.
    – Escuta bem, senhor Allan. Você me contratou com uma teoria maluca na cabeça e eu fui o único que te deu ouvidos. Agora eu estou começando a perceber que isso é mais fundo do que parecia, mas não tenho nenhuma prova disso. Ou o senhor me diz tudo o que sabe, ou eu mesmo vou até a Polícia contar que toda a investigação foi baseada nessa sua ideia de comédia dos anos 90. Na frente da senhora Alice e tudo!
    Allan mudou sua feição de esnobe para uma feição mais de preocupação. Ele respirou fundo e dispensou seu advogado, que relutou um pouco, mas foi embora. Após isso, Allan pediu que eu o acompanhasse até a biblioteca da mansão. Lá, ele foi a uma estante velha, sem muito uso, no canto. Abriu uma de suas gavetas e retirou uma caixa. Fiquei apreensivo ao ver essa cena, mas ele logo abriu a caixa e nela haviam papéis. Eram cartas escritas por Ivan Harback para Alice Harback.
    – Como você conseguiu isso?
    – Alice recebia cartas de Ivan por meio de um contato de confiança dele no Exército que ele tinha no país quando estava lutando. Eu via Alice recebendo essas cartas.
    – Tá, mas como você conseguiu as cartas dela? Você ainda não respondeu.
    – Na verdade, após a internação de Alice, eu vi esse rapaz procurando ela, conversei com ele e fiquei de entregar as próximas cartas a ela no hospital, mas nunca consegui entregar.
    – Você ficou com elas todo esse tempo? Mesmo ela saindo do hospital?
    – É, ela ficou muito abalada com a morte do marido. Tanto é que o velório dele foi fechado. Talvez por causa justamente dele ter desertado.
    Opa! O velório foi fechado! Tá cada vez mais difícil achar alguém pra falar. Eu combinei de levar essas cartas para caso precisar na sabatina, em troca, Allan me fez prometer que descobriria a verdade e conseguir derrubar as medidas protetivas. Por que ele me pediu isso, sobre as medidas? Sei não, viu?
    No dia seguinte, analisei as cartas de Ivan para Alice. Pelo que entendi, o câncer de Alice já estava diagnosticado antes dela dar entrada no hospital. Ivan mandava as cartas preocupado se a doença iria se espalhar. Numa delas, ele dizia que estava preocupado com Alice, que não estava mais respondendo suas cartas e, por isso, decidiu deixar a luta para vê-la. Aí então estava o primeiro elo. Ivan Harback desertou durante a guerra para ir atrás de Alice.
    Porém, a carta que mais me chamou a atenção era uma que dizia o seguinte:
    "...Acabei de chegar no país, não posso passar no quartel general, pois o que eu fiz pode fazer com que eu seja preso. Em alguns dias, estarei no hospital. Não vou mais deixar o dever ficar entre nós dois."
    Só tinha um probleminha: essa carta era de um dia antes da Alice dar entrada no hospital. Pra falar a verdade, não tinha só essa carta de antes dela dar entrada.
    E o que é pior, as cartas também não dão nenhuma pista do paradeiro de Ivan Harback antes de sua morte. Será que ele foi morto no hospital? Mas se ele foi morto no hospital, alguém teria chamado a polícia no dia, não? A não ser que tenha sido um crime perfeito.
    Eram muitas suposições e teorias e pouco tempo. Então, decidi ir para um lugar onde eu poderia organizar minhas ideias do melhor jeito possível: a Padaria Nova Caledônia.
    Eu sempre vou à Padaria Nova Caledônia quando tenho um caso muito difícil. Dessa vez, não era diferente. Entrei, sentei ao balcão de atendimento e logo veio o Seu Rogério, com um sorriso de orelha a orelha, me atender. O Seu Rogério é o dono da padaria. Ele gosta de mim como cliente porque acha que, um dia, eu vou aparecer nos noticiários que ele deixa passando para os clientes assistirem na padaria, gerando assim, publicidade pra ele.
    – Fala JB! Vai pedir o que?
    – Boa tarde Seu Rogério. Eu quero um pingado e um pão na chapa, só.
    – Xiii! Tá pedindo café da manhã à tarde? Já sei, tá com mais um caso complicado.
    – É, pois é. E o pior é que eu tenho pouco tempo pra resolver essa... Atchim!
    – Ô Zé Maria, ou apaga o cigarro ou vai fumar lá fora! O cara aqui tem alergia, pô! Mas desembucha aí, JB. É sobre o que o caso?
    – Não posso falar detalhes. Envolve gente importante.
    – Ah, então daqui a pouco você vai aparecer aqui na TV. Olha, quando der a entrevista, tenta dar aqui na frente da padaria. Tá aqui o seu pedido. A vítima morreu do quê? Tiro, veneno, acidente?
    – Não sei, não consigo achar nenhuma informação sobre a morte da vítima. Só sei que ele estava fora do país, aí voltou fugido e desapareceu. Depois disso mais nada, só a família dele que diz que ele morreu.
    – Rapaz! No velório não tava o corpo dele?
    – A família deixou o velório fechado.
    – Então o cara tá vivo, pô! Não tem informação da morte do cara, não tem acesso ao corpo e só a família sabe onde tá enterrado? Além do mais, o que tem de homem que fica se fingindo de morto por aí. Tipo o Zé Maria. Né não, Zé Maria?
    Esse Seu Rogério, sempre tenta dar o pitaco dele nos meus casos. Mas, pensando bem, talvez ele tenha razão dessa vez. Enquanto fui comendo meu lanche, fui pensando nessa linha de raciocínio.
    Mas do jeito que a história está indo, se Ivan Harback estiver mesmo vivo, ou alguém da família ou o contato dele que entregava as cartas saberia o paradeiro dele. Só que Alice Harback não me quer por perto da família, só me sobra o homem que entregava as cartas. Mas eu não faço ideia de quem ele é, e mesmo se soubesse, ele é um militar, fazer ele depor em uma investigação não oficial seria muito difícil. Além do que, a sabatina é amanhã.
    Então eu me toquei, a sabatina é amanhã. Se eu conseguir convencer o Capitão Gregade que Ivan Harback pode estar vivo, a Polícia iria supervisionar minha investigação, sendo mais fácil colher depoimentos. Terminei de tomar o lanche na padaria e fui agradecer o Seu Rogério:
    – Seu Rogério, o senhor é um... Atchim!
    – De novo, Zé Maria? Já falei que é perigoso ascender cigarro perto da chapa! Termina de falar aí, JB.
    – Eu só quero agradecer porque você me deu uma ideia pro caso. Valeu!
    – De nada, JB! Só não esquece de dar a entrevista aqui na frente da padaria, hein?
    Voltei pro meu escritório pra montar minha argumentação. Tenho que ser bem cuidadoso, pois o Capitão Gregade é bem rígido quanto aos protocolos da Polícia.
    Tá vendo só como a Padaria Nova Caledônia me ajuda?
    Continua...
  • Jerry Bocchio – Detetive Particular – Capitulo V: A Sabatina

    O dia amanheceu. Levantei confiante, sem medo do que poderia acontecer na sabatina. O caso ainda não estava solucionado, mas minha intuição, ah, minha intuição, dizia que o que eu estava prestes a fazer era o caminho certo.
    Saí da minha casa e fui andando em direção ao meu escritório. Mas não sem antes passar na Padaria Nova Caledônia e tomar meu café da manhã habitual. O Seu Rogério já chegou me perguntando quando eu ia dar uma entrevista sobre o caso. Eu prometi a ele que se alguma emissora de TV me procurasse, eu iria correndo para a fachada da padaria.
    Cheguei em meu escritório, peguei as cartas que estavam guardadas em uma gaveta com chave. Deixo essa gaveta apenas para minhas coisas importantes, como provas de casos grandes, cartas de ameaças recebidas e cupons de desconto da praça de alimentação do shopping da cidade. Repassei elas mais uma vez e pensei bem no que iria falar na sabatina, afinal, tudo o que eu disser será avaliado pelo Capitão Lester Gregade.
    O Capitão Lester Gregade é um homem que segue as regras à risca. Ele não tolera brechas. Segundo ele, se a Polícia não mostrar que está cumprindo seu papel dentro da lei, a população nunca vai respeitar e colaborar com a Polícia. Eu até concordo em partes com ele, mas e se as regras forem feitas por pessoas que não gostam de seguir regras, como ficaríamos? Por isso que saí da Polícia, às vezes, as regras parecem estar do lado errado da história.
    Peguei minhas coisas e saí do escritório. Fui andando em direção à delegacia onde trabalhei. Quando cheguei lá, vi que poucas coisas haviam mudado. Algumas pessoas novas, muitas pessoas conhecidas, até a cela onde ficavam os presos temporários tinha um rosto conhecido, um cara que tinha um bom advogado. A mesa onde eu trabalhava agora era ocupada por outro investigador, ele me parecia ser bem mais sério do que eu. Talvez seja perfeito para o Capitão Gregade.
    Eu fui até a mesa da secretária e era a mesma, Maria Silveira. Ela é uma pessoa legal, mas às vezes tem a incômoda mania de ser muito debochada. Quando ela me viu chegando, já foi logo falando:
    – Ah, Jerry, você aqui de novo? Nem como detetive particular você se livra de problemas, hein?
    – Que bom ver você também, Maria. Eu estou aqui pra falar com o Capitão Gregade.
    – Já tá todo mundo lá na sala de reuniões esperando você. É só ir lá.
    – Ué, não vai me levar até a sala?
    – Ué, por quê? Você já sabe o caminho.
    Então lá fui eu, na sala de reuniões da delegacia. A porta estava aberta e uma mesa enorme estava ocupada faltando apenas um lugar, que supus que era o meu. Nela, estavam o Capitão Gregade, Thomas Mangalvo, um promotor do Conselho de Justiça, Alice Harback e até o Allan Tresekos e seu advogado. Allan estava com um olhar muito temeroso, afinal, ele acreditava que eu iria expor a teoria maluca dele, de que Alice Harback era um homem disfarçado.
    Assim que me sentei, o Capitão Lester Gregade, sério como sempre, olhou fixamente para mim e começou a falar:
    – Antes de nós começarmos, quero que você me escute bem, Jerry Bocchio. Não é só porque o senhor está fora da corporação que o senhor pode fazer tudo do jeito que deseja. Nós temos leis pra cumprir, todos nós. Investigação não te dá carta branca para importunar ninguém. Estou sendo claro?
    Agora era a hora do show:
    – Sim senhor, sempre tive consciência disso. Mas, em minha defesa, eu gostaria de falar duas coisas: primeiro, que eu não importunei ninguém, a senhora Alice Harback não estava presente em quase nenhum dos lugares onde investiguei, segundo, quando ela ficar sabendo da minha linha de investigação, vai querer retirar a queixa na hora.
    Nesse momento, todos os olhares vieram para mim com curiosidade, até o de Allan. Então, o Capitão Gregade perguntou:
    – Posso saber que informação tão estupefaciente é essa?
    – Segundo as informações que eu já apurei, tenho muitos motivos para acreditar que o General Ivan Harback está vivo.
    Geralmente, num filme, nessa hora todos os personagens fariam um "ooooh" uníssono e a trilha sonora tocaria um "tan, tan, tan" indicando um clímax. Infelizmente, não foi bem assim. O Capitão Gregade fechou ainda mais a cara, Alice Harback começou a rir de deboche e o Allan virou para seu advogado e soltou um "meu Deus", de novo orando.
    – Mas esse detetive é um idiota mesmo, como que vocês, da Polícia, aceitaram um sujeito desse para trabalhar? Eu enterrei meu marido, vi o corpo dele no caixão, como que esse sujeito fala que ele está vivo?
    – Como que o senhor pode fazer uma afirmação dessas, senhor Jerry Bocchio? – Perguntou o Capitão Gregade num tom ainda mais firme.
    Eu peguei as cartas que Allan havia me dado, retirei do maço a carta onde ele dizia que já estava no país e que iria para o hospital e entreguei ela nas mãos do Capitão Gregade.
    – O General Ivan Harback não morreu na guerra, ele desertou. Essa carta escrita por ele diz que ele havia acabado de chegar no país e que iria visitar Alice Harback no hospital.
    – Como você teve acesso a isso? – Perguntou Alice Harback, perplexa.
    – Responda apenas a mim, Jerry Bocchio. Isso não prova que ele está vivo. – Disse o Capitão Gregade, ignorando o espanto de Alice.
    – Eu sei, mas o paradeiro do corpo do General Ivan Harback é desconhecido. Ele não foi enterrado no Cemitério Militar, pois perdeu os direitos após desertar, o que significa que entre a saída dele e sua suposta morte, teve tempo do Exército fazer todo o trâmite de retirada de seus direitos. Além disso, o velório dele foi fechado, apenas a família mais próxima teve acesso ao seu corpo, mais ninguém. E também não existem registros do óbito dele no Exército, ele apenas é dado como desaparecido.
    – Jerry, Jerry. Eu dizia a você desde quando você trabalhava aqui. Você é muito criativo, mas você deixa ela afetar demais o seu trabalho. A sua história está muito mirabolante.
    – Isso mesmo! Prendam ele agora! – Gritou Alice, com uma voz firme e tom de autoridade.
    O grito e a postura de autoridade de Alice causaram um estranhamento no Capitão Gregade. Ele ficou encarando Alice, que logo voltou para sua pose de velhinha rabugenta normal.
    – Mas desta vez, eu vou te dar uma chance. Mangalvo, procure o nome do General Ivan Harback no sistema de controle de óbitos. Veja o que você encontra lá.
    – Sim, senhor! Agora mesmo!
    Thomas saiu da sala correndo, com um ar de confiança, foi até sua mesa e começou a olhar em seu computador. Ficou uns dez ou quinze minutos lá, ele sempre fazia questão de ser detalhista, imprimiu um papel e logo voltou correndo. Durante todo esse processo, Alice olhava tentando disfarçar sua apreensão, mas o suor frio e o tremor nas mãos indicava que ela estava acuada. Ao voltar pra sala, Thomas entregou o papel nas mãos do Capitão Gregade.
    – Senhor, o sistema de controle de óbitos não tem registro do General Ivan Harback.
    – Estranho, será que foi um erro no sistema?
    – Eu vasculhei várias vezes, senhor.
    – Senhora Harback, tem uma explicação que gostaria de dar?
    Os olhos de todos se voltaram para Alice, que agora não tinha mais como esconder seu medo.
    – Nós... Cremamos ele.
    – Mesmo assim, isso estaria constando aqui.
    – É que... Nós... Jogamos suas cinzas no mar.
    O Capitão Gregade foi ficando mais desconfiado ainda das reações de Alice, foi aí que eu aproveitei:
    – Capitão, porque o senhor não solicita a presença da família Harback para depoimento? Eles devem saber de algo que a senhora Harback não sabe. – Joguei verde pra colher maduro.
    – Bom, acho que vou ter que seguir sua sugestão, Jerry. Mangalvo, vá agora...
    – Não ouse incomodar minha família! – Interrompeu Alice, em tom ameaçador.
    – Senhora Harback, acho que a senhora não está compreendendo totalmente o que está se passando. O detetive Jerry Bocchio está me trazendo provas de que seu marido ainda está vivo depois de ter desertado de uma guerra. E as evidências que pegamos aqui estão fazendo esse caminho parecer ainda mais possível. Se alguém de sua família estiver sabendo de algo e escondendo o paradeiro dele, isso pode incorrer em muitos crimes. Se não for verdade, temos que eliminar essa teoria. Então seria bom chamarmos sua família aqui também.
    O Capitão Gregade virou-se para Thomas de novo para dar a ordem quando Alice, desesperada, levantou num movimento brusco da cadeira e interrompeu com outro grito, só que agora com uma voz muito mais grossa:
    – Não! Eu confesso!
    Alice Harback põe uma de suas mãos na cabeça, puxando seus cabelos para trás e tirando-os, revelando que seus cabelos eram, na verdade, uma peruca. Depois disso puxou a pele de seu rosto, revelando que era uma máscara de maquiagem. Após isso, com a peruca em uma mão e a máscara na outra, de cabeça baixa ela, que agora parecia ser mais ele, disse:
    – Eu sou Ivan Harback!
    Todos os outros na sala, falaram um uníssono "ooooooh" e depois logo ouviu-se um "tan tan tan", que eu percebi que era o toque do meu celular indicando que eu estava sem crédito.
    – Hehehe, desculpa aí pessoal, esqueci de colocar o celular no silencioso... Wow! Como é que é?
    – Ivan Harback! Acho que o senhor nos deve muitas explicações. – Disse o Capitão Gregade, ainda perplexo com a situação.
    – A Alice nunca se curou, ela morreu no hospital mesmo. Ela não deixava ninguém visitá-la porque eu estava lá com ela e ela tinha medo que alguém me visse e chamasse as autoridades. Tudo isso foi ideia dela, ela não queria que eu fosse preso depois de passar tanto tempo na guerra, então, antes de morrer, ela falou para eu assumir a identidade dela até que eu conseguisse limpar meu nome no Exército.
    – Como o senhor quer que acreditemos nessa história, General?
    – Primeiro, por favor, não me chame mais de General, não presto mais serviços ao Estado, nem quero prestar mais. Segundo, eu tenho uma gravação feita por ela enquanto estava no hospital.
    Ivan puxou o celular e mostrou um vídeo salvo. Nele, a verdadeira Alice Harback, bem fraca, falava com um pouco de dificuldade para a câmera:
    "Olá, eu sou Alice Harback, se meu marido está mostrando esse vídeo a você, é porque você deve ter descoberto nosso combinado. Eu autorizei meu marido a assumir minha identidade para que ele não seja preso. Eu prometo que quando ele conseguir arrumar a situação dele junto ao Exército, ele vai revelar toda a verdade. Mas eu não quero que ele fique longe mais da nossa família."
    Sua cabeça explodiu agora? Porque a minha, sim. Quer dizer que o doido do Allan tinha razão quanto à Alice ser um homem disfarçado? Só que é ainda mais doido porque o homem é o marido dela. Após o vídeo, Ivan continuou:
    – Eu desertei e voltei porque Alice tinha parado de responder minhas cartas. Então fiquei preocupado que pudesse ter sido o câncer. Mas quando cheguei no hospital, ela tinha acabado de dar entrada, o que significa que ela só não estava respondendo minhas cartas mesmo.
    Nessa hora eu fiquei incomodado com algo. Era um momento de revelação de verdades, eu tinha que falar outra coisa que eu havia percebido. Além disso, eu queria um clímax pra mim:
    – Ela não estava respondendo as cartas porque teve um caso com Allan Tresekos.
    – O quê?
    OK, OK, fiquei empolgado e falei demais. Ivan e Allan estavam querendo me matar e o Capitão começou a falar o clássico "ai, meu Deus" dele. Mas, já que eu tinha começado, né?
    – É, né? É que ela não respondia porque o Allan interceptava o rapaz que entregava as cartas e pegava as cartas pra ele. Percebi isso porque as datas de umas cartas eram anteriores à entrada de Alice no hospital, e o Allan me disse que só fez isso depois, então a conta não fechava. Além disso, Allan sabe muitos detalhes da vida dela, inclusive jeito de andar, de maquiar etc. Mas não sabia o nome do cachorro da família, já que ele não me avisou sobre isso no enterro do Jack, o que indica que ele era íntimo dela, não da família, como ele alegava. Também tem o fato do pessoal do salão de beleza ter reconhecido o Allan e tratado ele como íntimo da Alice. E se você somar isso ao hábito dele de ficar visitando a Alice quando ela estava sozinha em casa, né? Hehehe.
    – Allan Tresekos, seu enxerido, desgraçado! É por isso que você me enchia o saco me mandando mensagem?
    – Eu... Gostava do bolinho de chuva.
    Isso virou uma novela mexicana, né? Depois dessa fala de Allan, um silêncio sepulcral tomou conta da sala. Allan e Ivan me olhavam com vontade de me matar. O Capitão Gregade, depois de perceber isso virou pra mim e disse:
    – Jerry, pra sua segurança, é melhor você ir embora. Mangalvo, acompanhe ele pra evitar mais problemas.
    Enfim, esse foi o meu caso mais estranho até agora. Ivan Harback está respondendo na justiça por falsidade ideológica e ocultação de cadáver, por ter escondido Alice Harback. Allan Tresekos está enfrentando um divórcio e ainda teve todo o caso dele com Alice vazado na internet pela ex-mulher dele, que tava com raiva, viu?
    Quanto a mim, eu não ganhei todo o dinheiro que esperava, afinal eu expus o meu cliente, né? Coisas que acontecem. Mas sigo fazendo o meu trabalho esperando que esse caso me dê mais visibilidade pra eu poder dar a entrevista na frente da Padaria Nova Caledônia.
    Só sei de uma coisa: se eu ainda tivesse na Polícia, esse caso nunca teria chegado até mim.
  • Jerry Bocchio — Detetive Particular – Capítulo I: O caso

    Meu nome é Jerry Bocchio, trabalho como detetive particular. Os clientes que vêm até mim costumam me mandar casos que a polícia rejeita por achar que não tem importância. Porém, todos os casos têm alguma importância: furtos de lojas, gatos de água, luz ou internet, plágios entre outros.

    Naquele dia não foi muito diferente. Estava eu, sossegado em meu escritório, quando um homem aparentemente muito rico entrou na minha sala. Ele estava um pouco assustado, talvez pela luz baixa que eu deixo no meu escritório — eu vejo nos filmes que isso passa uma boa impressão ao cliente.

    Após se sentar na cadeira em frente à minha mesa, ele logo começou a falar:

    — O senhor é Jerry Bocchio?
    — Quem é que me pergunta?
    — Meu nome é Allan Tresekos.

    Allan Tresekos é um importante empreiteiro no país. Dono de muitas empresas que mexem com construção civil.

    — O que um homem como o senhor faz aqui no meu escritório?
    — Infelizmente, a polícia não acredita no meu caso.Estão pensando que estou louco. Então fiquei sabendo de seus trabalhos e me interessei.
    — Conte-me mais.
    — Eu desconfio, aliás, desconfio não, tenho certeza de que uma senhora que frequenta mesmo clube que eu é, na verdade, um homem disfarçado.
    — Opa, Opa! Pode parar por aí! No meu escritório não tem espaço pra preconceito!
    — Como é?
    — Poxa vida, senhor! Estamos no século XXI! Existem mais de dois gêneros, atualize-se!
    — Não é nada disso que eu estou falando, detetive! Eu conheço essa senhora desde quando eu era criança. Só que de uns tempos pra cá eu percebo algo diferente na atitude e na aparência dela.
    — Aaaah! Então tá, pode continuar.

    Para continuar a ouvir, peguei um cigarro e comecei a dar um trago. O problema é que logo depois do primeiro trago eu comecei a tossir demasiadamente.

    — Está tudo bem, detetive?
    — Não, não (cof)... Tá tudo bem (cof)! É que eu não fumo (cof, coooof).
    — Se você não fuma, por que pegou esse cigarro?
    — É que causa uma boa impressão pra um detetive (aaaa-ham). O senhor não vê isso nos filmes (cof, cof)? Mas pode continuar a história (aaaa-ham).
    — Certo... Então, o nome dela é Alice Harback, ela é uma amiga da minha família. Eu estou preocupado porque ela é viúva do General Ivan Harback. Talvez algum inimigo antigo dele tenha aparecido e...
    — Atchim! Atchim!
    — Tossir por causa de cigarro eu vejo muito, agora espirrar, aí é nova.
    — Ai... É que fumaça de cigarro ataca a minha rinite. Mas não se preocupa não porque eu tenho um antialérgico aqui na minha gaveta.
    — Você toma antialérgico assim? Tem a receita pelo menos?
    — Ué, pra que eu preciso de receita se eu posso comprar um pronto na farmácia?
    — Meu Deus, eu não acredito que ouvi isso!
    — Além do mais, deve ser muito caro comprar os componentes e os frascos pra fazer...
    — É receita médica que eu tô falando! Aquele papel que o médico te dá autorizando você a comprar um remédio e instruindo como tomar.
    — Aaaah! É receita o nome disso? Caramba! Pra que dar o mesmo nome, né? Já pensou se a indústria da confeitaria descobre isso? Pra comer bolo, você só vai poder se tiver receita assinada por um confeiteiro. Gente, isso ia ser...
    — Você vai ouvir a história ou não, detetive?
    — Tá bom, Tá bom! Desculpa! Pode falar.

    De fato, a história dele parecia muito maluca mesmo. Ele acreditava que um velho inimigo do General Ivan Harback havia matado Alice Harback e assumido o lugar dela na família para completar sua vingança. Um chapéu de alumínio cairia bem na cabeça desse homem.

    Mas minha intuição, ah, minha intuição, me dizia para pegar o caso. Bom, talvez não fosse tanto minha intuição assim, mas a minha ganância disfarçada, já que era um caso que envolvia a alta sociedade. Mas ouvi minha intuição falando que a voz da intuição que eu ouvi era a minha intuição de verdade e resolvi aceitar o caso. E minha intuição, ah, minha intuição, essa raramente errava.

    O plano era o seguinte: eu iria com Allan até o Clube Cerejeiras na festa de aniversário de um dos membros. Allan diria que eu sou convidado da família dele. Eu, com meu conhecimento sobre a alta sociedade, tentarei sociabilizar com alguns membros pra não levantar suspeitas. Quando eu avistar a Senhora Harback, eu tentaria chegar perto para verificar algum ponto que corroborasse a suspeita de Allan.

    Tudo começou bem como o planejado. Allan veio me buscar em meu escritório, me levou a seu alfaiate para me emprestar um terno e de lá fomos ao clube. Allan me apresentou como Rafael van Treven. Logo chegou um outro frequentador do clube para falar com Allan.

    — Allan, meu amigo! Que surpresa ver você aqui no clube numa quarta feira! Por um acaso esqueceu de pagar a mensalidade e veio quitar a dívida? – Disse o sujeito com um ar completamente esnobe.
    – Não, Marcelo. Na verdade vim aqui para apresentar o clube a um amigo meu. Deixe-me apresentá-lo: Marcelo, esse é Rafael van Treven. Rafael, esse é Marcelo Rubino, dono da Alfaiataria Rubino.

    Chegou a minha hora de brilhar na atuação.

    – Ah, claro, a Alfaiataria Rubino! É um prazer conhecê-lo!
    – O prazer é todo meu! Me diga, van Treven, pelo seu sobrenome, suponho que sua família veio da Europa, correto!
    – Claro! Meu avô era um comerciante muito conhecido na Suécia.
    – Suécia? Pensei que sobrenomes com van vinham da região da Holanda, Bélgica ou próximo.
    – Aaaah! É que ele morava perto da fronteira.
    – Suécia fazendo fronteira com a Holanda?

    Eu não sabia que os ricos gostavam tanto de geografia. Se eu tivesse suspeitado disso na infância, com certeza tinha me esforçado mais nessa matéria e hoje teria dinheiro. Pra minha sorte, avistei Alice Harback sentada a uma mesa perto da janela, completamente isolada e mexendo no celular. Deixei Marcelo e Allan, que por algum motivo estava com as mãos no rosto dizendo "meu Deus", e fui até uma mesa ao lado de Alice.

    Alice pôs o celular no ouvido e começou a falar. O bom de clubes de gente rica é que eles falam muito baixo, então, se eu quiser me concentrar na conversa alheia, é só eu direcionar minha audição, que é muito boa, por sinal. Pra se ter uma ideia, eu consigo localizar uma barata no meu escritório apenas ouvindo seus passos, assim eu consigo fugir mais rápido.

    Alice falava com muita veemência ao telefone:

    – Sim, Jack já foi sacrificado. Não se preocupe, eu sei como ele fazia bem pra família, fiz questão que ele não sofresse mais. Diga às crianças que ele foi para um lugar onde não vai acontecer nada de ruim a ele. Vamos enterra-lo assim que essa reunião do clube acabar. Eu te passo o endereço.

    O maluco do Allan estava certo, ou quase! Aquela mulher havia matado um membro da família e agora queria mentir sobre seu fim. Como foi fácil, eu só precisava pegar o endereço do cemitério onde ocorreria o velório e desmascarar aquela velha na frente de todos.

    O velório aconteceu no Cemitério São Francisco de Assis. Eu chamei Allan Tresekos para vir comigo para testemunhar o caso sendo solucionado. Allan estranhou e disse que aquele cemitério não era o cemitério que a Família Harback costumava enterrar seus membros. Segundo Allan, como Ivan Harback era um oficial do Exército, eles tinham direito a um cemitério exclusivo. Rapaz, agora que eu estou aqui falando com você, eu tô percebendo. Como esse Allan sabe tanto detalhe dessa família?

    Chegamos ao cemitério bem na hora que haviam enterrado o caixão. Os dois netos de Alice Harback, Enzo e Rebeca, choravam em volta da avó. Alice mantinha sua feição seria, com o queixo erguido. Mal sabia ela que eu iria derrubar aquele queixo – no sentido de deixar surpresa, sem violência, ah, você entendeu.

    – Alice Harback, parada! A senhora está presa!

    – Você pode dar voz de prisão, detetive? – perguntou Allan, estragando minha entrada.

    – Posso saber porque estou sendo presa?

    – Pelo assassinato de Jack Harback!

    – Você matou o Jack, vovó? – perguntou Rebeca.

    Agora eu havia pegado ela de jeito, no bom sentido! Então continuei dando seguimento ao meu excelente trabalho de detetive:

    – Sim, ela matou Jack Harback! Ele sabia de algo que ela queria esconder e então ela sacrificou Jack Harback...

    – Pare de chamar ele de Jack Harback! O nome dele era só Jack – Alice me interrompeu de um modo desesperador.

    – Ah, é? Você não considerava ele da família?

    – Não é isso, seu idiota! Jack era o nosso cachorro! – Alice me respondeu apontando para uma placa com o nome do cemitério que dizia: "Cemitério de Animais São Francisco de Assis" – Eu sacrifiquei ele porque ele estava muito doente, mas não queria dizer isso para meus netos! Foi você quem trouxe esse idiota, Allan?

    Allan não conseguia falar outras palavras que não fossem "ai meu Deus". E eu havia cometido um erro. Um silêncio sepulcral tomou conta do ambiente, quando resolvi falar:

    – Aaaah! Bom... Talvez esse cachorro tinha uma segunda família.

    E agora? Por causa de um erro, me expus à investigada. Agora ela sabe que tem um detetive brilhante no pé dela e vai fazer de tudo para atrapalhar minha investigação.

    Continua...
  • Kidnapped - Sequestrada.

    POV'S Alessa Katherine Kendrick.
        - Se alguém tem algo contra este casamento, fale agora ou cale-se para sempre. - Disse o padre.
       - Amiga é agora! - indagou Courtney que estava sentada ao meu lado. E ao lado dela estavam Hanna e Babi. Éramos as damas de honra, e que honra. Sorri com meu pensamento.
        Olhei do outro lado e em outro banco estavam sentados os meninos que iriam nos ajudar. Meninos que estudaram conosco. Os olhei e pisquei.
       Um deles se levantou e veio até mim. Estendeu sua mão e eu segurei na mesma. Me pus de pé e estalei os dedos, como se fosse um sinal. Logo uma música começou a tocar. Uma música romântica. O que fez todos olharem maravilhados achando que aquilo faria parte do casamento. Meu pai olhou sorrindo achando que aquela era uma surpresa que eu havia preparado para seu grande dia. E realmente era!
       Logo a música ficou mais sensual. Soltei meus cabelos. Agora sim o jogo começou.
       Eu me movimentava conforme a música, subia e descia de costas para Daniel, o garoto que estava dançando comigo. Passei minha perna em volta de seu quadril e o mesmo segurou ela ali, fazendo com que meu vestido subisse mostrando parte de minha bunda. Pude ouvir vários murmúrios o que me fez sorrir.
        - Alessa! - advertiu meu pai.
        - Sim Papai? - o olhei com cara de desentendida.
        - Sente-se imediatamente! - disse mais vermelho que o normal.
        - Garota mimada! - retrucou a vadia petulante do altar.
        - Claro. - disse e realmente me sentei. Mas em cima do colo de Daniel, logo após deita-lo no chão. Comecei a rebolar e Daniel começou a se soltar, não pelo plano, mas sim porque o mesmo estava ficando excitado de verdade.
       Me levantei e fiquei em prontidão, logo as outras garotas se encontravam do meu lado. Ficamos paradas, imóveis, os outros garotos se levantaram e nos rodearam. Agora tocava “Love Me” de Lil Wayne. Os garotos continuavam a nos rodear. Eles colocaram as mãos nas nossas nucas e puxaram os fios amarrados do vestido, fazendo os mesmos caírem ao chão revelando nossas lingeries vermelhas idênticas e totalmente provocante. Caminhamos até os meninos que estavam parados uns do lado dos outros. Nos abaixamos em perfeita sincronia e puxamos as calças dos mesmos revelando as cuecas box idênticas, também na cor vermelha, logo puxamos o smoking e revelou seus peitorais muito bem definidos e com a gravata borboleta no pescoço. Podíamos ouvir vários "Óhh" das senhoras sentadas tapando os olhos de seus maridos. Logo começou a tocar “Side To Side” da Ariana Grande. Começamos a fazer a coreografia com os meninos. Havia as senhorinhas que nos encaravam e não sabiam o que fazer, umas até foram embora passando mal. Pude até ouvir uma delas dizer: “Barbaridade, no meu tempo não existia esse tipo de coisa”.
        Nos deitamos no chão e os meninos se deitaram por cima, se esfregando em nós, invertemos as posições e ficamos por cima, rebolando o mais que conseguíamos ou pensávamos estar sensual, sem parecer um bando de virjonas, tentando ser vadias só para estragar o casamento do pai.
       Com a música logo no final, olhei para o altar e a vadia tentava acudir meu pai que estava muito vermelho, a mesma abanava o rosto dele com um envelope. O padre estava estático.
       Peguei o vinho que eu deixei preparado na taça onde eu estava sentada e caminhei até ela, beberiquei o mesmo e ela já podia imaginar o que eu ia fazer.
        - Se você ousar... - joguei todo o líquido na cara dela, manchando todo seu vestido.
        - Ah... sua... insolente! – reclamou, passando as mãos pelo vestido branco, desesperada.
       A igreja se pôs de pé, comentando minha audácia, alguns jovens na flor da idade, com os hormônios à flor da pele, nos aplaudiam e assobiavam. Já os mais velhos estavam indignados, provavelmente achando que eu era uma filha ingrata e mal criada.
       Ouço o grito da vadia e olho para trás e vejo meu pai caído no chão. Droga! Isso não estava nos planos.
        - Aí, Alessa, fodeu vem! - disse Hanna me puxando para a saída.
       Saímos correndo e descemos as grandes escadas da igreja, todos da rua nos olhavam, por conta de nossas lingeries. Um garoto que estava de bicicleta, deu de cara no poste após prender sua atenção em nós.
        Nós, meninas, corremos para meu carro que era um Audi R8, que acabara de ganhar do meu pai de presente antecipado de aniversário. Iria fazer 18 anos daqui quinze dias e os meninos entraram no Porsche de Daniel logo atrás de nós.
        - Mano, isso não estava nos planos. - Comentou Babi.
        - É o meu pai. Preciso voltar! - disse com lágrimas nos olhos.
        - Aí Kath, deixa de ser dondoca! Ele apenas desmaiou. Se voltarmos agora, vai ferrar para todas nós! Conseguimos o que queríamos, agora é só esperar. O casamento não aconteceu.
        - Está certa! Está certa! Está certa! - dizia tentando confirmar a mim mesma.
        Parei em frente a uma praça.
        Logo quebramos o silêncio constrangedor com nossos risos escandalosos.
         - Meu, vocês viram a cara da vadia quando você jogou o vinho na cara dela?! - dizia Courtney nos fazendo rir ainda mais.
         - Aí, Alessa - chamou Babi -, depois dessa acho que seu pai vai te deserdar. - rimos de novo.
         - A essa altura nem me importo com grana. Sem contar que ele me deixou disponível na minha conta 5 milhões de dólares, mas eu só posso mexer daqui 15 dias quando fizer 18 anos. Além do mais, tem a fortuna da minha mãe que diferente daquela vadia, ela não se escorava em meu pai. É uma mulher independente! - disse orgulhosa.
         - Realmente. A tia é mó fodona. Admiro muito ela. Ainda mais os vestidos que ela faz. - disse Hanna se lembrando do vestido lindo de 15 anos que minha mãe havia dado de presente à ela a três anos atrás.
         Fomos para minha casa e já estávamos vestidas novamente com os sobretudo que havíamos levado de reserva no carro.
         Abri a porta de casa e adentramos a mesma.
        - Mas já estão de volta meninas? - disse minha mãe alegre. Quem olhasse para ela jamais diria que a mesma fora traída e abandonada pelo marido. Minha mãe era uma mulher que eu admirava muito, não demonstrava fraqueza, mas eu sabia que a noite ela chorava por falta de meu pai.
        - Mãe, foi maravilhoso! - sorri largamente pra ela.
        - É tia, fizemos tudo direitinho! - disse a bocão da Babi.
        - O... O que? - disse direcionando seu olhar para mim - Alessa! O que você aprontou? - disse autoritária.
        - Então... Sabe o que é mãe... - disse olhando feio para Babi - Bom...
        - Bom?... - disse me incentivando a continuar.
        - Ah mãe, qual é! Você aceitou esse casamento, mas eu não! E estou em todo meu direito de fazer um show e acabar com tudo. Não é só por você, é por mim, pelo papai e pela família que tínhamos e ele nem se quer levou isso em consideração. Não adianta nada ele depositar milhões de dólares na minha conta, me presentear com um Audi R8, me visitar e me tratar como princesa se no final do dia, ele vai voltar para aquela vadia, vai jantar com ela, se deitar com ela e acordar com ela! Pronto para construir uma família nova e eu vou estar pronta para me considerar órfã de pai se isso acontecer! - disse transbordando raiva.
         - Ah filha... - ela sorriu e me abraçou - puxou meu temperamento. Me conta todos os detalhes, derrubou vinho no vestido dela? Isso não pode faltar em nenhum lugar!
         - Sim mãe, joguei bem na cara dela! Olha como ficamos na igreja... - disse abrindo o sobretudo e revelando a lingerie vermelha. A mesma arregalou os olhos e soltou um gritinho histérico, logo nos puxando para o sofá e nos fazendo contar cada detalhe.
  • Lembranças ao vento

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    Cada momento que passou, eu lembro.
    Foram tantos desafios ao longo da vida, estão em minha memória.

    Lembro do poço que cavei, de cada balde de terra que tirei, de sua profundidade, dos escárneos que sofri.

    Lembro da alegria em ver algo com aparência de uma cobra vindo em minha direção, mas era o tão sonhado olho d’água.

    Me lembro de xaninho, o porquinho barulhento, que com seu carinho e ternura, se tornou parte da família, mesmo ela em sofrimento.

    Lembro do assédio que sofri, das humilhações que passei, de cada tapa que levei. Lembro da acusação em meio a inocência, da dor da perda descoberto em um adeus.

    Lembro dos nascimentos, das alegrias que nos fazem reviver e dão força para continuar a viver.

    Vieram os netos e bisnetos e a memória em meio as falhas tenta lembrar de um passado que foi ontem, mas que se apaga como se fosse menos importante.

    Lembro de tanta coisa de uma vida distante, porém sou velha para lembrar o presente.

    Tantas lembranças, tantas memórias que nas falhas do tempo, vão sendo lançadas ao vento.



    Em memória à Iracema de Paula.
  • Lembranças do passado

    E nas memórias que eu tive daquele lugar, lembrei-me do cheiro de urina e fezes, do odor pútrido das privadas sem descarga e do perfume nauseante de jasmim que vinha dos sabonetes.
    As ruas estavam desertas. A não ser pelos cachorros que por ali perambulavam magros de fome e de sede. Jogados ali sem destino e sem dono. Fui passando casa por casa. Vi a residência dos Silva, recordei-me da Patrícia. Uma moça de cabelos negros e olhos azuis como o oceano, triste pela vida, abandonada pelo marido, um filho da puta escroto.
    Passei também pela casa da Dona Mariquinha, a maga dos doces. Quantos quindins eu comi, e que saudade do cheiro das cocadas e das empadas feitos pelas mãos dela. Sai da rua onde eu vivera boa parte da minha vida. Um filme passou e as lembranças continuaram a surgir, desde as boas até as piores.
    Entrei no carro. O cheiro ali de nada parecia com o que senti há pouco. Era o odor do couro dos bancos, do perfume de limpo, bem diferente do cheiro de merda e de ‘mijo’ da minha pobre casa. Coitada de mamãe, tão jovem na idade, mas tão velha em sua aparência, um cadáver vivo, morta pelas surras de papai, mas viva pelo amor a seus filhos.
    Sai dali o mais rápido que consegui. No retrovisor a miséria e a pobreza iam se afastando. Meus filhos sempre me pediram para que eu os levasse ao local onde eu nasci, mas eu nunca faria isso. Coitados, estavam acostumados com a luxúria e com a vida exagerada dos ricos, os meninos nunca sentiram o gosto podre e ardente da pobreza extrema, e fazê-los passarem por isso seria um erro?!
    Passei por ruas em que pessoas moravam nelas, senti o fedor de esgoto e fezes e lembrei mais uma vez das surras que papai dava na mamãe. Numa dessas, o desgraçado quebrou um dedo dela, coitada da mamãe, chorava de dor e ele não fazia nada, apenas olhava aquela cena de horror, e eu no alto dos meus dez anos, sentado no chão de piso vermelho movia meu carrinho de madeira, o único que eu tinha, para frente e para trás.
    A minha vontade era fugir dali, escapar daquela vida triste e sem graça, levar minha mãe embora junto comigo e oferecer a ela uma vida digna. Sai de casa com quatorze anos, fugido. Vi meu pai mais uma vez surrar minha mãe, uma sova que a levou a morte, assisti minha mãe sendo morta sem poder fazer nada.
    Cresci como homem da maneira mais dura possível; fiz fortuna à custa de muito trabalho e esforço...
    Resolvi levar meus filhos a um passeio. Meti os dois no banco de trás do carro e afivelei o cinto de segurança nos dois. Eles perguntaram aonde iriamos, respondi que seria uma surpresa.
    Fiquei em silêncio o trajeto inteiro. Já eles me enchiam de perguntas que eu fingia não ouvir. Entrei na rua onde eu vivi minha infância, vi casas velhas, crianças descalças de pés sujos na rua, todas mal vestidas, com roupas usadas, provavelmente doações; olhei pelo retrovisor e vi meus filhos de cabelos cortados e roupas de qualidade, diferente daqueles meninos do lado de fora.
    Parei o carro e desci. O cheiro não era nada agradável. Na minha frente uma casa pequena de muros descascados, com um portão de madeira caindo aos pedaços. Olhei mais uma vez para o carro e os meninos olhavam incrédulos aquilo.
    Mandei-os descerem, eles obedeceram. Um deles questionou que lugar era aquele, respondi que eram ali que eu morava, claro, eles não acreditaram. Contei minha vida inteira para eles, do cheiro de merda, do cheiro de jasmim do sabonete, da falta de comida, das surras que meu pai dava na minha mãe. Mostrei para eles que vim do nada para dar a eles a vida que eles tinham hoje. Eles não gostaram da experiência, eles não estavam preparados para tudo aquilo.
    Para eles a vida era fácil, e eles têm isso graças a mim, eles não precisam trabalhar, ficam entre os vários cursos no qual estão matriculados e a minha mansão. A diversão deles é o celular e o vídeo game, cada um tem o seu. No meu tempo de criança a brincadeira era correr na rua e jogar bola, meus filhos provavelmente nunca irão saber o que é isso.
    Os dois voltaram para o carro, pareciam assustados, aproximei-me do veículo na tentativa de puxa-los para fora e mostra-los mais algumas coisas, mas foi em vão. Fiz o mesmo, entrei, liguei o motor e olhei pela última vez minha antiga casa. Despedi-me dali quase aos prantos. Deixei para trás meu passado de miséria e de frustração, para viver minha vida de luxo e status.
  • LENTES

    Os olhos
    São lentes
    Diferentes...

    Olhares diferentes
    Penetrantes...

    Olhares das mentes
    Mentes revolucionárias
    Combatentes...

    Mentes insurgentes
    Mentes que mantém
    Lentes midiáticas.

    Mentes democratas
    Mercados, pomadas
    Lentes felinas.

    Universo das mentes.

    Linces...

    Lentes,
    Mentes mirabolantes
    Que através das lentes.

    Mentem...

    Fazem guerras
    Em nome de Deus!

    Lentes...

    Que filmam as mortes
    Retratadas como coisas
    Penetram quando vida.

    O prenúncio das mortes
    Mentes das lentes.

    Mentem...
    Mentem...
    Mentem...
  • Liberdade

    “Está certo que esta
    é a liberdade desejada?
    Sabe-se que diferente
    dos pássaros presos,
    os soltos estão mais
    sujeitos a pedradas”.

  • Louca vida, louco amor

    O que é o amor? É saber que não importa o que aconteça, não importa o quão longe, quão bravos ou o quão atarefados possamos estar. Temos a sensação que estamos sempre aos cuidados de quem queremos ao nosso lado em qualquer lugar, a toda hora, por toda a vida. É saber que não importa o que seja dito, por mais que possamos nos magoar e até mesmo magoar a pessoa que amamos; temos certeza que no final da noite aquela pessoa estará ao nosso lado para nos fazer sorrir, para nos encorajar, nos levantar, nos cuidar e nos amar, incondicionalmente. É acreditar no potencial daquela pessoa indubitavelmente, é sentir que aquela pessoa já é uma parte tão importante da sua própria vida que não podemos mais se quer cogitar em uma vida sem ela, é ser o ponto de equilibro dela, é nos cuidar.
    O amor é o fato mais ilógico e mais certeiro do mundo… é ideia mais assustador, e, ao mesmo tempo, a mais reconfortante. É chave para o sucesso, é chave para o coração, é a chave para alma. Amar é assustador porque mesmo que tenhamos a certeza de que a outra pessoa realmente nos ama, temos medo de perdê-la justamente porque a amamos também. É assustador porque quando se ama de verdade, não conseguimos ter o controle desse sentimento; ele simplesmente cresce dentro de nós e se espalha em meio de todos os nossos defeitos, falhas e medos nos purificando, nos dando conforto, carinho, aconchego, companhia, nos cuidando, nos querendo cada vez melhor, cada vez maior; assim como uma bela flor em meio ao asfalto. Escondida em meio de tanta poluição, no meio de tanta sujeira, mas nos melhorando, nos ajudando sem tirar nossos momentos, sempre torcendo por nós.
    O amor é a única coisa no universo que não se explica, apenas quem sentiu isso alguma vez na vida conhecerá e entenderá o que quero dizer. Entenderá o calor que sentimos crescer de dentro do nosso corpo e ainda assim nos deixar com arrepios; é a única coisa no universo que nos dá a certeza de tudo que precisamos assim que olhamos para os olhos de quem amamos, assim que olhamos para os nossos universos. Eles nos fazem sentir como se fossemos um grande nada em meio a imensidão desse universo, fazem com que fiquemos paralisados em meio daquela grandiosidade, daquela imponência, mas, ao mesmo tempo; fazendo com que sentíssemos que podemos realizar qualquer coisa, pudéssemos crescer infinitamente e tentar alcançar aquela mesma grandiosidade, aquela mesma imponência, aquela mesma importância. São através daqueles olhos que podemos ver o coração dessa pessoa, podemos ver os sentimentos dela, podemos ver a alma dela.
    Não sei muito sobre o amor, assim como todos nós; Ainda estou aprendendo sobre o amor, sobre a vida, sobre amar, sobre o que devo fazer, o que não devo. Sou apenas humano, sei que tenho falhas, sei que vou errar… mas o pouco que sei é por causa do MEU amor, é por causa do GRANDE AMOR DA MINHA VIDA. É por causa da mulher mais fantástica, mais linda, mais gentil, mais leal, e mais amorosa e carinhosa que o universo ou o até mesmo o espiritual me deu… é o meu maior presente, é a MINHA linda, MINHA mulher, MINHA companheira, e principalmente o MEU amor. Por causa da pessoa que mais me ajuda, mais ensina e mais me incentiva, me ilumina, me apoia, que mais acredita, mais sente saudade e principalmente que mais me AMA. E esse texto é para todos que tem a sorte de ter alguém assim ao lado. Alguém que faça tudo por você e para estar com você e SÓ você, alguém que te ame incondicionalmente, que estava, está e sempre estará pronto para te socorrer, te cuidar, te ajudar, te incentivar, apoiar e torcer por você. É para quem tem O GRANDE AMOR de suas vidas bem ao seu lado, assim como EU.
    Um beijo meu amor, VOCÊ É O MEU GRANDE AMOR e tudo isso é para que talvez, e só talvez possa fazê-la entender o que significa pra mim todos os dias da minha vida. Obrigado por me cuidar, me apoiar, me incentivar, acreditar em mim, me ensinar, por ser MINHA e SÓ MINHA, por existir, obrigado por estar na minha vida, por me dar a MINHA família e principalmente por me amar incondicionalmente. Te quero para sempre, te amo demais. E, algum dia, iremos nos casar e passarei o resto da minha vida ao teu lado, junto com nossa filha e sermos felizes para todo o sempre.
  • LUA

    Apreciar seu brilho intenso seduz
    divina e magnificamente conduz.

    És testemunha ocular de nosso sonhar
    e nunca deixamos de lhe observar.

    Quando ausente um vazio tão logo consome
     trazendo para a alma sentimento
    inconstante.

    Equilibras a vida com todo explendor 
    sendo assim por vezes nos livra da dor.

    Agradeço-te  lua por sempre existir
    e com sua grandeza sempre me
    conduzir.

    E lhe peço humilde olhe e ore por mim,
    pois te amarei com certeza até o
    meu fim.
  • LUNA .

    Olá,meu nome é Kieran Luna Bellini. 
    Tenho a sensação de que te conheço...bom ,preciso te avisar que minha história não é sobre como eu queria morrer nem como foi a minha vida mas como eu te encontro nela.
    Não prometo romance nem acasos,tudo aqui é preciso e real muito real,o mundo que você conhece nunca mais será visto com os mesmos olhos.
     
     
    " -  Apagar as luzes para mim não é uma 
    escolha e sim minha realidade."
     
                               

    PRÓLOGO

     


    Rio de Janeiro,2001

    Apagar as luzes para mim não é uma escolha e sim minha realidade.
    Abri os olhos e vi somente uma imensa escuridão,sem saber ao certo o que tinha acontecido só sentindo meu corpo inerte,frio e molhado ,mas tenho que te contar o que aconteceu antes de você me conhecer aqui.
     
    - Kieran ! Acorda que preciso adiantar as coisas para amanhã . - Camila ,gritou.
     

    Meu nome é Kieran,tenho 8 anos e nesse exato momento te digo que minha melhor parte da vida é quando venho para a casa da minha irmã Camila .
    Na manhã seguinte será o aniversário da nossa tia então era correr contra o tempo para ajeitar tudo e eu amo essa parte!

    - A Triz vai dormir aqui pra nos ajudar ,e os meninos estão te chamando lá fora . - Minha irmã disse,como sempre tudo pra última hora.
    Comecei a organizar as coisas quando vi Tiago e Jean chegando.
    A amizade é uma coisa muito louca,por exemplo, minha amizade com o Tiago começou no alto de um monte de barro em frente a casa da minha irmã,ele me empurrou,me sujei e amizade feita. Desde então nunca mais nos desgrudamos,já o irmão dele Jean foi diferente...não sei se existe amor a primeira vista mas se existe ele foi meu primeiro amor porém meus pés são bem no chão e me contentei com a sua amizade.
    Final da tarde chegou e a fome bateu como sempre,me despedi dos meninos e fui correndo lanchar e esperar a minha prima Triz chegar.
    30 minutos depois ela chegou, era muito bonita,alta,13 anos e cabelos levemente ondulados e que eu saiba já tem lá seus namoradinhos e desde que chegou aqui não desgruda do celular.
    - Oi prima! Você está enorme,uma mocinha! Estava com saudade. - E eu super animada pra brincar e aprender crochê que ela prometeu me ensinar.
    Estava aqui na casa da minha irmã mas meus pensamentos estavam na minha casa,meus pais brigam muito e eu fico muito preocupada,vir pra casa da minha irmã é uma válvula de escape.
    - Ky ,vem jantar e depois disso as duas podem arrumar a cama de vocês na sala,aqui estão os lençóis,travesseiro e passa o repelente que tem muito mosquito- Gritou ,Camila.Ela arrumou tudo e foi deitar.
    Esperei a Triz terminar de tagarelar no celular,eu quando tiver meu namorado acho que não vou falar tanto assim no celular,que tanto papo é esse,prefiro minha tv globinho. Enfim ela desligou o celular,arrumamos as camas e eu só queria uma boa noite de sono e aproveitar o dia seguinte.
    - Boa noite Triz . - me virei e fechei os olhos esperando o sono vir ,quando estava quase pegando no sono senti uma mão passeando no meu corpo e na hora parasilei. A mão foi descendo até chegar no meu bumbum e eu queria gritar a irmã mas não saia nada ,e comecei a sentir muito medo.
    - Você gosta disso?. - Triz! mas porque ela está fazendo isso? Eu quero correr daqui mas não consigo fazer nada a não ser esperar ela terminar e ir dormir.
    Fiquei ali parada de olhos fechados suando frio esperando que ela iria parar mas não,ela continuou,me virou de frente pra ela deitada e tocou minha parte íntima,muito rapidamente apalpava os meus seios como se fosse algo normal e eu permanecia ali travada sem saber o que fazer mas eu sabia que aquilo que ela estava fazendo era errado.
    - Agora não se mexe ,eu já vou terminar- Ela falou e subiu em cima de mim esfregando sua virilha na minha muito rápido segurando meus seios,senti muita ânsia de vômito mas fechei os olhos,senti sua boca encostar na minha e tranquei a boca para não receber beijo,que nojo! Porque ela fez isso?.
    Não sei quanto tempo passou mas eu só pedia muito que terminasse ou que minha irmã escutasse os grunidos dela e viesse me ajudar mas isso não aconteceu ela terminou e eu só consegui falar .
    - Amanhã eu vou contar tudo a minha irmã.
    - E você acha que ela vai acreditar em você? Todos não vão acreditar,minha mãe amanhã vai chegar é a sua também! Acha que a minha tia vai acreditar? Vai ser maior escândalo,alguém pode até morrer! Você quer que sua mãe passe mal?
    O que eu fiz foi porque te amo muito mas não vou fazer de novo,amanhã você vai ficar quieta senão eu vou contar do meu jeito e você quem vai apanhar
    Chorei em silêncio tentando entender o que tinha acontecido e me sentindo muito culpada. Não consegui dormir,apenas cochilei querendo muito que tivesse sido um pesadelo.
    Amanheceu,ela levantou como se nada tivesse acontecido,arrumei os lençóis da cama improvisada,lavei o rosto e tentei encarar a minha irmã pra tentar dizer tudo que tinha acontecido mas não consegui. Todos chegaram,o povo aqui de casa é animado,tudo é churrasco! Segui aquele dia como se não houvesse acontecido nada.
    Tudo correu bem e todos se divertiram,eu brinquei e não consegui dizer nada. A partir desse dia eu nunca mais fui a mesma.

     
    1∆
    SOLAR

    Cansada. Me debrucei na mesa e apoiei a testa no pulso,não tinha dormido direito a noite inteira pensando em como iniciar esse ano.
    Já fazia 3 anos que eu havia me mudado para Portland,minha mãe decidiu vir pra cá já que minhas tias moravam aqui..depois que meu pai faleceu não havia mais motivos para ficar no Brasil.
    Até agora estava em modo automático tentando processar os fatos,a proposta de trabalho da mamãe,o falecimento do papai...esse segundo fato de alguma forma me trazia um certo alívio ,depois de tudo que aconteceu seria um descanso pra todo mundo e particularmente não sentia falta dele. Ele já não morava mais com a gente depois de tentar matar mamãe,vamos dizer que Alexsander precisava urgentemente de um psiquiatra mas  dizia não precisar,acabava que eu e mamãe pagamos o pato juntas e isso me irritava ao ponto de não querer mais ficar na mesma casa ,então fiquei morando em um quartinho nos fundos.
    Observando como ainda não tinha conseguido sair do poço,não me sentia muito eu e me sentia tão só mesmo com pessoas a minha volta,isso me fez lembrar quando conheci Skylar,sorri e voltei a me escorar na mesa pra acompanhar a minha lembrança.
    Eu estava chegando na cidade e não conhecia ninguém,respirei fundo e caminhei até o pátio da escola olhando toda aquela muvuca que me causava fobia,passei por todo mundo o mais rápido que eu pude quando alguém me jogou na parede.
    - Ei! Não olha por anda?. - Falei esfregando meu braço inconscientemente  como se a dor fosse passar. Quando me virei pra ver quem era a maluca que quase arrancou meu braço,me deparo com uma menina de cabelo preto e curto na altura dos ombros,fui descendo o olhar e  cheguei no seu rosto que exibia um sorriso debochado juntamente com uma maquiagem elaborada demais pra ser usada de dia...
    - Não? E tá me olhando assim por que? Vai me beijar? Sei que sou linda e etc mas te manca!
    Fiz um "O" com a boca enquanto a metade do colégio nos observava,ela falou tantas palavras ao mesmo tempo! Como alguém conseguia falar tanto em tão pouco tempo? Não queria confusão logo no meu primeiro dia então resolvi deixar pra lá tratando logo de me resolver com essa estranha.
    - Tudo bem, não está doendo mesmo. A propósito meu nome é Kieran Luna e não,não quero beijar você. - Torci o nariz e fiz uma careta pra tentar descontrair.
    A observei e vi sua carranca imitando algo como uma vilã,ela parecia ser muito teatral. Fiz sinal de que iria continuar meu caminho já que ela não se identificou,quando sinto um catucão.
    - E o meu é Skylar Kanda e sobre me beijar realmente  não deveria,é um vício. Sinto que vamos ser melhores amigas,garota! Unha e carne com toda a certeza,mas sou vegetariana só pra constar.
    Sai rindo da minha lembrança e vendo que a vida não tinha sido tão ingrata pra mim ,de alguma forma pelo menos Skye eu consegui ter na minha vida.
    - Cara,você devia relaxar. - Skyie falou baixinho para o professor não escutar. Tomei um susto saindo dos meus devaneios .
    - Skylar Catherine Kanda se você me assustar mais uma vez eu juro que te mato. -falei dando pequenos tapas no rosto pra tentar acordar.
    - E se você me chamar meu nome todo de novo eu te enterro nos fundos do Forest Park.
    Revirei meus olhos por causa da ameaça da Skyie e tentei me concentrar na aula do Professor Hall ,quem sabe não esqueceria toda aquela história.
    Hoje o dia se arrastou, não pensei que iria fazer tantas amizades mas devo ter um ímã pra gente maluca porque Skylar ,Evrett ,Deon e Mayo não eram normais . Em uma semana estavam me colocando em cada furada...vivendo perigosamente em Seattle. Skye era a pior mas suas intenções eram sinceras porque queria me animar então relevava.
    Estudava em casa e minha mãe achou que seria melhor interação humana para Ky,assim ela disse dando pulinhos pela casa.

    Minha cabeça estava muito pesada então resolvi ir pedalando ao Cook Park,mandei mensagem para mamãe e no grupo de amigos.
    Cheguei ao parque e estranhamente estava vazio então deixei minha bicicleta encostada na árvore e andei até o lago.
    - Você tem sérios problemas ,sabia?. - Disse Skye quase me fazendo cair dentro do lago.
    - E você é outra que tem uns bem gigantes,quer me matar de susto? Por pouco não tomei um banho de graça agora. - Peguei uma pedrinha e joguei no pé dela .
    - Ai! Eu não quero te matar mas você pelo visto...quando vi sua mensagem corri o máximo que eu pude, veio fazer o que aqui nesse breu?
    Cheguei mais perto do lago novamente,na verdade nem sei o que fui fazer ali... então algo na minha cabeça começou a apitar, será que ela tinha razão? Eu estava pensando em me matar?Olhei para a Skyie que estava me olhando preocupada.
    - Eu não sei,acho que só queria ficar pouco sozinha pra pensar. - Balancei os ombros como quem não quer nada,mas não sentia muita segurança no que estava falando.
    - Então dá próxima vez pense no seu quarto amada! Eu não sei se você percebeu mas eu não sou atleta pra ficar correndo a cidade inteira atrás de você,sossega esse seu bumbum senão eu espeto ele. - Falou colocando a mão na cintura e quase me engolindo viva.
    Ri,ela é definitivamente a melhor amiga que tenho nesse momento mas o sorriso não durou muito tempo,tinha que dar um jeito nisso.
    - Você vem? Eu marquei com os meninos na lanchonete Bar da Darla.
    - Pode ir,daqui a pouco chego lá. - Não muito animada pra ir mas se não fosse eles iriam me encher a semana inteira.
    - Ok , então...eu apostei uma cerveja que você iria então não me decepcione.
    - Não acho que você deveria beber , não está cedo demais?. - Levantei a sobrancelha ,não sei como alguém consegue engolir isso.
    - Abri aqui minha mochila por favor?
    - Pra que?. - Abri achando que era algo urgente .
    - Pra saber aonde eu coloquei aqui " Preciso da opinião da Kieran".
    - HA HA HA,nossa você é muito engraçada. - Joguei a mochila longe.
    - Eu sou mesmo e você deveria me valorizar mais,te espero lá. - Ela pegou a mochila e saiu correndo em direção a estrada.
    Esperei ela sumir do meu raio de visão e continuei olhando na direção do lago,algo me chamou atenção...será que estava ficando louca? Eu juro que vi alguma coisa girando no meio do lago. Cheguei mais perto ,era como um imã que puxava cada vez mais pra perto.
    - Oi ,Luna. - dei um pulo correndo pra longe da margem tropeçando em uma pedra.
    - Quem é você?. - Ok! Eu estava falando com...o que era aquilo mesmo?.
    De repente começou passar o filme da minha vida inteira sobre os meus olhos,quando parou exatamente na parte que mais me machucava .
    - Já chega!. -Gritei com todas as minhas forças,senti as lágrimas queimando sobre as minhas bochechas e muita raiva.
    - Eu preciso que você esteja preparada para o que vai acontecer,aliás já está acontecendo só você ainda não percebeu criança,abra os olhos pra saber quem realmente é seu destino.
    Da mesma forma que a voz apareceu ,sumiu e eu fiquei ali no chão tentando decifrar o que tinha acontecido. Tirei a sujeira da roupa em vão e comecei a sair da floresta ,meus amigos devem estar preocupados.


    2∆
    PERSEGUIÇÃO

    Ainda estava atordoada com o que tinha acontecido, não sabia de quem era a voz , aliás queria me internar e usar uma camisa de força urgente. Caminhava em passos lentos até o bar aonde meus amigos me esperavam, entrei já me sentando e pedindo um copo com água bem gelada .
    - Kieran ?. - Deon me chamou com os olhos arregalados.
    - Ky? Mulher ! parece que você viu Pennywise!. - Skyie falou praticamente gritando chamando atenção do bar inteiro.
    Eu deveria ter ido pra casa,minha cabeça está latejando,coloco a mão na testa esfregando tentando me livrar em vão da dor chata que ficou morando ali.
    - Oi Deon e Oi pra você também Skyie, alguém pode pedir um saco de gelo por favor?. - Olhei para a mesa e vi faltando alguém.
    - Bellini está achando que isso aqui é o delivery do McDonald's? Gelo a vontade? Isso é um bar mas vou quebrar esse gelo pra você...nossa essa foi péssima. - Skylar pediu o gelo rindo do trocadilho péssimo que fez ,Skylar sendo Skylar.
    Olhei em volta e vi as pessoas animadas,algumas no canto solitário bebendo sua cerveja outros cantando no karaokê ,hoje definitivamente o clima estava estranho.
    - Aqui,gelo saindo para a garota da Floresta. - Skylar e sua língua grande.
    - Floresta?. - Deon falou virando pra mim preocupado.
    - Sim...eu resolvi dar uma volta no Forest Park.
    - Sozinha? Poderia ter nos chamado, até poderíamos ter ido a praia. - Assenti colocando o saco de gelo na testa .
    - Deon não se preocupe,eu estou bem. - Falei sem ter realmente certeza de que estava bem.
    - Esse papo tá muito down pelo amor,vamos! Estou aqui pra me divertir,anda logo Ky!. - Sky já levantou me puxando para o mini espaço para dança.
    Estávamos dançando,eu tentando dançar. Mayo e Deon já tinham encontrado um par pra dançar enquanto Skye se divertia dançando com Evreet e eu me vi dando passos soltos na pista sozinha quando vi uma menina entrando e então a observei.
    Os cabelos longos e cacheados ,o rosto sereno foi o que pude observar na iluminação do ambiente,tive uma sensação de dejavú...dei mais umas esticadas com as mãos e resolvi ir ao banheiro,quem sabe um pouco de água gelada no roso ajudasse,o dia estava sendo difícil.
    Entrei no banheiro que estava vazio...estranho,fui direto para a torneira lavei o rosto e quando abri os olhos vi uma menina me olhando,continuei o que estava fazendo tentando a ignorar.
    - Oi,sou nova na cidade...estou procurando a casa da minha tia e acabei me perdendo,poderia me ajudar?
    Olhei o rosto dela que me parecia familiar,de repente começou a crescer um sentimento de amizade mas ignorei ,pisquei os olhos sem entender nada mas a respondi.
    - Ah...claro,meu nome é Kieran...e o seu é?
    - Samantha Tala,mas pode me chamar de Samy.
    Ela estava sorrindo pra mim? E porque eu estava com esse sorriso idiota no rosto também?
    - Entendi...meus amigos estão lá fora ,quer me acompanhar? É bom que você já se enturma.
    Saímos do banheiro indo em direção a mesa esperando o pessoal voltar.
    Todo mundo voltou pra mesa desconfiados e curiosos com a garota do meu lado mas não fizeram nenhuma pergunta creio que eu que esperando alguma explicação educadamente...
    - E então? Quem é você?. - Skye falou dando uma golada na décima caneca de cerveja.Olhei pra ela emitindo um sinal de aviso com olhos,mesmo assim ela me ignorou e assentiu para a Samantha se explicar. Respirei fundo e cutuquei a garota pra falar logo.
    - Meu nome é Samantha,estou procurando a casa da minha tia...sou nova na cidade e meio que entrei aqui primeiro porque estou morrendo de fome e também preciso de informações.
    - E aonde entra a gente nessa história?
    - Skye!. - Todos falaram juntos.
    - O que? Só estou perguntando o óbvio. - Quando isso tudo terminasse eu iria dar uns cascudos nessa moça.
    Todos pararam para analisar com muita atenção Samantha que agora estava devorando um hambúrguer com um copo imenso de refrigerante. Esperamos ela terminar de comer pacientemente.
    - Como eu disse, preciso de ajuda para encontrar a casa da minha tia e a Kieran disse que vocês iriam me ajudar.
    Coloquei a mão no rosto já esperando a revolta de todos juntos,realmente procurar casas pela vizinhança não era o melhor programa da tarde.
    - Por mim tudo bem. -Mayo foi o primeiro a se voluntariar,claro que com as suas segundas intenções.
    - Nós também. - Deon e Evreet juntos concordaram só restando uma pessoa...
    - Bom ,não é o meu programa preferido mas se todos vão eu tenho que ir. - Skylar falou como se estivesse sendo levada para a guerra.
    Pagamos a conta,nos despedimos do Alfred o dono do bar e seguimos em direção a rua. Eu estava no automático até agora,não digerindo o que tinha ocorrido mais cedo. Coloquei na minha cabeça que aquilo foi fruto da minha imaginação misturado com meu desgaste emocional.
     - Kieran eu preciso falar com você urgente. - Samy me puxou pra perto da calçada enquanto os outros  do outro lado da rua tentavam descobrir aonde era a casa da tia Haven.

    Olhei de soslaio e vi Mayo,Deon e Evreet concentrados em achar o endereço por meio do gps ,mais a frente observei uma Skylar revoltada dando "pequenos" socos no celular e xingando palavras nada educadas então retornei meu olhar para a Samy. Não ignorando o que passei mais cedo,essa semana estava sendo complicada pra mim e com toda certeza quando colocasse meus pés em casa seria banho e cama.
    - Sim?. - Perguntei desinteressada,estava cansada.
    - Não existe tia Haven. - Ela disse mas eu só consegui arregalar os olhos e comecei a pensar se isso tinha alguma ligação com o que aconteceu mais cedo. Dei dois passados para trás e fechei os punhos involuntariamente.
    - Espera! Me deixa explicar primeiro. - Samy estendeu as mãos em sinal de rendição,então eu decidi manter aquela pequena distância para escutar.
    - Eu juro que quero entender e que seja rápido. - Olhei rapidamente de lado e vi que Skye nos observava mas estava dividida entre ver o que eu fazia e o celular ainda que parecia estar travado.
    - Me expressei errado,ela existe mas eu sei aonde ela mora. Inventei essa história porque eu precisava de um tempo pra falar com você,é sobre mais cedo..lembra?
    - Não do que você está falando,aconteceu exatamente nada. - Sai correndo em direção aos meus amigos deixando ela para trás e nem me atrevi a olhar.
     
  • Lutas da vida

    Academia de luta Yuri: acerta ele Thomas Thomas leva um soco na cara e cai Frakim: você não pode contra mim Thomas kkkk Yuri: certo já deu por hoje e só Thomas: eu quase venci Yuri: vence ? Você tomou uma surra , vai tomar um banho e se arruma que você já está atrasado pra ir pra escola Chegando na escola Professora: Thomas, você está atrasado de novo Thomas: desculpa professora, eu juro que não vai mais acontecer Maike: caralho o que aconteceu com a sua cara ? Thomas: não foi nada, eu só cai Maike: parece caiu bem feio Thomas: não enchi No recreio Thomas: aí que cansasu Davi: sabe que hoje começa o torneio Thomas poxa eu mim esqueci que era hoje Seleção para o time Treinador: muito bem escutem todos eu irei selecionar quem irá participar do torneio os participantes são: CLEITON , LUCAS , MARCUS , ANTÔNIO , ANDRÉ , YAGU , MAIKE , DAVI , GUILHERME , THALIS , E PATRICK , esses são os alunos que vão jogar o torneio representando a escola Thomas: mas o que , e quanto a mim Treinador: eu sinto muito Thomas mas você tem se atrasado demais tem dormido nas aulas e suas notas não estão boas Thomas: não justo Chegando em casa Yuri: como foi na escola hoje ? Thomas: horrível Yuri: não deve ter sido tão ruim assim , o que aconteceu ? Thomas: hoje era o dia que o treinador ia escolher quem iria participar do time e eu não fui escolhido eu queria tanto jogar Yuri: talvez na próxima vez você seja escolhido Thomas: estou de saco cheio, eu vou e sai Yuri: e a onde você vai Thomas: eu vou dá uma corrida Thomas estava correndo pela rua quando derepente acabou esbarrando em uma garota e acabou a derrubando Thomas: desculpa beu acabei não vendo você , deixa eu ajuda você foi mal eu devia ter prestado mais atenção Depois que Thomas ajudou a menina Thomas seguiu para casa Dia seguinte na escola Menina: você não e o menino que mim derrubo ontem ? Thomas: e sou eu mesmo Menina: desculpa incomodá-lo e que eu vi que você tava sozinho Thomas: e bom ficar sozinho as vezes Menina: a propósito meu nome e Larissa Thomas: prazer o meu e Thomas Menino: o que você tá fazendo aqui conversando com esse garoto ? Thomas: ué e crime conversar ? Larissa: ah esse e meu ex namorado o Erick Thomas: ata agora eu entendi ele tá com ciúmes kkkkk Erick: venca seu moleque porque você não vaza daqui antes que eu de um soco no meio da sua cara Thomas: você mim dá um soco kkkkk eu duvido Erick: eu vou acaba com você seu pirralho Larissa: esqueci isso Erick vem vamos para outro lugar Na sala de aula Maike: coe você e a quela garota tão namorando ? Thomas: ficou maluco e lógico que não Primeira partida do torneio fase de classificação jogo 1 de 5 BLUS 0 X 5 REDS Treinador: o que foi isso mas que merda vocês sucumbiram dentro de campo , por hoje e só estão dispensados Thomas: parabéns eu pensava que vocês era ruins mas agora percebi que vocês são horríveis kkkkk Marcus: vai a merda Thomas nem no time você tá Thomas: bandu de chatos Larissa: oi Thomas: ah você denovo Larissa: desculpa se eu sou um incomodo Thomas: não você mas sim aquele seu ex chato Larissa: eu pensei que você estivesse no time Thomas: pois se enganou porque não estou Larissa: você e tão arrogante Thomas: vaza daqui então porra Larissa sai chateada Thomas: mas que garota chata Em casa Yuri: parece chateado aconteceu alguma coisa ? Thomas: Não e nada só mas um dia de merda Yuri: pelo menos venha comer Thomas: está bem Dia do 2 jogo LOBUS 2 X 0 BLUS Médico: infelizmente não dará mas para você Guilherme Guilherme: não eu ainda consigo Treinador: está tudo bem Guilherme eu chamarei outro para o seu lugar Dia seguinte Treinador: como todos vocês sabem o Guilherme acabou se machucando e não poderá mas jogar , então eu imediatamente selecionei outro jogador para o lugar dele eu apresento Erick o novo jogador que substituirá o Guilherme Por telefone Thomas: que foi Maike: o que aconteceu você não tem vindo mas pra escola Thomas: não tenho Estado muito afim de ir pra escola Maike: você está bem ? Tô preocupada com você Thomas: eu tô bem não precisa se preocupar , e como tá o time ? Maike: estamos péssimos perdemos mas uma partida e o Guilherme se machucou e o treinador colocou o babaca do Erick no lugar do Guilherme Thomas: pelo visto tá uma merda , eu tenho que desligar mas desejo sorte aí para o time vocês vão precisar Maike: vê se volta logo Thomas: e eu vou ver Depois da ligação Yuri: você sabe que tem que volta pra escola Thomas: eu sei mas não tô muito afim Yuri: não importa se não está afim , você tem que ir de qualquer forma Thomas: porque não posso ficar aqui e treinar para ser um grande lutador Yuri: porque você tem que estudar Thomas: ok eu vou para escola mas só depois que eu tiver minha revanche contra o frakim e se eu perde eu volto pra escola mas se eu vencer eu continuo a lutar que tal ? Yuri: você fico maluco o frakim vai acaba com você novamente Thomas: a vamos lá seu medroso aceita Yuri: tudo bem eu aceito mas se você perde volta pra escola Thomas: combinado Thomas se prepara para luta Enquanto isso na escola Treinador: muito bem gente prestem atenção a partir de hoje o Erick será o novo capitão do time Davi: mas isso não e justo eu que sou o capitão Treinador: eu sei mas o Erick tem mas experiência Maike: experiência em ser babaca O time inteiro começa a rir do Erick , Erick parte pra cima de Maike iniciando uma intensa briga até que o treinador separa Maike: eu tô de saco cheio dessa porra era pro Thomas era no time não esse babaca Erick: eu vou acaba com você Treinador: já chega parem vocês dois Maike: eu tô fora do time Davi: eu também tô fora Na academia Yuri: boa sorte Frakim x Thomas uma luta bem equilibrada z Thomas dando tudo de si conseguiu acertar um escelente soco levando frakim a nocaute Thomas: parece que eu venci a aposta Yuri: e sério você tem que ir pra escola Thomas,: eu até ia mas como eu venci eu vou continuar lutando conforme a aposta Ligação da escola Yuri: alô Escola: estou ligando por causa que o Thomas não tem vindo mas a escola Yuri: sim eu sei logo ele estará de volta a escola Depois da ligação Yuri: Thomas a sua escola tá ligando querendo saber por que você não está indo Thomas: fala que eu tô ocupado Yuri: mas você não tá fazendo nada Thomas: lógico que estou ocupado estou treinando para minha próxima luta Yuri: mas você precisa ir pra escola Thomas: só quando eu perde uma luta , depois a gente conversa tô indo da uma volta No meio do caminho Thomas : Maike, Davi , caraca quando tempo não vejo vocês Maike: você sumiu em Davi: e nunca mas vimos você Thomas: eu sei que eu tenho Estado meio sumido , mas como estão as coisas Maike: infelizmente tá uma merda Davi: ainda bem que você não tem ido pra escola por que tá um saco Thomas: o que aconteceu ? Davi: o treinador colocou o Erick de capitão Thomas: mas você e o capitão Davi: uma puta sacanagem depois o Maike brigou com o babaca do Erick Maike: dei uma surra na quelé otario Thomas: você tem que pega aquela braçadeira de capitão a quelé babaca não merece Davi: esqueci deixa prala eu e o Maike já saímos fora do time Thomas: assim o time não vai conseguir passar da fase de grupos Maike: que se foda o time Derepente aparece Erick e mais dois amigos dele Erick: veja só quem está aqui , eu vou acaba com você dessa vez e não terá ninguém pra impedir Uma briga se inicia até que a polícia chega e aparta a briga Policial: já deu vocês são malucos querem se matar , eu vou deixar vocês irem mas se eu pegar vocês brigando de novo eu vou prende vocês Depois do ocorrido cada um foi pro seu lado Em casa Yuri: o que aconteceu com seu rosto Thomas Thomas sobi para seu quarto entra e bate a porta Dia seguinte Yuri: quer conversar sobre o que aconteceu ontem ? Thomas: não , thau eu tô indo pra escola Yuri: eu pensei que não ia mas Thomas: mudei de ideia Na escola Davi: eu pensei que nunca mas iria ver você na escola Maike: bem vindo de volta Thomas: e estou de volta e nois vamos pegar de volta nosos lugares no time Maike: mas você não tá no time Thomas: não importa nois temos que tentar Davi: e como você pretende fazer isso ? Thomas: eu sei lá talvez eu tenti convencer o treinador Maike: boa sorte Thomas vai em busca de conversar com o treinador Thomas: eu treinador posso conversar com você ? Treinador: ah Thomas pensei que tivesse desistido da escola Thomas: e eu desisti por alguns dias mas agora estou de volta e não pretendo desisti Treinador: bom ver que tomou uma atitude , mas o que você quer mim fala Thomas: eu queria falar sobre o time. , Por que você colocou o Erick no time e ainda de capitão Treinador: por que eu sou o treinador , Thomas eu decido quem vai jogar e quem será o capitão , olha as coisas não são do jeito que você quer tem que entender isso Thomas: eu sei, mas o que eu peço é que o senhor mim de uma chance Treinador: olha Thomas eu não sei além de que o time está incompleto depois que o Maike e o Davi saíram do time Thomas: não se preocupa com isso eu posso fazer eles voltarem pro time , e então você mim dá essa chance ? Treinador: está bem Thomas mas você tem que estudar e melhorar suas notas Thomas: podia deixar eu não vou decepcionar o senhor Depois de falar com o treinador Thomas vai falar com seus amigos Thomas: eu consegui convencer o treinador a meda uma chance no time também prometi que iria trazer vocês de volta , vocês topam ou não ? Maike: tô junto com você Davi: e bom ter você de volta Dia seguinte , jogo 3 Blu x ascensão Lucas toca pra André , André toca pra Marcus que faz um lançamento pra Erick que domina mas perdi a bola logo em seguida ascensão vem com tudo pro contra ataque , abrindo o jogo no meio de campo toca na lateral vai levando a bola , cruza mas e bloqueado por Antônio e escanteio , bola cruzada na área Cleiton espalma pra longe a bola volta pra ascensão mas Erick rouba a bola e vai com tudo pro contra ataque mas e disarmado em um belo carinho opa parece que temos uma confusão entre Erick e o jogador do time ascensão e o juíz expulsa os dois um expulso de cada lado e assim termina o primeiro tempo 0 x 0 O segundo tempo vai começar e parece com novidades nós BLUS vem aí o jogador Thomas que irá estreia hoje Davi passa a braçadeira de capitão pra Thomas 35 do segundo tempo André lança pra Maike que toca pra Thomas no meio campo que carega a bola dibra o primeiro o segundo vai fazendo fila ele prende esconde a bola ou que lindo giro vai fica na cara cara tocou por cima vai fazer gool e dos BLUS , Thomas abrindo o placa BLUS 1 x 0 ascensão 45 do segundo tempo Thomas pega a bola parace que ele mesmo vai bater a falta o juiz aotoriza z Thomas vem pra bola na batida tá lá gool e dos BLUS Thomas novamente lá no cantinho o goleiro só olhou não tinha o que fazer , e assim termina o jogo BLUS 2 x 0 ascensão , Thomas tem seu nome gritado pela torcida enquanto e jogado para o alto pelos companheiros de equipe Em casa Yuri: parece que alguém hoje está feliz Thomas: hoje foi demais fiz dois gols e garanti a primeira vitória do time Yuri: parabéns tô orgulhoso de você Thomas: obrigado , e eu passo te fazer uma pergunta ? Yuri: Claro que pode Thomas: você é feliz por ter me adotado ? Yuri: mas é lógico que sou feliz por adotar você, eu sei que você às vezes dá trabalho, mas isso não muda o fato de que adota você foi a melhor coisa que eu já fiz e tenho orgulho de ter feito isso e seu que seus avós mesmo não estando mas aqui eu sei que eles teriam muito orgulho de você Thomas vai até Yuri e dá um abraço Dia seguinte jogo 4 BLUS 3 x 2 império Treinador: muito bem pessoal vocês estão de parabéns, todos tem jogado muito e só falta, mas um jogo na fase de classificação e se nós vencemos estaremos na fase de mata-mata No dia seguinte na sala de aula Professora: certo pessoal espero que todos tenham estudado , e boa prova para todos Depois da prova Maike: hoje terá um festival lá no centro, o que vocês da gente ir e se divertir um pouco ? Thomas: tô dentro Davi: essa semana foi cheia taba hora de se divertir um pouco Thomas , Davi e Maike vão pro festival e se divertem muito Dia seguinte jogo 5 Tróia 1 x 4 BLUS Os BLUS golearam em sua última partida pela fase de grupos e se classificaram para próxima fase Classificados do grupo A: REDS , BLUS , LOBUS , IMPÉRIO classificados do grupo B: Garra , GAVIÕES , TIGRE , SPARTA
  • Luz Celeste

    Mãe, ser universal 
    Que mesmo não estando aqui 
    Ainda olha, ora e chora
    Pela vida que deixou e deixará
    Mas nunca diz adeus 

    Essa é a tão conhecida mãe 
    Tem na cabeça os louros 
    Pra vencer os momentos de agouro 
    Louros duma rainha celeste 
    Seja no norte, sul ou agreste 
  • Mamãe, pirei!

    Sempre cansei de escutar minha mãe dizer que minha casa era assombrada. De início nunca dei ouvido, afinal, meu pai sempre contestou, aquela dali nem aprendeu a falar soletrando papai ou mamãe, já foi reclamando da vida mesmo.
    Passei boa parte das minhas férias, escutando-a dizer que não é possível, ou a casa é assombrada ou alguém está levando nossas meias para outro lugar. Segundo ela, sempre que coloca um par de meia no tanque para lavar, ao colocá-la no varal, sempre tem uma meia faltando.
    Até aí tudo bem, mas para complementar suas falácias, quase toda noite escuto sussurros e gemidos diferentes vindo da casa do meu vizinho do fundo. Estranho, pois de dia, mesmo quando eles estão de folga, não são de fazerem barulho. Já de noite, até me preocupo e levam longas horas silenciarem.
    Eu nem conto nada pra minha mãe, vai que ela leva a sério a nossa casa ser assombrada? Eu amo minha casa, não gosto nem de pensar de um dia termos que ir embora de lá. Ainda mais pela neurose da minha mãe.
    Mas uma coisa me deixa preocupado, eu sempre encho a garrafa d’água da geladeira para evitar suas reclamações, mas sempre que ela ou papai vão pegar a água para beber, sempre está vazia.
    Sei não, acho que às vezes, ela tem razão... fora de nós; deve morar outro alguém por lá e não deve ser deste mundo.
    Pode parecer loucura o que estou desabafando, mas não é... tem hora que eu procuro não acreditar de nada do que ela fala, ainda mais dessas coisas sobrenaturais. Entretanto, quando lembro das louças que sempre lavo e horas mais tarde, a pia está empilhada, eu juro.. aí que me flagro acreditando que fora de nós, alguém a mais mora na nossa casa e não é deste mundo.

     

  • Marciano Inocente - Minhas experiências em pensamentos

    "Os problemas não existem, eles são criados por pessoas"
    "Ninguém pode saber tudo, com isso somos dependentes uns dos outros e sendo assim, somos todos importantes"
    "A prática é muito mais importante do que a teoria"
    Na matemática dois mais dois são quatro, mas na vida, dois mais dois pode ser um monte de coisas"
    "Tudo o que eu tenho e tudo o que eu sou, eu devo a Deus, sem ele eu não sou nada"
    "Na vida nós podemos ter razão ou podemos ser felizes, a escolha é nossa"
    "O sonho só é possível quando se acredita nele"
    "Não quero imitar ninguém, o meu valor está naquilo que eu sou"
    "Não preciso ser puxa-saco, eu tenho capacidade suficiente pra chegar onde eu quiser"
    "A maior viagem que alguém pode fazer é pensar que não precisa de ninguém"
    "O pedido de perdão pertence aos fortes, os fracos não tem a coragem de aceitar que estavam errados"
    "Quem não tem imaginação e criatividade nunca chegará a lugar algum"
    "O que é preciso para que o mundo seja melhor? R: Criar"
    "A música leva o ser humano onde ele quiser"
    "As pessoas grosseiras e estúpidas são colecionadoras de inimigos"
    "As pessoas pedem para que eu esqueça o passado delas, mas é por meio dele que eu sei com quem estou lhe dando"
    "Todo ser humano já nasce com um propósito"
    "Aqui nesse mundo somos meros atores de nossa própria história"
    "A teoria nunca será mais importante do que a prática"
    "Uma maneira de saber quem são nossos verdadeiros amigos é no momento de formar grupos para a apresentação de um trabalho"
    "A única maneira de se conseguir respeito é respeitando"
    "O respeito não se ganha, se conquista"
    "As coisas mais valiosas da vida o dinheiro não pode comprar"
    "A melhor maneira de ensinar é dando bons exemplos"
    "Muitos tem fama e com isso ganham muito dinheiro, mas eu prefiro ter o talento que eu tenho e ganhar o que é merecido"
    "Quando pensamos que somos os melhores, sempre encontramos alguém com mais habilidade pelo caminho"
    "O sofrimento é a única maneira do ser humano amadurecer"
    "A música deveria estar em todas as escolas, pois é o instrumento mais apropriado para a aprendizagem"
    "A vida é feita de experiências e só saberemos se tal coisa dará certo se tentarmos"
  • Marias - I

    Maria ouviu o trote do cavalo aproximando-se da porteira. Num impulso, soltou a espiga de milho que acabara de ter os cabelos penteados e trançados por ela. Com as mãos trêmulas, segurou a barra do vestido e correu em disparada através do estreito caminho de terra que cortava todo o milharal e terminava próximo ao imenso terreiro de secar café, nos fundos da casa.
    _Onde é que ocê tava, menina? Seu pai ainda há de matar ocê por causa desses sumiços.
    _Eu tava brincando de boneca, mãe.
    _Cê tava amarrando os cabelos dos milhos outra vez?
    Maria ia responder alguma coisa quando o pai adentrou à cozinha, interrompendo a conversava das duas.
    _Ocê ainda tá nessa sujeira? Vai caçar um jeito de se arrumar que seu noivo já tá aí na sala esperando pra lhe vê. Fez uma pausa e direcionou-se para a mulher. _E ocê trata de passar um café e trazer aqui na sala.
    Mãe e filha olharam-se assustadas e confirmaram com um aceno de cabeça. O homem deu meia volta e saiu fazendo barulho com as botas no assoalho de madeira.
    _Eu não quero ver aquele homem, mãe.
    _E ocê lá tem algum querê, menina? Desde de quando a gente pode desquerer alguma ordem de vosso pai?
    _Mas, mãe...
    _Mas nada, Maria. Trate logo de ir botar seu vestido de laço e pentear esse cabelo. Na certa, as espigas estão mais penteadas que ocê. A mulher finalizou e voltou-se para o fogão a lenha que queimava num dos cantos da cozinha.
    Enquanto se vestia, Maria ouvia as vozes que conversavam animadamente na sala.
    _Eu tenho certeza que o senhor vai fazer muito bem proveito daquela lavoura, senhor Afonso. Eu é porque já desgostei daquelas terras. O visitante falou.
    _Já tenho tudo pensado aqui na cabeça, seu Zeca. Tudim aqui. Vai ser o tempo de ocêis casar pra modo de eu mais os meninos começar a trabalhar naquilo lá.
    _Aquilo é pra família grande que nem a de vocês. Eu, depois que a mulher morreu, desgostei de muita coisa. Mas pra frente eu até penso em levar vossa filha pra morar na cidade comigo.
    Maria sentiu o coração triplicar os batimentos. Ir embora pra cidade com aquele homem que ela mal conhecia? Seu pai não podia permitir uma loucura dessas.
    _Cada um sabe o que é melhor pra si. Mas, eu não saio da minha roça de maneira alguma, seu Zeca.
    _O senhor é por que foi nascido e criado por essas bandas, seu Afonso. Eu, ao contrário, não. Já vivi uns tempos na cidade e, confesso, ando sentindo um pouco de saudade do movimento de lá.
    _É justamente isso que me assusta, seu Zeca. Movimento.
    A menina estava estagnada ouvindo a conversa quando a mãe apareceu na porta do quarto com uma bandeja de café e xícaras nas mãos.
    _Anda logo, menina. Daqui a pouco teu pai vem te buscar debaixo de porretada.
    _A senhora podia falar que eu tô passando mal, mãe.
    _Ocê ficou maluca? Seu pai sabe muito bem que ocê tá boa igual um coco. Anda, saía logo desse quarto.
    Maria ainda tentou retrucar, mas ouviu a voz do pai chamando seu nome. Sabia que seria inútil inventar qualquer desculpa. Entrou na sala de cabeça baixa e agarrada à mãe que também tinha os olhos voltados para o assoalho.
    _Boas tardes, seu Zeca.
    _Boas tardes, dona Helena. Com tens passado a senhora?
    _Bem, com a graça de Deus. E vossos filhos, como vão?
    _Muito bem, obrigado. Ansiosos com a chegada da nova mãe.
    Maria sentiu um calafrio percorrer o corpo. Na certa, tratava-se dela. Como isso podia ser possível? Ao que ela recordava-se do velório da falecida dona Lúcia, esposa de Zeca, o primeiro filho deles era mais velho que ela.
    _E ocê? Não cumprimenta seu noivo, Maria? Afonso perguntou num tom zangando.
    _Boas tardes, seu Zeca. Ela respondeu com a voz tremida.
    O homem levantou-se da cadeira onde achava-se sentado ao lado do futuro sogro e caminhou em direção a elas. Pegou uma das mãos de Maria entre a suas e falou sorrindo.
    _Boas tardes, menina. Não precisa ficar tão acanhada assim. Muito logo seremos marido e mulher.
    Aquilo fez o estômago de Maria revirar e ela pensou que fosse fazer uma sujeira no meio da sala. Puxou sua mão com rapidez e tratou de ir ajudar a mãe servir o café.
    _O senhor vai ter que ter paciência com essa daí, seu Zeca. Ela é um pouco arisca mesmo.
    Já sentado outra vez, e agora com um cigarro entre os lábios, Zeca sorria enquanto falava.
    _Depois que estiver lá em casa, rapinho aprende, seu Afonso. Ela é nova e eu hei de ser um bom professor.
    ...
    A visita de Afonso se estendeu por quase toda à tarde e quando ele finalmente se despediu com promessas de um breve retorno, Maria sentia a bunda doer. Ficara tempo demais sentada no banco de madeira ao lado do pai.
    _Ocê pode caçar um jeito de tratar melhor o seu noivo na próxima vez que ele vier lhe ver. Esse homem tá salvando nossa vida.
    _Eu não gosto dele, pai.
    _E ocê lá tem que gostar de alguma coisa, menina? Ocê tem é que me obedecer e dá graças a Deus pelo seu Afonso se interessar por alguém tão mal criada que nem ocê.
    _Mas, eu não quero ir embora com ele, pai. Eu faço qualquer coisa que o senhor mandar. Eu vou trabalhar na roça igual os meus irmãos. O senhor vai ver.
    O homem sorriu.
    _Deixa de falar bobagem, menina. Eu sei o que tô fazendo. Esse casamento vai me render uma quantia de terras que nem se nós trabalhasse o restante de nossas vidas, de sol a sol, ia conseguir adquirir.
    Maria calou-se percebendo o quão inútil era discutir com pai. Ela havia sido trocada por um pedaço de terra e nada que dissesse faria o velho Afonso mudar de ideia.
  • Memórias de uma infância distante

    Lembro que eu e minha irmã estávamos brincando de pique-pega em casa; Éramos como dois ligeirinhos correndo pra lá e pra cá, andando pelo terreiro e andando pela casa de minha avó, que é compartilhada com a casa da minha mãe (infelizmente, a casa da minha mãe não tinha espaço o suficiente pra brincarmos, mas a casa da minha avó, já era outra história).
    Brincávamos de pique-pega e não parávamos de rir, e como nós éramos pequeninos a casa da minha avó parecia uma fortaleza de um gigante, de tão grande que era. Tudo era divertido, tal qual que quando eu penso na minha perspectiva atual e comparo com as memórias da minha infância, o mundo parecia mais colorido, dinâmico e alegre. Afinal, uma criança consegue encontrar a diversão em qualquer coisa; Entregue um pedaço de pau para uma criança, e ela consegue transformar aquilo numa espada, espingarda ou até mesmo em um cajado de um mago poderoso que vai derrotar o monstro do quintal com seus poderes mágicos.
    O corre-corre não durou mais que dez minutos, isso porque a nossa mãe chamou nossa atenção e nós repreendeu por brincar de correr por dentro da casa de nossa avó, já que corríamos o risco de bater de cara em algum móvel ou quebrá-lo.
    Enfim, época boa e divertida. Não tínhamos preocupações. Tudo era diversão e ainda nossas mentes não eram ainda poluídas com o pior que o mundo possa a nós oferecer com o decorrer da idade.
    Atualmente quando vou na casa da vovó e passo nos mesmos cômodos eu penso, “eu cresci demais ou essa casa que encolheu? ”. Quem sabe, eu não tenha me tornado um gigante e ainda não tenha percebido.
  • MEU AMOR POR VOCÊ, É SEM IGUAL.

    Hoje o sol nasceu mais cedo
    Repleto de alegria
    Os sabiás no rochedo
    Fazendo uma sinfonia
    Pois, faz dezesseis anos
    Que nasceu minha alegria 
    Ainda me lembro o dia
    Que eu vi você nascer
    Eu chorei de alegria
    Quando olhei prá você
    O meu coração batia 
    Descompassado ao te ver 
    Você veio me trazer
    Motivos pra poesias
    Depois de você nascer
    Ficou mais belos, os meus dias
    Eu senti um imenso amor
    Que antes, eu não conhecia.
  • Meu Ser Especial

    No seu abraço encontrei aconchego e paz
    Amor que desconheço

    Faz os meus dias mais coloridos, alegres e leves

    Conta com uma pitada de humor diário
    Que é até mesmo capaz de secar
    Minhas mais profundas lágrimas

    No seu olhar conecto o meu ser
    E restauro minha pureza
    Vista apenas através de sua graciosa alma

    Gratidão é palavra pequena
    Diante do sentimento que aflora
    A teu dispor

    E a imensidão do mar jamais dirá
    A grandeza do privilégio
    Da sua presença
  • Minha mamãe

    Mãe, foram vários tombos
    Muitas palmadas no lombo
    Muitas noites passou acordada
    Uma mãe coruja que várias vezes eu deixei brava
    Mas que sempre esteve junto comigo
    Mesmo que as vezes eu seja individualista e pense apenas no meu próprio umbigo
    Eu me importo contigo
    Eu te amo de mais

  • Morte de Mãe

    A cena ainda se faz bem nítida. Tarde de sol forte. O menino estava do lado de fora, quase que escondido atrás do muro da varanda. Dentro de casa, a mãe desabafava aos prantos: “colocarei fim a este sofrimento”. A depressão não era algo recente. Contava que no dia do casamento esteve prestes a pular de uma pedra e que só não o fizera pois fora avistada por um tio que por ali passava. O tal mal aparecia e sumia de tempos em tempos. Mas dessa vez era diferente. Não passava. O garoto não entendia. Chorava no banho. “Morrer é uma decisão? ”. Tentava imaginar como seria viver sem a mãe. Algumas cenas presenciadas só fizeram sentido muitos anos depois: o pai contando e escondendo os comprimidos, o irmão mais velho chorando depois de flagrar a mãe tentando amarrar um cinto no telhado... Meses de tratamento e nada parecia fazer efeito. A decisão estava tomada. Tirar a vida era a única solução. E não faltaram tentativas. O menino à vira pela última vez num domingo pela manhã. Após o almoço, um pedido ao pai para brincar na casa do vizinho. O pai relutou. A mãe interveio: “deixa eles irem”. A última cena, ela sentada no sofá da sala se eternizaria na memória. Tudo estava planejado. Um minuto de descuido. Aproveitando não ter ninguém por perto, saíra pela porta da sala, caminhou até o final da rua e adentrou uma lavoura de café. Em questão de minutos, o bairro todo estava a sua procura. O menino não tardou ficar sabendo do sumiço da mãe. Embrenhou-se na lavoura junto com o pai que lhe pedia para gritar pela mãe. Gritava com força e medo. Ajoelhou-se, pediu a Deus que ajudasse. Nada adiantou. A noite chegou. Os parentes vinham de longe. O clima era de morte. A noite foi demorada. Um tipo de velório sem féretro, sem corpo. Era impronunciável, mas no fundo, todos pareciam saber o que o dia seguinte entregaria. Por volta das 9h um vizinho se aproxima assustado. Trazia notícias. Havia encontrado a mulher: “infelizmente está morta”. Cessava-se a dor do sumiço. Iniciava-se a dor da perda, da morte. Ela apoderara-se de uma faca de pão, adentrou a lavoura, chegou até uma mata, cortou um cipó e antes de consumar escreveu um adeus com as iniciais dos filhos no tronco de uma árvore. O atestado confirmara: “asfixia mecânica por enforcamento”. Encerrou-se ali uma breve vida. Os motivos até hoje são desconhecidos. A imagem da mãe morta num caixão na sala perturbou o menino por muito tempo. Era difícil olhar para aquele canto da casa sem reviver a cena. Os pesadelos foram uma constante. O péssimo trabalho feito pela funerária contribuiu para fixar na memória uma imagem nada agradável da mãe: machucados visíveis, a cola nos olhos, uma fita adesiva fechava a boca... na mão esquerda, cheia de arranhões, a aliança de casamento, afinal tinha sido um pedido seu. Num gesto triste, o menino alcançou uma rosa que havia dado de presente no dia das mães e um terço que ela sempre carregava e colocou entre suas mãos. O caixão foi lacrado. Uma rápida passagem pela igreja. O padre da paróquia se negou a fazer uma celebração de corpo presente. Enterro feito. Ficara o vazio na casa, na alma. Na cabeça do menino, várias lacunas ficaram e só foram preenchidas anos depois... ou não.
  • Movimento das Nuvens

    Os tempos atuais são recheados com tecnologia e o nosso cotidiano se afoga com ela até mesmo quando estamos dormindo. Talvez por isso as crônicas atuais falem tanto sobre isso e essa não será tão diferente, pois tudo começa no Facebook.
    Essa rede social, que para alguns está em decadência, ainda apresenta alguns atrativos principalmente através dos seus grupos. Eles podem ser criados por qualquer pessoa e ter os mais diversos temas como, por exemplo, receitas, carros, política, humor, cinema e por aí vai. Certo dia, em um grupo de interações humorísticas entre os membros, foi perguntado quais eram os pensamentos inocentes que os membros tinham quando criança. Diversos relatos surgiram, indo desde coisas bobas como formiga ser boa para a vista ou enterrar moedas para nascer uma árvore de dinheiro até eventos mais complexos como os noivos irem para a lua após o casamento para comer mel ou todos os frequentadores de uma academia chamada Minotauro serem monstros mitológicos.
    Na hora bateu um sentimento nostálgico ao ficar lembrando do passado, buscando alguma coisa para escrever. Depois de algum tempo veio uma lembrança inocente à mente, mas ela pareceu tão preciosa naquele momento que não consegui escrever nada. Ela surgiu mais ou menos aos meus oito anos quando aprendi sobre o movimento de rotação da terra. Eu me fascinei ao saber que a terra em que estou pisando está girando sem parar e, de algum modo, eu precisava descobrir como ver essa coisa tão revolucionária! Passei a olhar para todos os lados, tentando buscar algum movimento, qualquer movimento. Certa hora olhei para o céu e o fiquei encarando por um bom tempo. Depois de alguns segundos, percebi que uma pequena nuvem estava se movendo lentamente. Era isso, só podia ser o planeta se movendo! A partir desse momento, sempre passei a olhar para as nuvens quando sentia medo, alguma angústia ou insegurança. Em minha inocência achava que, se o planeta continuava se movendo, tudo estava e ficaria bem porque o tempo ainda estava passando e eu continuava vivo!
    É claro que depois de alguns anos descobri que o movimento das nuvens não estava ligado ao movimento de rotação da Terra, mas até hoje quando não me sinto bem gosto de olhar pro céu e ter os mesmos pensamentos porque às vezes só precisamos um pouco da inocência dos nossos pensamentos para ter forças e continuar seguindo em frente.
  • MUNDOS DIFERENTES 1 e 2

    Certo dia a muito tempo em um interior chamado Tianguá, uma mulher chamada Sophia estava grávida de gêmeos, mas ela não sabia. Num lugar distante do interior, uma mulher chamada Ariana estava fingindo estar gravida para ficar com Mário seu marido , por que é muito rico e morava em uma mansão. De volta para o interior, Sophia já teve os gêmeos mas estava dormindo ela não teve chance de ver os seus filhos e ninguém estava perto para ver, o marido de Sophia deixou ela sozinha com seus filhos, mas como ele sabia que ela está gravida ele liga para o irmão de Ariana para fingir que esse bebe é filho dela, seu irmão chamado Raul foi correndo para pegar um dos gêmeos.
                         
                      Passou 13 anos o dois garotos já estavam na adolescência, o garoto que ficou no interior chama-se Daniel ele é um garoto bom humilde e apegado a família, e o outro que foi levado chama-se Bruno já ele é um garoto mimado, não gosta de sua mãe mas gosta de seu pai. Bruno não tinha muitos amigos já Daniel é repleto de bons amigos, o sonho de Bruno e ser cantor mas possui uma voz desafinada é Daniel tem uma voz excelente para cantar ele tem sua própria banda que se chama Shang.
                         
                      Em um shopping os 2 gêmeos esta lá, Daniel e Bruno foram para uma loja de lápis porque os 2 fazem coleção de lápis, eles se barroaram e viram que são iguais, a mãe de Daniel chamou ele então eles deram o seu número de celular um para o outro. Passou 1 semana e Daniel resolveu ligar para Bruno:
    -Oi Bruno!
    -Oi o que você quer?
    -Eu liguei para você saber quando podemos se ver novamente.
    -Bem eu não tenho muito tempo livre mas amanhã da?
    -Ok
    -Tchau
    -Tchau
                      Passou 1 dia e nesse dia Daniel estava cantando no meio da praça, Bruno chegou e viu Daniel cantando, depois que a banda de Daniel parou de cantar Bruno pediu que Daniel cantasse numa audição que ele tem e Daniel topou. Chegando no dia da audição Bruno e Daniel trocaram de lugar já que são tão iguais, Daniel foi no lugar de Bruno, e Bruno foi no lugar de Daniel, ele conseguiu passar da audição. Passou um tempo o pai de Bruno morreu e na herança deixou apenas sua herança para Bruno sua empregada chamada Marina e para seu irmão Geraldo, Ariana ficou indignada com isso.
                      Um dia Ariana soube que Bruno e Daniel se conhecia e que eles sabiam que era irmãos gêmeos Ariana contratou 3 capangas para sequestrar Daniel para assinar documentos para a herança de Mário sege dela, Ariana conseguiu sequestro Daniel e mantêm Bruno em cativeiro em sua casa. Passou 1 mês e Daniel,Bruno e Mariana conseguiram fugir graças as crianças da banda de Bruno que ajudaram eles, Raul e Ariana foram presos e Sophia soube que tinha gêmeos. Sophia sua mãe e sua irmã foram para a mansão de Bruno e lá eles viveram até que depois de muito tempo aconteceu outras coisas que eu vou deixar vocês que estão lendo mais curiosos para o meu próximo texto que eu irei escrever isso é apenas o começo de muitas aventuras que irão acontecer. (...)

    MUNDOS DIFERENTES 2          


       
    Depois de tudo isso que aconteceu, passou 2 anos os irmãos Daniel e Bruno estava bem tranquilos e até demais. Certo dia em uma prisão em Fortaleza, Adriana e Raul saíram da prisão e foram morar no interior chamado Tianguá.

    Bem os 2 começaram a bolar uma vingança contra os irmãos. Passou um mês, a mãe dos gêmeos saiu para trabalhar, , a avo deles foi ajudar na igreja e a tia foi para o zoológico para trabalhar.

    Eles ficaram sozinhos em casa, Adriana e Raul observaram todo o movimento da casa deles, e viram que os irmão estavam sozinhos e entraram na casa sem ninguém perceber.

    Os dois irmão estavam no quarto, Bruno foi pegar um copo d´água e acabou sendo surpreendido pôr Raul, Raul acaba dando para o garoto clorofórmio e depois que ele fez o menino dormi, o amarrou. 

    Passou um pouco de tempo, Daniel ficou estranhando que o Bruno ainda não tinha voltado, ele resolveu que ia ver o que estava acontecendo, Daniel foi surpreendido por Adriana, ela desmaio o Daniel e o amarrou.

    Quando os irmãos acordaram em uma casa sem ser deles, Adriana entra, os meninos ficam assustados e perguntaram:

    -Você! Mas você não está presa?

    -Conseguir fugir, estavam com saudades de mim?

    -Sim, claro muita saudades que você nem imagina. Fala Bruno

    -Você e suas piadas não é Bruno, não mudou nada.

    -Oque você quer com nós? Pergunta Daniel

    -Com sempre eu quero a herança de seu pai Bruno. Responde Adriana

    -Nunca você ira pegar o nosso dinheiro. Disse Bruno

    Adriana sai rindo. Quando a avó dos garotos chegam em casa chama eles:

    -Daniel, Bruno trouxe pães quentinhos para a merenda.

    Quando ela percebe que eles não responderam, ela foi para o quarto dos garotos para chamar eles , assim que ela vê que eles não estão no quarto ela entra e se desespera e vai para a rua chamar eles, e nada, vai para casa dos colegas deles e disseram que também não os viram.

    Ela volta para casa e liga para a mãe dos gêmeos para vir diretamente para casa. Quando Sopia chega ela entra chorando e desesperada. Passa um tempo e uma ligação chega na casa dos gêmeos e Sopia vai atender:

    -Alo quem é?

    -Sou eu Adriana querida já se esqueceu foi?

    - Você mais você não esta presa.

    -Sim mai conseguir fugir.

    -Você esta com os meus filhos?

    -Sim mais eu quero todo o dinheiro do pai adotivo do Bruno.

    -Sim claro faço tudo pelo os meus filhos.

    -Pois bem me encontre na praça com o dinheiro e vá sozinha.

    -Claro então amanha.

    -Sim.

    No dia seguinte Sopia chega na praça e da o dinheiro para Adriana e ela da os filhos dela, mas quando Adriana saiu um pouco mais tarde ela e presa junto com o Raul e Sopia volta para casa com os filhos.

  • MYSTICA STATERA por Lux Burnns O tomo para iniciantes

    Sumário
     Agradecimentos..........................3
     Introdução......4
     Capítulo 1- O nascer e o torna-se.....5
     Capítulo 2-Realizando a magia.......12
     Capítulo 3- A magia é vida, mas não é um ser 
    vivo....20
     Capítulo 4- O mundo sem o véu..........26
     Capítulo 5- O fanatismo, o grande o veneno mágicko......33
     Capítulo 6 - A verdade liberta, mas é dolorosa....39
     Capítulo 7 - DIY mágicko.............47
     Capítulo 8 - A bruxa que vive entre os santos e os pecadores............ 54
     Capítulo 9 – Os Deuses, e o Fim da farsa da Realidade Dualística...... 59
     

     
     
    Agradecimentos
    Minha gratidão é voltada para o meu companheiro Soul, que me apoiou desde o início desta caminhada, me ajudando a melhorar ainda mais como ocultista, e jamais desistir das minhas convicções, mesmo quando o mundo inteiro, parecia discordar das mesmas. Também deixo minhas graças aos meus amigos: Lua Negra, Srtoa Gamab, Milliato, Rivendell, Srta Rabbith, Mandy, Tha, a Witch born on fire, e Isa, que me ajudaram a perceber quê este tomo poderia ser útil as próximas gerações. Por fim reconheço também o auxílio de minha mãe Silvana, que apesar dos pequenos atritos pelas crenças diferentes, sempre acreditou em mim e nos meus ideais. Obrigado a todos vocês, que me deram ânimo para chegar até aqui, e terminar este projeto. Não sei o quê me aguarda depois disso, mas certamente é um feito e tanto, e me orgulho por plantar esta semente, que vocês com carinho e paciência regaram.
     

    Introdução 
    É válido mencionar, que jamais tive a intenção de escrever um livro voltado para o aprendizado dos demais. Afinal há muitos autores, infinitamente melhores do quê uma velha bruxa, em um corpo não tão jovem. 
    Mas devido ao grande número de desinformados, que se acham conhecedores do mistério, e tudo o quê mesmo representa, vejo que é hora de assumir o meu manto de ocultista outra vez, e trazer-lhes algumas verdades nada convenientes. 
    Não estou aqui para lhes ensinar fórmulas, que vão mudar as suas vidas num estalar de dedos. Muito menos sobre como devem adorar seus deuses, ou o quê é o certo e o errado. Não sou uma bússola moral para tomar tal partido, apenas viajo de mundo em mundo, para libertar aqueles que aceitam o preço da liberdade. A ignorância pode ser uma benção, mas é a coragem que determina quem tem a chave do tudo. O inimigo é astuto, logo devemos ser justos, mas isto não significa dissociar, e se abster, e sim que devemos está preparados. Você pode não compreender estas palavras no momento, mas logo entenderá o quê cada frase significa.
     Se escolheu decifrar este livro, é porquê ouviu o chamado, mas não estou falando dos filhos do sol, e sim de algo mais amplo e intrigante.
    Há memórias de um mundo que querem te fazer acreditar que não existe. Há poderes que um ou nenhum dos seus parentes consegue explicar. Há mistérios em teu íntimo, que quer desvendar.
    As respostas estão presentes aqui, mas está pronto para ouvir o quê a primeira causa tem a dizer? Não será um caminho fácil, por isso é necessário que esteja pronto para esta jornada, que saiba no mínimo o quê é a espada e o escudo, e como usá-los. Do contrário será devorado pelos teus demônios, antes mesmo de ouvir a palavra da força geradora.
    Eu sei, parece o roteiro de algum filme de ficção científica bizarro, porém tudo o quê for mencionado aqui, será focado na minha experiência real como bruxa, e no aprendizado que isto me trouxe no decorrer do tempo. Está preparado? Então vire a página, pois a aventura o aguarda jovem peregrino.
    Capítulo 1
    O Nascer e o Tornar-se 
    Vivemos numa sociedade cheia de liberdade, que acredita bastante no ideal de igualdade, e que todos podem entrar no mundo da magia, sem discriminações de espécie. 
    Não estou aqui para me impor sobre tal coisa, porém acredito -e é o quê devia ser ensinado- que há aqueles que nascem com a predisposição para a magia, e os que infelizmente, não foram agraciados pelas divindades.
    Isso faz com que estes sejam mais fracos? Não. Eles devem ser escorraçados, e friamente criticados ? Também não. Apenas devem ter consciência de quê a sua busca, certamente será mais trabalhosa e longa – ou não se souber usar os meios certos, mas não vem ao caso – Por isso jamais devem se comparar aos que possuem habilidades naturais, pois tal atitude culmina em desencontro com o propósito inicial, de descobrir-se neste caminho.
    Não pense em nenhum momento, que o fato de ser somente humano te faz inferior, isso não significa muita coisa, quando você sabe que há meios de melhorar as suas habilidades.
    Já os predispostos, deveriam entender que o fato de terem recebido dons da natureza, não os faz automaticamente deuses, apenas lhes dá alguma vantagem em relação aos outros. Mas uma vantagem, não significa uma vitória garantida, portanto devem estudar e se preparar, tanto quanto os que não foram agraciados, para superar suas limitações, que sim existem.
    Não importa o quê são capazes de fazer - se levitam, se incendeiam, se preveem, manifestam, projetam, e tudo mais-  isto não os faz bruxos, apenas são detentores de habilidades especiais. Tanto o filho de um deus, quanto o filho do homem, precisam de treinamento, e conhecimento, para poder serem dignos de tal alcunha.
     
    É nos ensinado desde o começo, que precisamos andar em grupos, para poder obter o grau de bruxo, mago, ou feiticeiro. A sociedade mágica insiste em seguir essa premissa, mesmo nos tempos atuais, e isso atrasa bastante a vida de um novato.
    Grupos, como: Ordens e Covens, Podem até servir para ajudar no entendimento de certos assuntos, mas a realidade é que se queres realmente o poder, não deve seguir com ninguém mais, além de ti mesmo.
    Afinal de contas, o ocultismo no fim é apenas uma forma de encontrar-se, e não é no meio da multidão, com suas ideias diversificadas, que conseguirá te achar, no máximo ficará ainda mais confuso e perdido.
    Você se encontrará apenas quando não houver ninguém por perto, quando estiver sozinho num quarto escuro ou claro, questionando-se sobre o quê é, como, e o porquê das coisas.
    Por isso não acredite em líderes, que fazem questão de impor que precisa deles, acredite em ti mesmo, e naquilo que vai de acordo com a tua personalidade, e o quê tu consideras certo ou errado.
    E este tópico nos leva a outra questão. A magia tem se tornado um grande alvo do entretenimento. Para onde olhar  há “bruxos” ou “seres místicos”. O quê é uma coisa boa, mas somente para a diversão, pois tudo o quê se encontra nos filmes, seriados, desenhos e afins, são apenas fragmentos de textos ocultistas, e qualquer um de bom senso sabe, que não dá para entender o texto com apenas um verso, pois o mesmo pode servir para expressar diversas possibilidades, e se apenas escolher ler tal parte, jamais entenderá o contexto para que foi criado, por isso não use tais meios para aprender sobre o caminho. 
    A verdadeira magia, influencia o ambiente, mas o ambiente não influencia a magia. Logo uma obra midiática pode ser inspirada em algo oculto, só o quê o oculto, não pode advim de uma obra midiática, do contrário todo o entendimento se perde, e em vez de formar a sua inteligência divina, apenas a degrada e a transforma em loucura vã.
    Um bruxo de verdade- homem ou ser mágico- Sabe disto por instinto próprio. Entretanto com tantos jovens adotando posturas erradas, por conta do quê assistiram, é sempre bom frisar tal fato.
    Como disse antes são verdades inconvenientes, por isso não espere que eu vá apoiar uma conduta tão inapropriada para o ocultista.
    Queres ser um bruxo? Então leia, pesquise, estude, questione-se, e faça-se um. 
    Não espere que apenas porquê mudou o caminho, e deixou de seguir com as ovelhas, tudo será mais fácil. Verdade seja dita, se quer conforto, e evitar desafios que podem te fazer desmoronar, seu lugar não é aqui. Não importa se tem o sangue, sem essência jamais conseguirá sair do lugar.
    A magia não é um caminho simples, nunca foi. Apenas os que se encantam por sua versão comercializada de luzes e pó brilhante, acreditam nesta falácia.
    O agraciado deve aprender a controlar seus dons, para não ferir os que não merecem receber tal castigo, e o humano deve procurar meios, de melhorar seu espírito, ou DNA cósmico, para garantir que conseguirá manifestar alguma habilidade.
    Só que ambos precisam passar pelo mesmo processo árduo e cansativo. O agraciado, que nasceu com poderes sobrenaturais, precisa torna-se aquele que tem controle de si, e o humano que tem o controle da sua mente, precisa destruir todas as barreiras impostas, para então nascer como um ser sobrenatural.
    Ambos são como a metade um do outro, mas precisam focar em suas limitações, pois o primeiro poderá sofrer consequências desagradáveis, e o segundo precisa achar meios, de fazer-se tão forte quanto o outro, mas no fim os dois se encontram no mesmo patamar, por isso seus caminhos, ou o quê são , não interessa.
    É dito que para ser um bruxo, é necessário uma iniciação, canalizada por sacerdotes e sacerdotisas, que receberam o chamado dos deuses, e toda aquela parafernália, que estamos cansados de ouvir.
    A iniciação é um processo necessário sim, mas não precisa vim das mãos de alguém que diz ter sido “tocado” pelos deuses. 
    Haverão aqueles que certamente discordarão de mim, pois são tão tradicionalistas quanto os cristãos ortodoxos, contudo esta é uma verdade inegável.
    Não estou dando pontos a favor de rituais de meia tigela, encontrados na vasta rede, que fique claro. Apenas acho justo mencionar, que tais postos – sacerdotes- não torna os homens e as mulheres detentores da verdade, pois para aqueles que podem ver, a mesma   é revelada dia após dia, fora dos templos “sagrados”. 
    Aliás creio que o grande segredo, é apenas um pedaço de papel vazio, que nada diz, pois o axioma está no vento, na água, na terra e no fogo, não nas palavras ditas por um mestre.
    Você é o quê acredita ser, não o quê os outros impõem sobre ti.
    A iniciação nada mais é que um processo psicológico, no qual você condiciona o teu cérebro, para se abrir a possibilidades, que por anos foram lhes ensinadas como impossíveis.
    É importante pois o poder, embora se manifeste em nossos genes, vem da mente. 
    É um fato científico, pois por mais que muitos duvidem, a magia é sim ciência, pois pode ser estudada, verificada e comprovada.
    Os neurônios são responsáveis por tudo o quê fazemos, seja bom ou ruim. Assim se você acredita firmemente, que ao chegar do outro lado de uma rua, vai acabar caindo, esses impulsos químicos captam a mensagem, e fazem com quê sofra o acidente, porquê os manipulou para isso.
    Este é um caso simples, mas há situações ainda mais “inexplicáveis”, nas quais as pessoas sofrem de males mentais, que podem provocar sintomas físicos, mesmo que não haja aparentemente nada para causar dor, são as chamadas doenças psicossomáticas.
    É por isso que um bom bruxo, precisa ter um ótimo preparo mental, ou a sua magia não obterá resultados.
    Não adianta nada você nascer com a predisposição, ou procurar pela essência sem acreditar nelas, pois em ambos os casos, não conseguirá despertar suas verdadeiras habilidades.
    Já viu que pode levitar, ou incendiar as coisas por exemplo, só que na hora de provar os teus poderes, há um bloqueio.
    Sozinho chega ao teto, queima a toalha da mesa. No entanto na presença de amigos, é visto como louco, pois seus pés não saem do chão, ou acreditam que usou o isqueiro, para forjar provas.
    Isso te faz achar que enlouqueceu, que os outros estão certos, e que é melhor evitar as suas “habilidades imaginárias”. Não é?
    Esse certamente é o caminho mais fácil, mas como disse antes o caminho é difícil, não adianta fugir no primeiro obstáculo.
    Esta é apenas a prova, de quê precisa tornar-se aquele que controla a si mesmo, para poder provar aos outros, do quê realmente é capaz.
    É a evidência de quê a predisposição, não é o suficiente, se em nada acredita – Principalmente se duvida de si.
    Já no caso dos humanos, a situação é um pouco diferente, pois este ainda não manifesta nada, mas precisa se desamarrar das correntes de concreto da sociedade, na qual foi inserido.
    De outra maneira, achará apenas os que lhe oferecem um lugar, servindo aos deuses, mas jamais um acento do lado dos mesmos.
    O ser humano, está acostumado a ter tudo nas mãos, e a seguir sempre aquilo que o torna o maior dos maiores, e é isso que tem que acabar.
    Há uma hierarquia no mundo mágicko, que deve ser respeitada. Só que o fato de hoje ser apenas homem, não implica que amanhã também será, então é preciso que aprenda a aceitar as suas limitações, e a conhecer melhor as possibilidades.
    Seu mundo é pessimista demais, ou exacerbadamente otimista, você não tem equilíbrio, vive mergulhado em caos, engolindo os ideais daqueles que supostamente estão acima de ti, sem nunca levantar a voz.
    É preciso que entenda que você tem sim voz, que o quê sente importa, que há muito mais do quê somente um planeta abrigando a vida, e -comprovado por Galileu Galilei- A Terra não é o centro do Universo.
    Desse modo, quase tudo o quê lhe ensinaram até o momento, pode ser mentira, ou uma verdade mergulhada em mentiras, ou seja há fatos que são claramente falsos, e outros embora pareçam como tais, são verdadeiros.
    É preciso que entendam suas limitações, ou a magia nunca funcionará.
    A iniciação além de expandir a sua mente e elevá-la, é também o  desenvolvimento de uma conexão mental do seu eu e o cosmos, e por isso deve ser considerada “sagrada.” 
    Assim sendo quando for realizá-la, não vá procurar por “receitas de bolo” prontas, como se houvesse alguma nova bruxa, que fosse a Ana Maria Braga da Magia, pois não há - se houvesse todos teriam poderes e entendimento, e não é o que acontece.
    Somos todos mestres e aprendizes de nós mesmos, mas devemos sempre procurar sermos a melhor versão. - É importante frisar, porquê se tu é o teu mestre, logo irá crer que pode fazer o quê quiser, como se ser um mestre, significasse que é Deus, e pode mandar e desmandar. Mas não é bem assim.
    Ser o teu próprio mestre, significa melhorar-se nos aspectos necessários. Crescer, e desenvolver-se, para alcançar os teus objetivos, não interessa se são bons ou ruins, pois bem e mal é relativo -O quê é bom para mim, pode não servir para ti.
    A iniciação, mesmo que realizada por tuas mãos, ainda é um ritual, e por isso dependendo do Deus que escolher seguir, deve respeitá-la como tal.
    Se queres obter sucesso e expandir teus pensamentos, é preciso que ouça a tua voz interior. Mas esta voz não nasce do nada, ela não é uma ideia absurda que lhe vem ao pensamento, e tu executas, isso se chama criatividade, não o chamado interno.
    Para realizar uma iniciação de sucesso, é necessário, que conheça os cultos anteriores dedicados ao Deus com o qual escolheu aprender. É uma forma de honrá-lo, e a ti mesmo também, para quê não passe vergonha entre os outros ocultistas, e consiga calar a boca dos iniciados.
    Eu escolhi aprender com Satã, logo me utilizei de velas negras,  símbolos profanos, e materiais de corte, para realizar a minha auto-iniciação.
    Sou uma predisposta, nasci numa família, que embora hoje sirva a Yaweh sob a luz, um dia serviram ao seu lado negro, conhecido como Adonai.
    Por isso consegui aprender muita coisa, sem a interferência de mestres e iniciados. Já tive a oportunidade de andar com grupos. Mas os “mestres” que apareceram em meu caminho, mais me atrasavam, do quê me ajudavam a entender a minha verdade.
    Entendo muitos conceitos místicos, por intermédio dos deuses do abismo. Eles me ensinaram a ser mais forte, e me indicaram o quê procurar, para achar as respostas, por isso sou muito grata a eles, e defendo minha versão da veras mística. (Ou verdade mística)
    É significativo mencionar que os deuses, embora nos guiem pelo caminho, eles jamais podem andar por nós, sendo assim não espere que o Deus escolhido, te entregue todo o material, que precisa para alcançar o teu objetivo, eles te darão a chave, mas a porta quem procura é você.
    Outra coisa, se teus caminhos se abrem com facilidade, há apenas duas explicações: O teu papel é pequeno, logo suas limitações são fáceis de superar, ou já sofreu o suficiente, para entender como alcançar aquilo que mais deseja.
    Após passar pela iniciação, e receber sinais – isso mesmo sinais, e não sinal- de quê o Deus escolhido te acolheu entre os seus, você agora vai definir como deve estudar, e mensurar o teu aprendizado, por isso precisará de um caderno, e uma caneta, para registrar, cada coisa incomum que te ocorreu, com data, hora, condições mentais, respostas plausíveis, e tudo o quê for necessário, para provar que teu relato é verídico.
    Se é um predisposto, poderá medir a melhora do controle de teus dons, se é o primeiro da tua linhagem, poderá transmitir isso para o próximo que colocar o manto, que certamente vai aparecer, podendo ser um filho seu, ou algum outro parente.
    Coisas incomuns vão acontecer, é inevitável, faz parte da jornada. Como lidarão com elas, é que vai definir se são ou não bruxos, magos, ou feiticeiros de verdade.
    Ou acreditaram mesmo que bastava um ritual, para se tornarem algo?
    Não, não é tão simples. Se fosse, se chamaria cristianismo, e não paganismo.


    Capitulo 2 – Realizando a magia

    Poderia encher as páginas com vários sistemas mágickos, como: Herméticos,  Satânicos, Caoístas, Streghes, Célticos, Gregos, Egípcios etc. Alguns conheço a fundo, outros apenas de maneira superficial, mas não o farei. 

    Se queres conhecer cada um deles, sugiro que faça uma pesquisa, extensa e detalhada, para entender o conceito apresentado, por estas filosofias de maneira profunda.

    Como disse antes não estou aqui para ensiná-los, como adorar os seus deuses, até porquê o ato de “adoração”, é algo que me dá nó estômago, mas vai de cada um.

    Então você escolhe com o quê quer trabalhar, minha função é apenas te ensinar, a realizar o ato mágicko. (Note que há um k extra, é proposital, para separar magia de ilusionismo, e foi proposto por um famoso ocultista.) 

    Primeiramente lembre-se sempre: O poder vem da mente, e com a linguagem certa pode programá-la. Sendo assim os resultados mágickos (como respostas, questões, ou atos) são genuínos, mas o processo para se realizar o ato, pode ser provocado pela mídia. 

    Não estou me contradizendo, a magia sempre influencia, mas a mídia não deve fazê-lo, pois faz do entendedor um tolo. No entanto, se souber usá-la, pode ser bastante benéfica, na hora de preparar a sua mente, para desbravar a Terra Oculta e suas maravilhas.

    Você Não deve aceitar a verdade escrita no roteiro, pois é uma meia verdade, e toda meia verdade é uma mentira.

    Todavia se for esperto o suficiente, fará bom uso de tais artifícios, e em vez de acabar mergulhado nas trevas da insanidade, será um exímio ocultista.

    O tolo irá ouvir a música milhares de vezes, e se deixará ser controlado por ela, tornando-se mais dos zumbis da cultura popular. O astuto utilizará a mesma música, para domar a si mesmo, pois tem conhecimento dos seus efeitos e que a própria serve para controlar a mente, por isso sabe como programar a canção, para atingir o seu objetivo.

    O ingênuo assistirá um filme, e criará diversas histórias em sua mente, acreditando que aquela é a sua realidade, sem de fato ser. O desperto verá na mesma obra, aspectos que condizem com a sua jornada, e os quê também contradizem seu aprendizado. – A magia estará presente ali mas o verdadeiro ocultista, saberá sobre o quê se trata o seu contexto.

    O hipócrita utilizará lendas urbanas, para validar as suas experiências “mágicas”, e recuará quando for abordado. O consciencioso saberá que a verdade sobre as lendas urbanas, é tão pequena que passa despercebida, por isso fará o possível para detalhar o seu relato, de maneira que coincida com o quê tal criatura realmente é, pois tem o entendimento de quê lendas nascem da má interpretação dos povos sobre determinados seres. Lobisomens por exemplo podem ser criaturas provindas de Sirius B, Vampiros podem ser membros da constelação de Alfa Draconis, e por aí vai.

    A voz do coletivo precisa ser ignorada, até que se faça necessário ouvi-la, ou seja o conhecimento empírico tem de ser esquecido, até que haja uma explicação científica para o mesmo, ou uma forma de validá-lo de maneira, que não seja uma experiência pessoal.

    Encontrar-se a si mesmo é importante, contudo depois de achar-se, deve focar-se em descobrir se realmente é o quê acredita ser, pois é a mente é uma caixinha de surpresas.

    No mundo em que vivemos, o ceticismo doentio é louvado, por isso devemos dançar de acordo com a música, para poder criarmos nossos passos. Isto é necessitamos abraçar o conhecimento concreto, antes de realizar a magia. Porquê embora o espírito preceda ao corpo, a mente funciona como nossa alma, e quando a mesma é atingida, nossos resultados mágickos podem falhar.

    Não adianta tentar empregar a magia pela magia, numa sociedade que te obriga a ter respostas para tudo. 

    Foi-se o tempo que não havia explicações para os fatos naturais, e bastava curva-se para os deuses para conseguir as suas graças.

    Não é mais a Era de Ouro, os Deuses não estão mais entre nós, eles abandonaram este planeta há muitos anos, e até os seus filhos estão por conta, por isso conectar-se com os mesmos não é tão simples.

    É imprescindível que o predisposto tenha consciência disto, pois muitos filhos dos deuses, acreditam do fundo de seus corações, que nossos pais cuidam de nós, por 24 horas, como se fossem como os humanos que nos acolheram em suas casas, mas a realidade é outra.

    É, eu lamento, lamento de verdade. Mas os deuses tem seus próprios afazeres, e embora nos visitem algumas vezes, deixando rastros incontestáveis de sua presença, eles não ficam ao nosso lado todo o tempo.

    Novamente estou ciente de quê muitos tentarão me “apedrejar” por isso. Só que como disse antes, as verdades são inconvenientes, e trago a liberdade para os que aceitam o seu preço, e neste caso o preço é abandonar a carência de seus coraçõezinhos, e aceitar que o pai, a mãe, ou ambos nem sempre podem ficar presentes.

    Se vocês os veem, ou os ouvem constantemente, é porquê ainda estão acordando, e as memórias da vida passada, estão se manifestando, de acordo com a forma com a qual eles se comportavam com vocês, no outro mundo.

    Eles nunca aparecem por nada, sempre há uma motivação para realmente virem ao nosso encontro, e quando vem, fazem com que saibamos que estiveram conosco.

    Lúcifer e Lilith são meus pais, sou a primeira de sua linhagem, e isso pode ser confirmado no meu site antigo, que disponibilizarei no fim deste livro. Por quê digo isto? Bem uma famosa série, retratou tal fato recentemente, só que antes do mesmo acontecer, já havia escrito no meu site, que esta primeira era eu. Então pode ir conferir na prática, que o oculto influencia mídia mas a mídia não interfere no aprendizado místico.

    Quando Lúcifer me visita, sempre há todo um contexto por trás disto, ou é para me dá um alerta, como em 2013 quando me mostrou que Belzebu é um traidor, que quer o seu trono. Para me proteger de alguma criatura nociva, que tentou me destruir, enquanto caminhava pelo mundo inferior. Ou me convocar para alguma reunião importante. - Eu sei parece cômico, mas já fui chamada uma vez, para ir com o mesmo no conselho celestial.

    Como sei que de fato era ele? Eu jamais tinha visto Belzebu como um traidor. Mas após este sonho e outros nos quais fui perseguida pelo Senhor das Moscas,  fiz uma extensa pesquisa, e encontrei relatos de pequenos ocultistas, que defendiam a mesma teoria. Alguns que falavam que Belzebu se opõe a rebelião de Satanás, outros que ele era como um exorcista, mencionado na bíblia.  Mas pareciam tão dissociados da realidade, que me desanimei e aleguei insanidade.

    Contudo algo em meu interior, me levou a pesquisar ainda mais, e acabei encontrando um belo artigo dedicado ao mesmo, no site da Penumbra Livros, onde faço grande parte dos meus estudos esotéricos atualmente, devido a enorme fonte de conteúdo gratuito disponível ali.

    De fato não só Belzebu era traidor, como já tinha conquistado o trono do Inferno uma vez, fazendo com quê 49 dos 72 demônios que caminhavam com Lúcifer o servissem, e isto já tinha até se tornado o roteiro de uma revista em quadrinhos da Vertigo inclusive.

    Até aquele momento eu nada sabia, mas Lúcifer veio e me mostrou um fato, que não era uma fantasia, e podia ser comprovado.

    Além disso no dia do dito sonho, ocorreu um evento quase cataclísmico em minha cidade, ligado ao vento, que é um dos elementos que o representa, e minha mãe literalmente viu um anjo dentro do nosso lar, muito bonito segundo a mesma.

    Já na outra vez, foi como se ele enviasse uma mensagem através de uma médium, na qual me mandou tomar cuidado, pois coisas terríveis iriam acontecer em breve. 

    É claro que duvidei, para mim a possessão, é apenas um processo psicológico, no qual o “possuído”, na verdade é um predisposto, que desconhece seus dons, e acaba manifestando habilidades sobre-humanas, que fazem com os quê os padres interpretem de maneira errônea, e na época, achava que se tratava de uma insanidade maior que a minha, só que ainda sim, é no mínimo suspeito tudo o quê aconteceu depois.

    Minha casa foi saqueada, e levaram todo o meu material de registro de eventos sobrenaturais, os homens reviraram o meu quarto todo, e deixaram o da minha mãe arrumado. Procuraram pelo notebook, onde tinha fotos, teorias, e vídeos, sobre a minha caminhada oculta, levaram a minha câmera, e até o quê eu usava para me distrair do mundo, o meu playstation 2, que já não valia muita coisa na época, e acreditei ser o disfarce perfeito, para o quê realmente fizeram.

    Foi como se declarassem guerra a mim, e a minha sanidade, pois eu analisei os fatos, bati cabeça dando explicações para mim mesma, e a verdade é que até hoje não consigo ver como um mero assalto, pois o mesmo começou, segundo a perícia no momento do incêndio da rua debaixo, que havia começado por causas naturais, e não por intervenção humana.

    Isso não foi a única coisa, naquele ano e até o inicio do outro fiquei muitas vezes a beira da morte. Escapando de acidentes por muito pouco, ou sobrevivendo as tentativas de suicídio, mesmo sem querer continuar de pé, porquê não suportava mais o fardo de ser filha de Lúcifer e Lilith. – Ou achou que somente o não agraciado sofreria? 

    Não foi fácil, e depois que tudo o quê era meu foi levado, fiquei isolada do mundo, e saiu a notícia de quê as contas estavam sendo vigiadas pelos americanos, e como se isto não bastasse, a minha página com apenas 150 curtidas, tinha sido apagada da rede, como se o link estivesse quebrado. O quê convenhamos, é no mínimo suspeito.

    Mas Lúcifer havia me avisado, e eu não dei ouvidos.

    Já Lilith sempre foi mais sutil, aparecia em corpos bonitos, e transmitia mensagens de importância sentimental, que me impediriam de me meter em furadas - Entretanto eu não ouvia, e por isso me machucava sem necessidade.

    No meu primeiro contato com a mesma, esta me revelou que o meu namorado na época, não era digno, nem me pertencia, e que era um erro tomar posse do mesmo, pois este era infantil e malévolo, e não era o quê tinha escolhido para mim.

    Duvidei de imediato, pois a moça que me disse, parecia ter sentimentos pelo rapaz. Só que anos mais tarde, vim saber que as suas predições estavam corretas, e que o cara era realmente um traste.

    Não haviam sinais plausíveis, que nos ligassem de fato, somente aqueles que vinham da sua capacidade de me estudar, para saber o quê eu queria - como um sociopata adolescente - e que o fato de me juntar a ele, não trouxe nada mais que:  Desentendimento, culpa, tristeza, e desespero. Como se o mesmo tivesse sido colocado na minha frente, somente para atrasar a minha descoberta, sobre quem e o quê de fato era, pois tal informação certamente tinha grande valia, e lá na frente falarei sobre isto.

    Por estas e outras que digo, eles só vão se manifestar em casos de extrema importância, por isso não espere que apareçam apenas por quê é a tua vontade.

    É preciso entender que a linha da realidade e a ficção por vezes se cruzam, mas a ficção é apenas uma expressão exagerada da realidade. Se não compreender isso, certamente não vai suportar os desafios, e acabará por enlouquecer. – Foi o quê quase aconteceu comigo, depois de 6 anos no caminho.

    Por isso use os artifícios midiáticos apenas para controlar a ti mesmo, para atingir o teu objetivo, ou por diversão. Mas jamais faça uso dos mesmos, para o teu aprendizado. Eu sei deve ser a 3° ou a 4° vez que repito, mas é para que entre em suas cabeças.

    O preparo mental é o primeiro e mais importante nível, porquê é através deste que vai destravar todo o teu potencial oculto, e trazê-lo para a luz.

    Por isso é necessário cuidar da tua mente, como se fosse o teu corpo, absorvendo somente aquilo que é capaz de suportar, e que favoreça o teu entendimento, ou a realização do teu propósito.

    Dias antes de fazer o ritual, faça uma boa playlist de músicas, que te ajudem a se sentir mais forte e capaz, de filmes que te façam crer no mundo oculto, de games e quadrinhos que seguem o mesmo roteiro, e quebram o padrão do impossível, tornando-o possível.

    Pois assim é criada a atmosfera mística mental, e isto te ajuda a ficar pronto para realizar o teu ato místico.

    Feito isto, agora é hora de seguir para o segundo nível.

    A atmosfera mental já foi desenvolvida, você se sente pronto para fazer o seu primeiro ritual, e não há nada que te faça duvidar de suas capacidades.

    Então agora deve expressar isso de maneira física, desenhando símbolos em teu altar, utilizando as velas certas, o incenso necessário, e o ambiente favorável ao teu rito.

    Por isso precisará conhecer cada símbolo que for utilizar em teu ritual, do contrário pode acabar libertando uma coisa, que deveria ficar no outro mundo- Falo por experiência, passei 9 anos sob a influência de Carreau, por ter o libertado em um dos meus rituais, e só há pouco tempo me livrei do mesmo. Então tome muito cuidado, com os símbolos que vai utilizar, pois cada um tem significado específico, e não é o teu desejo de alterá-lo, que vai promover a mudança de uma egrégora que está presente neste planeta há anos.

    Feito isto, agora é colocar em prática o teu aprendizado, então vá adiante.

    Já estudou, já conheceu os símbolos, e leu tudo a respeito dos cultos dedicados ao deus que tu escolhestes, então porquê não se arriscar com um rito próprio? 

    Você já aprendeu a respeito do ser escolhido, sabe o quê pode, ou não fazer, o quê o honra ou desonra, então dê asas a tua imaginação, pois uma imaginação sem recursos é criatividade, mas quando a mente foi preenchida com conteúdo, a imaginação pode abrir as portas, para quê consiga ouvir a tua voz interna. Quer dizer que se você apenas fizer um ritual, seguindo a tua imaginação por nada, pode falhar e cometer erros graves, mas se souber moldá-la, pode servir de ponte entre você e o deus que te aceitou entre os seus.

    Os predispostos precisam está preparados, pois quando a sua voz interna surgir, vários fatos intrigantes vão acontecer, inclusive coisas de origem sobrenatural, que parecem obra de um poltergeist, mas provavelmente virão deles mesmos. 

    A forma de saber se vem de si mesmo, é medindo sua temperatura corporal, pois o excesso de energia, fará com quê a mesma suba bastante, independente do seu elemento, mesmo os que tem afinidade com o gelo, poderão sentir a sensação de calor intenso.

    Ou tentando mensurar o seu comportamento psicológico, pois se estiver sob o estado de muita adrenalina, também poderá acabar por influenciar o ambiente com a tua força oculta.

    Já os humanos não precisam se preocupar, também podem empregar a sua energia oculta num ato mágico, sem ter alcançado o poder divino. É claro que no caso dos mesmos, coisas sobrenaturais serão raras, e provavelmente se acontecer, dificilmente virão dos mesmos. Contudo isso não significa que não há nada que possam fazer.

    O poder dos homens está em sua mente, um pouco mais que no caso dos predispostos, e os humanos podem usar a sua força, para realizar sonhos típicos da espécie, como: Ganhar muito dinheiro, um bom emprego, atrair o amor de suas vidas, melhorar a aparência etc.

    Não será algo instantâneo pois são limitados, por serem a imagem de seu Deus Jeová, mas mesmo assim, com o método certo, e os 2 níveis mental e físico, eles certamente atingirão as suas metas.

    Pois há uma energia oculta poderosa, que está disponível para todos, inclusive os humanos, e é através desta que podem inclusive, abandonar a condição de homens, para se tornar algo mais próximo dos predispostos, ou ainda mais poderosos que alguns.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Capitulo 3- A Magia é vida, mas não é um ser vivo.

    A magia não é feminina, nem masculina, ela está acima de teorias tão mundanas.

    Atualmente vemos constantemente que a magia é algo especificamente feminino, que a mulher é detentora de uma enorme energia oculta, porquê somente a mesma é capaz de produzir a vida, e todo aquele blá, blá, blá feminista, do qual até mesmo Lilith já está por aqui.

    Ou pior ainda que o homem, por conta de seu intelecto voltado para o modelo mais racional da realidade, é naturalmente aquele que manifesta as forças de um verdadeiro deus, ou outras besteiras machistas que nos fazem entender, porquê o feminismo existe para se opor a tal pensamento.

    Nem o homem ou a mulher são os provedores de tal energia. Não separados pelo menos. Pois a mulher embora tenha o ambiente perfeito para gerar a vida, não pode fazê-lo sem a semente que existe dentro do homem.

    É totalmente desnecessário provar a sua superioridade através do seu sexo. Isto não é coisa de um bruxo real, mas sim de alguém que tem sérios problemas consigo, e precisa validar-se pelo quê tem no meio das pernas.

    No caso das mulheres, é como adotar uma postura semelhante ao machismo, que supostamente desprezam. No caso dos homens é apenas seguir sendo como os outros, quando, como ocultista , deveria ser melhor que os demais.

    Baphomet representa a união do feminino e masculino, e é uma das figuras mais poderosas do ocultismo, pois não expressa apenas a dualidade, mas a totalidade, que é o uno. A união  do céu e o inferno, do sagrado e o profano, e provavelmente é a imagem perfeita, de como a primeira causa seria, se a mesma se manifestasse em forma física, portanto aprenda a lição mostrada por esta imagem.

    A Magia não tem Religião.

    Muitos defendem abertamente que bruxaria cristã não existe, porquê a igreja perseguiu inúmeros bruxos na santa inquisição. – Até os 16 anos acreditava no mesmo, mas hoje tenho 24 anos, e sou obrigada a desiludi-los mais uma vez.

    O conceito amplamente defendido é que a magia pertence ao paganismo, e logo não pode ser praticada dentro das igrejas, ou por seus fiéis.

    Quem faz tal defesa, provavelmente se encontra no inicio da caminhada- Mas se já passou vários anos, e ainda acredita nisso, precisa urgente deixar de seguir a “massa mística” (O quê é irônico, pois nem deveria haver uma.) e conectar-se  com os deuses, pois apesar do quê imaginam, não estão nem os servindo, nem caminhando com os mesmos.

    Eles sentem como se a nossa cultura estivesse sendo saqueada dos templos sagrados, e entregues aos cristãos.

    E não estão errados, pois isto é o quê de fato aconteceu, antes da chegada de Cristo. – A bíblia sagrada cristã é um mosaico de textos ocultistas de outras culturas.

    Portanto o “roubo” já aconteceu há muito tempo, não é algo novo, e desta forma muitos fiéis já tiveram tempo suficiente para desenvolver os seus cultos. Existe até mesmo uma linha do cristianismo, voltada para os misticismos, então a bruxaria cristã não é algo novo, aceite isso.

    Além disto os grandes ocultistas conhecidos, estudaram as mesmas filosofias criadas por estes fiéis, antes de fundar as suas escolas de pensamentos. É o caso de Aleister Crowley - conhecido como “To Mega Therion”, a  “Besta 666”, “O homem mais cruel do mundo” - que ingressou na Ordem da Aurora Dourada, antes de criar seus Libers. Porém o quê poucos sabem, é que embora o mesmo tenha sido expulso da escola dominical, a Ordem que o recebeu, foi fundada através do ensinamentos distorcidos de Agrippa, que era um grande homem, e devoto do divino.

    Então não há necessidade de espancar e cuspir naqueles que descobriram tal possibilidade, pois pode até servir para contribuir em alguma coisa.

    Há tanta coisa que merece mais tal ódio, que realmente me dói a vista, ler tanto desgosto voltado para os que resolveram seguir um caminho diferente do nosso.

    Do momento em quê erguemos nossa espada para os homens apenas por conta da sua religião, estamos sendo tão sujos e hipócritas, quanto os inquisidores, que apenas apontavam o dedo para aqueles que discordavam da sua versão do mundo. – E eu sei que você não quer ser comparado com o teu rival, então não haja como tal.

    É importante frisar, que a magia supostamente foi trazida aos homens por aqueles que desceram dos céus, por isso a mesma não pertence a humanidade, e logo não deve ser julgada como se fosse.

    Lúcifer e os caídos ensinaram as mulheres, e lhes deram o poder, para realizar os próprios intentos. Mas de onde Lúcifer veio e onde a magia residia antes? Isso mesmo no plano celestial, ou a Deusa Desceu a Terra para ensinar os humanos a praticar a magia, e os guiar para o seu mundo. Quando não mais pôde ficar enviou a sua filha, para continuar o seu trabalho. Mas é sempre seguindo a premissa de quê a magia foi transportada de outro reino, que não é o quê vivemos.

    Então por favor, pare de usar esse contexto absurdo, de quê a magia pertence somente a um grupo, pois até nos textos antigos, pode ser comprovado, que “não é assim que a banda toca”. Hermes Trismegisto já dizia: O quê está acima, é o quê está abaixo. Entenda de uma vez por todas este conceito.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    A magia não tem política.

    Se você é de : direita, esquerda, liberal, fascista, socialista, ou qualquer outro partido conhecido, não importa.

    Novamente é algo mundano, que deve ser deixado em seu devido lugar.

    Não traga suas convicções partidárias para dentro da sociedade ocultista, pois não é bom misturar as coisas.

    Hitler e o Vrill estão aí para provar. 

    Ele obteve um grande sucesso ao realizar a sua missão, mas a sua mensagem real jamais foi ouvida, e pior ainda acabou por ser distorcida, com o decorrer dos anos. Sendo tratada como um massacre desnecessário, ou desumano, ou o grito de horror de inocentes, que nem eram tão inocentes assim. – A sua luta não era contra os judeus, e sim os sionistas, que supostamente queriam dominar o mundo, mas conseguiram fazer parecer que esta era a vontade de Adolf.

    Esta é a versão da verdade que conheço e acredito, pois a filosofia sionista e illuminati, em muito coincidem.

    Mas é algo em quê Eu acredito. Não significa que você é obrigado a crer no mesmo. Por isso saiba que há um espaço para a magia, e outro para a política, não é porquê um influencia o outro, que devemos misturá-los.

    O Tudo é o Todo, e o Todo é Um. Só que é preciso compreender suas metades, para poder entender como se complementam.

    A Magia não tem etnia.

    Não importa se tu és negro, branco, hispânico, índio, ou qualquer outra raça conhecida. Todos são humanos, ou ao menos meio-humanos, no caso dos predispostos. Assim sendo devem respeitar uns aos outros.

    Se o branco quer fazer parte da gira, deixe-o entrar. O mesmo vale para o negro que anseia entrar num sistema mais elitista como o luciferianismo ou o satanismo.

     

    Salvo apenas exceções para filosofias voltadas para o racismo como a Skull and Bones por exemplo. Porém creio que tais ideais são como feminismo e machismo, e precisam ser abolidos da face da Terra, pois só servem para validar a vontade, de gente tão pequena que se define por sua cor ou sexo.

    A magia não tem estilo.

    Vocês encontrarão gente de todo tipo no caminho. Mulheres com roupas provocantes, homens maquiados, moças de turbante, rapazes de dread, gente de preto, gente de branco, e isso não significa absolutamente nada.

    A roupa que a bruxa veste, não representa o seu poder, apenas expressa a sua mais forte emoção, aquilo que mais gosta, e tem alguma afinidade.

    Ou seja não é porquê uma bruxa veste preto, que ela trabalha para Satã, ou porquê uma bruxa usa vestes coloridas, que esta serve a deusa e o deus.

    A diversidade neste meio é muito grande, logo nem tudo o quê aparentemente é, de fato é. Quer dizer há casos de bruxos que se vestem como anjos, mas trabalham com energias bem densas, e o mesmo ocorre com aqueles que se vestem como demônios, mas praticam magias menos pesadas, pois é o quê podem suportar.

    Há bruxos que pouco estudam, mas conseguem obter grandes resultados. – Embora mais tarde acabem achando que o hospício é o lar doce lar.

    Há ocultistas que procuram estudar mais do quê necessário, e quê embora criem barreiras no seu desenvolvimento, se sentem mais confortáveis, em suas limitações.

    Então não adianta ditar que a magia é um estilo de vida, pois cada um é livre para encontrar o tipo de vida que o mais o agrada. – É claro que adotar a prática diariamente, certamente vai te ajudar a obter bons resultados, pois condiciona o cérebro a destruir o empecilho do impossível. Entretanto isso não é uma obrigação, nem uma regra. Você decide o quê se adequa a tua condição. - Até porquê há aqueles que compartilham seu lar com outras pessoas, que não apoiam as suas práticas, e por isso precisam de outros meios, de gerar uma boa atmosfera mágica, que não implique em desrespeito aos que lhe oferecem um teto, e seja viável para executar.

     

     

    A magia é uma energia.

    A magia é formada de átomos de energia positiva e negativa, e você é o nêutron que rege tais forças. 

    A magia não tem voz, ela apenas te ajuda a encontrar a sua. A magia não pode ser um corpo, mas te ajuda a moldar o teu. A magia não ouve, mas te faz ouvir. A magia não vê, mas te ilumina para enxergar. A magia não sente, mas te impulsiona a sentir. A magia não pensa, só que intervém em teus pensamentos.  

    A magia é uma força gigantesca, que se bem canalizada, pode criar ou destruir a vida, mudar ou colocar as coisas no lugar, alterar o fluxo ou mantê-lo, incendiar ou apagar o incêndio. É a mais perfeita expressão da linguagem divina, proveniente da Primeira Causa. É a matriz de onde tudo nasce, da qual pode beber de sua energia.

    A magia é vida, pois é movimento, e ausência do mesmo, é luz, é sombra, é claro e escuro, é impulso, é neutra, é causa e efeito, mas não é um ser vivo.

    Consequentemente não pode ser tratada como tal. A vista disto não lhe atribua as características de um humano, fazendo-a ter: sexo, política, etnia, ou estilo, pois esta é muito maior que tais convicções.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Capitulo 4- O Mundo sem o véu.

    Já trabalhamos em cima da atmosfera mística , e a importância do aspecto mental, para criar tais condições, e portanto aplicar a energia mágicka. Mas como é que o mundo se torna, após quebrar a barreira do impossível? 

    Primeiramente o mundo de concreto, continuará o mesmo, são seus olhos e o olhar que se tornarão diferentes. 

    Provavelmente deve ver diariamente a batalha entre os céticos e os ocultistas. “Só confie na ciência pois há como comprová-la e a magia é apenas crendice.” Dizem os apaixonados pela ciência. “Abra seus olhos, há um mundo mágico por trás deste, e somente a fé nele é o suficiente para manifestá-lo. A ciência é uma tolice, um insulto as forças divinas.” Dizem os aficionados a magia.

    Você pode de imediato concordar com a segunda visão, mas ambas estão erradas. – Embora a parte do conceito metafísico (o mundo por trás do mundo) seja correta.

    Quando se encontra de fato com o oculto, você percebe que magia e ciência, servem para dar as mãos e não se destruírem, como se fossem inimigos velados.

    Essa rivalidade trivial, não é digna de um ocultista, pois o mesmo tem consciência, de quê muito do quê temos hoje antes era visto como místico.

    Imagine-se em 1500 com um celular em suas mãos, certamente as pessoas do tempo, ficariam maravilhadas, e depois iriam temê-lo, ao ponto de queimá-lo vivo, sob a declaração de prática de bruxaria. – Mas nos tempos em que vive, sabe que se trata de ciência, e isto o faz rir.

    Essa perspectiva a princípio pode deixá-lo desnorteado, só que é um fato. Eles nem parariam para estudar a respeito, pois naquela época a Terra era movida pelo medo.

    Muitos cientistas foram tidos como hereges no seu tempo, e jogados no fogo purificador dos santos, então tentar separar o inseparável é bobagem. – Todavia é significativo que saiba que não basta compreender as metades, é necessário entendê-las a fundo.

    A ciência é um meio de comprovar se um fato é real ou falso. Embora seus métodos, pareçam servir somente para desbancar a existência de seres maiores que a humanidade. Eles também podem ser usados, para por exemplo separar, quem realmente viveu uma experiência sobrenatural, e os que apenas precisam de tratamento psiquiátrico. – Lembrando que alguns eventos de natureza mística, podem ser tão devastadores, que causam este efeito de estresse pós-traumático.

    Logo se a ciência serve para medir o evento, o esoterismo é o evento– Uma manifestação nua e crua da natureza, que para muitos foi esquecida, e que tem mistérios a serem desvelados.

    Desta forma o primeiro ponto é esse: A inexistência de um padrão dualista, e percepção de que o universo é realmente um, cujas as metades unidas, o fazem completo.

    Além disso, quando você se conecta de fato com o cosmos, ele também se junta a ti, e assim desenvolve o quê é conhecido como inteligência divina. – Não que vá conseguir resolver cálculos matemáticos complicados em segundos, como no filme Transformers, mas certamente libertará uma sabedoria, bem diferente da dos demais, e que vai te ajudar a se compreender melhor.

    No caso daqueles que tem a predisposição, poderão descobrir mais sobre a linhagem, através das memórias dos deuses, que vão lhes transmitir informações sobre a sua missão, e o nível dela. – Se será fácil ou cheia de obstáculos.

    Já os humanos, terão como resolver as suas grandes questões, a respeito de quem são, e de onde vieram de fato, podendo inclusive conhecer o criador da sua espécie, e lhe pedir a dádiva divina. – Mesmo que tenha um preço alto a se pagar.

     

     

     

     

     

     

     

    E este é o segundo ponto: Saberá sem ter visto nada antes. – Mentalize a seguinte situação: Você é um estudante de médio conhecimento sobre a Deusa Afrodite. Tudo o quê sabe é que é a Deusa do Amor, e que seu par é Hefestos, o ferreiro do Olímpo, e outras pequenas coisas. Do nada seu corpo se desliga, e você tem a visão de Afrodite na cama de Ares, o Deus da Guerra dos Gregos, e Hefestos quer provar a sua traição. Você retorna, acha aquilo estranho, e decide pesquisar sobre isso, então lá está o quadro que retrata a sua visão. É o quê vai acontecer, quando libertar este tipo específico de aprendizado.

    Novos mundos irão se apresentar a ti, mas eles não serão físicos. Sempre que meditar, terá visões do teu verdadeiro lar, que não é este planeta, e ao fazer a viagem astral irá sentir, como  são as outras civilizações.

    Há chances de prestigiar o mundo, em que o Deus que te acolheu habita, e assim receber dele algumas direções, para te ajudar a cumprir o teu propósito.

    É quando começará a entender a teoria de Giordano Bruno, sobre os milhares de planetas, que existem além da Terra, e a diversidade presente nos mesmos.

    Deixará de crer em filosofias como criacionismo ou evolucionismo, e aceitará o design inteligente, que lhe parecerá a resposta mais plausível, para a origem das espécies existentes.

    Verá que a panspermia cósmica, é uma ideia incompleta, pois a vida não se forma do nada, é preciso de uma causa que a gere, e esta é ninguém menos que o próprio Uno, que você conhece como Universo.

    Ao entrar no plano invísivel , começará a duvidar se está vivo, ou preso em um sonho, do qual acorda todas as noites, e retorna para casa. – É lindo, porém se você criar afinidade com apenas o outro lado, esquecerá que não habita nele, e isto te trará consequências terríveis, como buscar o abraço gélido da morte por exemplo, e ao fazê-lo, se levará a dimensões sombrias, que deram origem ao termo adotado como Inferno, o quê atrasará ainda mais a sua volta.

     

    É preciso que se lembre sempre, de quê embora a sua casa seja a anos luz daqui, há pessoas que precisam de você, e tu tens uma missão a cumprir, antes de retornar para aquele lugar que te faz tão bem. – Quando fizer a projeção, tenha ciência de quê está fazendo uma visita, e não se mudando pra lá.

    Alguns rapidamente encontram o caminho de volta para as estrelas, outros demoraram, pois não estão prontos para aceitar, que aquele canto maravilhoso, o aguarda, mas ainda não é o momento certo. – Ou pior, devido as espécies superiores e inferiores, que vem se aniquilando há milênios, não há pra onde ir, e só pode aprender com o quê restou, da sua civilização materna.

    Outra coisa, é importante também ter conhecimento de quê, tudo o quê tem no outro mundo, não pode trazer para o físico. O máximo que conseguirá, é uma versão fantasma da coisa em questão.

    Portanto se atravessar o mundo dos dragões para este, montando em um deles, o mesmo não vai se materializar em teu quarto, como se fosse um animal comum, e somente os que desenvolveram A Visão, poderão enxergá-lo, (ou nem isto, pois há os que escolhem com quem interagir).

    Há muitas críticas no meio sobre o quê os bruxos já viram ou experimentaram.  Qualquer magista que tenha  visto duendes ou dragões, e se juntado a estes numa experiência mística, é friamente julgado. Então mesmo que adentre no outro lado, é preciso que não fale isto para quem não presenciou o mesmo, pois dificilmente vão compreender. – Salvo exceções aos que se dizem ocultistas, mas precisam de substâncias alucinógenas para adentrar no outro mundo. Estes realmente possuem pouca credibilidade sobre o quê presenciaram, pois as drogas não te ajudam a conhecer a outra dimensão, no máximo consegue refletir o teu interior. Isto não significa que me oponho ao seu uso, pois cada cabeça tem uma sentença, e sabe o quê é melhor para si. No entanto quando se trata de experiências extra-sensoriais, o uso de tais artifícios pode lhe ofuscar A Visão.

     

     

     

     

     

    Não estou falando da visão física, mas sim do terceiro olho, o olho que tudo vê, o olho que não enxerga somente o concreto, mas os átomos que o compõem, e vibram na mais baixa frequência, para torná-lo pesado.– É o olho que desmembra a realidade, para que conheçamos cada um dos seus mais profundos mistérios, e certamente você não querer perder essa capacidade. Pois uma vez que encontra o plano místico, os seres do plano místico te encontram também, e nem sempre isso é algo positivo, pois a maioria detesta os seres esquecidos na Terra, e anseia destrui-los, para que não retornem ao mundo deles, com medo de serem “infectados” por ideias humanas.

    E aqui é que a situação piora, pois os seres que odeiam os meios- terrestres, e terrestres em sua totalidade, fazem de tudo para que  os bruxos, não consigam atravessar a ponte do astral, para o Etérico – O plano acima do astral, (que também pode ser reconhecido como o Consciente Coletivo de Jung) terão as respostas necessárias, para evoluírem suas consciências, sobre quem são.

    Eu sei parece o roteiro de algum RPG, e se quer saber a realidade, o mundo invisível não é tão diferente do mesmo. Então se anseia entender a respeito, sugiro que comece a jogar, e estude todo o sistema, para quê saiba de suas limitações.

    Aliás creio que quando disseram que Deus jogava com dados, se referiam a isto, pois tudo depende das circunstâncias. Deus lhe oferece alternativas, e você no início, quer seguir adiante, e derrotar o monstro com um golpe de misericórdia. Contudo Ele no poder de mestre do jogo, prefere que lute contra o monstro, da forma mais humilhante que há, e perca teus braços e pernas. Ambos atiram seus dados no tabuleiro. O resultado dele é 7 o seu é 2, sua vontade é alterada para que a dele seja atendida, e você nobre peregrino, acaba por perder teus membros na batalha contra o gigante.

    Pois não importa o quanto digam que A Tua Vontade é A Lei, seus artigos podem ser alterados pela diretoria, que foi gerada pela Lei Imutável dos Antigos. 

     

    A sua vontade, não é o suficiente para alterar algo monumental, principalmente quando se trata do seu encontro com o Mestre do plano Superior. Pois naquele lado há uma egrégora poderosa, que foi alimentada por milhões, e a diferença do milhão para um é muito grande.

    Você certamente deve está pensando, se é assim que graça tem em praticar magia? A mesma de jogar. Pois quando você segue dentro dos padrões sociais, apenas está sendo parte do cenário, e não tem controle das próprias ações.

     Mas quando modifica o rumo, ao menos tem a chance de escolher, ou seja está pegando os seus dados, e se preparando para alcançar a glória do verdadeiro livre- arbítrio.

    Porém assim como para jogar um RPG, você precisa muito do quê o dado, na magia não é diferente. É necessário escolher um personagem, ou no caso do ocultismo, uma vertente, como a magia draconiana por exemplo.

    Feito isto, não basta apenas manter o personagem, é preciso fortalecê-lo, para encarar o mundo que o aguarda. No RPG com armaduras, joias, e outros apetrechos. Na magia com sigilos, círculos, linguagens desconhecidas, etc.- E mesmo que seu personagem esteja no nível máximo, sempre haverão aprimoramentos, para torná-lo cada vez mais capaz de alcançar os objetivos, que lhe são apresentados na jornada.

    Portanto antes de adentrar de vez no mundo translúcido, ou tentar remover o véu do mundano, se prepare devidamente, pois nem sempre o mestre vai com a cara do seu personagem, e no seu caso essa potência é ninguém menos que o próprio Deus. - Não o Deus dos Ocultistas, que é a força ilimitada e geradora. Mas sim o quê foi criado por uma egrégora de humanos ambiciosos, e mal intencionados, que conheceram um ser, que achou que poderia tomar a coroa cósmica de quem o gerou, e o fortaleceram o suficiente para ser aquele que hoje comanda muitos mundos. É, eu sei parece a história de Lúcifer, mas este é um clássico caso, em quê o vilão se denuncia pela sua versão deturpada dos fatos, e quem tem o bom senso consegue perceber as entrelinhas. – Leia o Antigo Testamento, como um livro comum, e verá que o Deus do Amor, é na verdade uma expressão do mais puro Ódio. 

     

     

     

    Além destas alegorias, há muitas outras, então fique atento, e aprenda a jogar, ou siga como a massa permitindo que o mestre controle o seu destino, sem jamais se opor a tudo o quê te acontece, e ficando grato pelo pão e o vinho na mesa, assim como pela morte dolorosa de toda a sua população, porquê este quis assim.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Capítulo 5 - O fanatismo, o grande veneno mágicko.

    No capítulo 4, abordei sobre o outro mundo, mas primeiro expliquei sobre o maior dos empecilhos para chegar lá, pois é importante que esteja ciente, de quê nem tudo são flores.

    Posso ter passado a impressão de quê estou em cima do muro, sobre Deus e o Diabo. Mas o fato é que, quando se conhece ambos os lados, fica claro que a ideia do preto e branco, não serve para nada.

    É claro Jeová é cruel, é o Deus dos homens, dos pecadores. Contudo é um verdadeiro Ares da religião judaico-cristã, não há quem duvide da eficácia de suas estratégias, e isto é admirável. – Apenas discordo de algumas metodologias dele.

    O mesmo ocorre com Lúcifer, ele é meu pai, e certamente me orgulho disto. Porém não concordo em evitar a massa. Apesar de não pertencer a ela, seus tipos de entretenimentos são bem agradáveis.

    Então é aqui que se percebe, a razão para não apoiar fanatismos. Se fosse obcecada por Lúcifer, concordaria com tudo o quê dissesse, mesmo que fosse contra aquilo que gosto, somente para ser o quê ele supostamente espera de mim.

    Isso é errado. Além da grande falta de amor próprio, há também o risco de ser manipulado por entidades maléficas, que não caminham nem com a luz, nem com as trevas, apenas servem a si mesmos. – O quê não é errado, mas do momento que atrapalha a vida do outro, se torna prejudicial.

    São seres que passaram grande parte da sua vida, sob a sombra dos senhores, e que jamais conseguiram ascender como eles, e por isso na primeira oportunidade, os apunhalaram pelas costas, e assim foram jogados num mundo caótico, de onde vez ou outra saem para atormentar, sob a forma de fantasmas, que sussurram coisas em nossos ouvidos. – É como se fossem os empregados que se dedicaram a empresa, sem terem recebido uma proposta de aumento, e mesmo assim esperaram subir de cargo, e quando nada aconteceu, começaram a destruir o prédio para que ninguém mais trabalhasse. 

    Uns os chamam de demônios, mas isto é um insulto aos seres do mundo inferior. Então prefiro seguir com o conceito da umbanda, de espíritos obsessores, e embora grande parte diga que se tratam apenas de seres humanos, poucos sabem que não são apenas os homens, que tem problemas para evoluir.

    São criaturas que em vez de terem visto alguma oportunidade, abraçaram as limitações como desculpa, para concentrar a sua ira em algum foco.

    E porquê estou falando nelas? É bem simples na verdade. Porquê tais seres encarnados ou desencarnados, costumam se aproveitar da fé alheia, para que cumpram seus objetivos atrozes, de destruir a base das filosofias, que supostamente os abandonaram.

    Portanto quando você se entrega demais a fé, não consegue perceber as armadilhas dos mesmos.

    Imagine duas situações: Primeiro há um padre de uma cidade pequena, cheia de gente analfabeta, mas com muita fé em compensação.

    Eles acreditam que apenas a palavra de Deus, proferida por seu padre, é a verdade imutável da vida.

    Contudo tal líder, pouco se importa com as palavras divinas, apenas as estudou, para ter poder sobre as pessoas, e assim usá-las como bem entender.

    Ele tira das mesmas: o seu dinheiro, os seus filhos, a sua liberdade, e os faz segui-lo cegamente, em rumo a completa perdição, pois sabe que está condenado, e quer levar quem puder junto.

    Como se não bastasse, para garantir-se, diz que é a vontade de Deus, toda vez que o questionam, e pior ainda, faz com que seus seguidores, repudiem qualquer figura pública, que pode desmistificar a sua falácia. – E se a tática funciona, mostra as suas garras, é quando por exemplo reúne os mais devotos, e os influencia a matar alguém, alegando que a pessoa está sob possessão demoníaca. (Não que discorde da existência da mesma, mas creio que eu, que o quê parece palhaçada para quem entende, é assustador para o ignorante, e o medo, sempre gera caos, se mal empregado) 

    No segundo caso, a mentira é um pouco mais articulada. O sacerdote diz que você é livre, que não precisa mais seguir nenhuma regra do “Nazareno”, que a vida começa agora, e os pecados não passam de uma bobagem.

    No início nenhum centavo é tirado, eles apenas promovem festas de orgia. – O quê não é ruim se for solteiro, mas o verdadeiro preço, que vem depois sim.

    Você se envolve nas palavras do sacerdote: Não há Céu, Não há Inferno, somente o aqui e agora, então façam valer a pena do jeito que o diabo gosta!

    Assim como o padre, tal sacerdote não está interessado no crescimento do seu grupo, somente quer arrastá-los para o fundo do poço, para que precisem dele, e é aqui que o golpe se torna mais evidente.

    Pois toda vez que a pessoa quer sair da tristeza por sua vida vazia, surge um novo motivo para deixá-la em tal estado. – É, o sacerdote, não carrega tal acunha, sem ser praticante de magia.

    Após fazer com que a vítima de seu magnetismo ( e alguns espíritos), comece a enlouquecer, vem as ofertas absurdas. “Mate um bebê para Satã, e ele te libertará destas correntes.” Diz o mesmo. Mas convenientemente, esquece de contar que a criança escolhida, é filha da ex com o atual - que percebeu o bosta que ele era, e o deixou.

    Eu sei parece inacreditável, mas a situação somente se agrava, pois no fim das contas, o padre e o sacerdote, se encontram longe dos olhos de todos, e assumem que suas jogadas, estão sendo bastante eficazes. Pois se os cristãos ficarem longe da magia, que os levam a questionar, e os satanistas evitarem o sentido de certo e errado, nunca conseguem atingir o estado da iluminação, para descobrirem a quem de fato servem, e que não é nem ao Diabo, nem a Deus.

    Estas criaturas são ainda mais inescrupulosas que Jeová, pois enquanto o mesmo ainda recompensa os seus, estes seres apenas fazem os demais afundarem, e nunca reconhecem os seus esforços, porquê como disse antes, sentem-se injustiçados, e que todos merecem a sorte que tiveram, por serem tão tolos ao acreditarem neles.

    Então não deixe que a sua fé te domine, mesmo que seja parte do plano superior. – Ela pode abrir portas, mas se não souber onde pisa, acabará indo para uma selva, e mergulhará em areia movediça.

    Somente a fé, nos faz ficar cegos. Da mesma forma como seguir somente a ciência, nos faz deixar de perceber, o tamanho da plenitude do universo, e que nem tudo se resume ao que é “concreto”. – A verdade mística não pode ser medida por filosofias dualistas da humanidade, pois esta se perdeu há muito tempo.

    Então como nos impedir de chegar a esse ponto? 

    Não há um método certo, e que tenha 100% de eficácia. Mas após várias pesquisas de campo, com base em observação, percebi algumas formas, que listarei a seguir:

     Evite defender a sua fé com paixão. – Não estou dizendo que não deve amar o quê faz, mas sim que precisa saber a diferença, entre o amor e a paixão. Amor é uma chama pequena, que serve para nos aquecer numa caverna. Paixão é um incêndio, que se alastra, destruindo toda a floresta, e se não ficou claro Paixão é um caso de amor intenso, impulsivo, e descontrolado. Amor é quando duas pessoas completas, compartilham uma vida juntas, sem desistir de quem são, pois escolheram andar com o par, e não dominá-lo.

     Estude tanto o seu opositor, quanto aqueles a que apoia. – Não estou dizendo que precisa se tornar um cdf de magia. Todavia é preciso sim ter conhecimento do quê faz. Então antes de julgar o inimigo, tente descobrir sobre as suas motivações para agir de tal forma. Concordar ou não, está fora do caso, mas é importante ver até onde o boato relatado é real.

     Haja como cético. – Apesar da correlação com o item anterior, é importante nos focarmos no fato, pois ser cético, é duvidar bastante da história, antes de aceitá-la como verdade, e é esta postura que deve tomar, sempre que uma coisa, que desconhece, surge na tua porta.

     Procure informações imparciais – Se o bruxo diz que a sua deusa é santa, e a religião a condena como “demônio”, é bom evitar ouvir ambos, e buscar por uma voz, que trabalha todos os aspectos da deusa, desde os puros, aos mais pecaminosos.

     Não fale sobre sua filosofia com eles. – Um fanático não tem nada para acrescentar na sua busca por conhecimento, a não ser, que queira estudar sobre transtornos de personalidade, ligados a estresse pós- traumático. Mais terrível ainda, pode te levar pro fundo do poço junto com ele, pois te faz crer no mesmo mundo maravilhoso, em que os seus superiores o colocaram. Então se tem um(a) amigo(a) que sofre disto, fale sobre qualquer assunto, menos deste.

     Rejeite as palavras do fanático – Não precisa humilhar a pessoa, por conta do seu fascínio. Afinal o fanático em si, é apenas uma pessoa apaixonada, sendo controlada por terceiros. Então sempre que notar os traços de fanatismo, lembre-se de que ela é apenas o papagaio repetindo o quê ouviu, e não sabe o quê fala.

     Conheça os traços de fanatismo. – Um ser tomado por esta paixão doentia, manifesta alguns sintomas como: 

    Palavras vazias. – O(a) sujeito (a) fala como se entendesse do assunto, mas ao ser confrontado, e obrigado a defender os interesses, com ideias próprias, fica mudo, ou tenta alterar o rumo da conversa. Fingem sensatez e calmaria. – Frases como “O mundo é injusto, por causa de...” são bem comuns no seu vocabulário, pois estes conhecem o Uno, mas são incapazes de entendê-lo.

    III. São agressivos. – Se mudar o rumo da conversa, não funcionar, eles começam a se irritar bastante, e por isso se tornam violentos.

    Não suportam a verdade. – Diga-lhes que Satã é bom, ou que Deus é engenhoso, e verás o fanático demonstrar, a escuridão mais profunda daquilo a que serve. São iludidos. – Não conseguem extrair a verdade de um material fabricado para entretenimento, e pior ainda, tomam para si o todo como verdade absoluta. (Depois saem matando hereges ou sacrificando virgens porquê o programa ensinou.) Veem sinais onde não há nada. – Que há sinais no universo, todos nós sabemos, porém achar que tudo é sinal de alguma coisa, sem antes avaliar os aspectos psicológicos, entorno de tal possibilidade, é sim um erro. Se você sonha com um homem te perseguindo, após ter assistido um filme de terror, ou vários, isto certamente comprova que no fundo, não suportou tão bem quanto pensava. Agora se você sonha com anjos te ajudando, quando a sua vida, é totalmente voltada pro satanismo, é bom avaliar o quê significa.

    VII. Carregam olhos vazios, e parecem está sob efeito de drogas pesadas. – Eles podem tentar forçar o riso, para demonstrar que estão 100% satisfeitos, mas se olhar bem, verá sinais físicos, que denunciam a sua infelicidade como: Olhos de quem foi vítima de hipnose, sorriso que não condiz com os mesmos, magreza ou gordura extrema, tremedeira, e fala lenta, cheia de pausas excessivamente longas, (mesmo que não condiga, com a sua regionalidade) ou discurso caloroso e agitado demais.

    VIII. São ativistas do templo. – Que há fiéis enjoados dentro das igrejas voltadas para o culto cristão, já estamos cansados de saber. Mas sim, também há fanáticos no templo pagão. São bruxos e bruxas, que vivem querendo impor a sua crença, mesmo que isto não seja bom para a própria imagem.

    Não tem noção do quê fazem – São como crianças de 3 anos, que repetem os gestos dos líderes. Nunca questionam os seus superiores. – Nem conseguem, pois a lavagem cerebral intensa, os tornou submissos.  Te amam, somente enquanto concorda com eles. – Discorde de uma ideia sobre a sua conduta, e eles te queimam vivo (literalmente ás vezes).

     

     

    Em algum momento da vida, podemos apresentar, alguns destes sinais, já que independente do caminho que seguimos, nós o amamos, não importa o quão complexo seja. Mas é bom lutar contra tais atitudes, pois elas só servem para nos envergonhar, e também nos distanciam dos deuses, e consequentemente do quê é real e falso.

     

     

     

     

     

     

    Capítulo 6 – A verdade liberta, mas é dolorosa

    É, nobre forasteiro, se a vida tem sido fácil, e as verdades que descobriu até o momento, não lhe trouxeram nenhum problema, ou representaram tudo aquilo que sempre quis, sem algum esforço, e nem sangue ou suor foi derramado. – Significa que a parte boa está acabando, e é melhor está preparado, ou você é vítima da sua própria mente.

    No segundo caso, é algo muito comum atualmente. É o quê chamo de iluminação de holofote. Trate-se de uma pessoa, que sai dizendo que é superior aos demais, ou força transparecer que já atingiu o nível máximo da evolução cósmica. – Mas antes dos beijos de luz, deixa subentendido que te quer “queimando no inferno”.

    A verdade nunca é aquilo que serve para compensar uma perda, mas sim confrontar a existência do ser, por ter sido pré-estabelecida há muito tempo, e isso nos leva a um tópico interessante: Os bonecos que pensam ser filhos dos deuses.

    Hoje em dia tem muitos filhos de Lúcifer e Lilith por aí. Se for contar nos grupos de magia do Brasil, há mais ou menos “mil” deles. – Razão pela qual, prefiro me manter em silêncio a respeito disto, pois me sinto envergonhada.

    Assim como há também as crianças Percy Jackson – Jovens entre 11 e 18 anos, que se encantaram pelos programas, que são focados na visão etérica (e distorcida) do mundo, e saíram mundo a fora, batendo no peito, e dizendo eu sou um (a) semideus!

    Em ambos os casos é algo bastante incômodo, pois se for falar com tais seres, muitos são vítimas do fanatismo midiático, e não só não possuem habilidades, como também mentem, para dar a impressão de quê são “especiais.”

    Chego a sentir dó dessas crianças, pois o tempo que gastam tentando provar o quê não são, poderiam usar para adquirir conhecimentos, que os levassem a encontrar os deuses, e dependendo do contexto, serem abençoados por eles, ao ponto de desenvolverem algum dote.

    Não seriam semideuses, mas e daí? Quantas lendas maravilhosas serão necessárias, para que entendam, que nascer humano, não significa morrer como tal?

     Olhem o exemplo do conde Vlad III, o turco, que empalava os seus inimigos vivos, e deu origem ao vampiro mais famoso das décadas. Ele iniciou como humano, mas hoje, para muitos, é visto como um Deus Noturno.

    Então novamente o quê você é no momento não importa, o quê pode vim a se tornar, após a caminhada sim, portanto pare de perder tempo, forçando ser o quê não é, e abrace quem é de fato.

    A verdade, não é aquilo que deseja, e sim o quê necessita.

    Você pode morrer gritando aos 4 ventos, que é filho (a)  de um deus (a) mas se não for, sempre haverão ausências de sinais legítimos, e a magia não vai se manifestar, mesmo que a sua fé seja grande, pois haverá um forte bloqueio em teu caminho.

     Porém quando realmente é algo, até as coincidências, serão ligadas ao deus com o qual sente a conexão.

     É o meu caso. Quando me foi revelado que era filha de Lúcifer, me opus a isso, com toda fibra do meu ser. – Tinha acabado de ler Lex Satanicus, e via Lúcifer e Satã como seres distintos. Sendo Lúcifer, o belo e inteligente, que tem repulsa ao mundano, e Satã um charmoso nerd, que se divertia em qualquer lugar.

    Jamais pensei em Lúcifer, como sequer meu semelhante, pois apesar de ter problemas para me socializar, não desprezava a sociedade, como ele, e isso foi um grande baque para mim.

    Como se não bastasse, além de ser filha do ser mais inteligente e cheio de conquistas, também me foi revelado que eu era um anjo, e foi a gota d’água, porquê detestava celestiais, e todo o plano superior na época. – Tinha 17 anos, e os hormônios agiam com grande potência em meu organismo.

    Não foi da noite  para o dia, que consegui aceitar. Receber a notícia de que era filha de Lilith foi fácil, pois já tinha notado traços de personalidade, bem semelhantes aos da deusa antiga, que ao contrário do quê a maioria pensa, não nasceu de um mito Judeu, mas sim Sumério, sob o nome de Kiskill-Lila, a filha legítima da deusa Terra, ou Antu, também conhecida como Tiamat, pelos Babilônicos. – Então sei que Lilith não é a deusa suprema, e também que não foi criada para o Adão.

    Lilith era uma deusa lasciva, hipersexualizada, que seduzia os homens, para torturá-los. Tinha ódio da humanidade, por ter sido substituída, por uma mulher inferior. Gerava abortos, para não mandar suas crianças sagradas, para este buraco conhecido como planeta Terra.

    Eu a admirava, me sentia como ela, sentia seu poder em minhas veias, e gostava muito da sensação. Mas como disse antes a verdade não é algo que tapa buracos, por isso tinham aspectos negativos, sobre ter o seu sangue.

    Meu impulso agressivo era muito forte, meu desejo sexual também, ás vezes manipulava as pessoas para o benefício próprio e nem percebia, e pior fui inclinada a uma vida pecaminosa de traição, que por muito esforço, não foi física. – Com exceção ao homem com o qual sou casada, mas ele era meu amante, e não o traído.

    Além disto, como carrego duas naturezas divinas em meu DNA cósmico, tenho peso de consciência sempre que pratico atos de maldade, com aqueles que não deveriam receber a escuridão de mim. – Mas os que a merecem, ou esqueço, ou me vanglorio da vitória.

    Saber destas e outras coisas, foi um enorme desafio, principalmente porquê não entrei no caminho, achando que era um ser celestial ou demoníaco. Apenas o fiz para entender, porquê minha família toda, possuía um passado de histórias fantásticas ou sombrias, e coisas estranhas aconteciam comigo desde criança.

    Quando bebê, meu andajá  se ligava sozinho de madrugada, e isto causou tamanho pavor nos meus pais, que estes queimaram o objeto. Já um pouco mais velha, quando me irritava as coisas caíam sem tocar, se sentia muito ódio, os eletrônicos pegavam fogo perto de quem me magoou, ouvia passos há metros de distância, encontrava objetos perdidos através de sonhos, e literalmente deslocava  meu espírito de um mundo para o outro. – Na infância entrava numa espécie de transe, que me levava para uma dimensão, onde os belos eram maus, e os seres horrendos me protegiam, mas não sabia o porquê. Assim como costumava dizer que o bicho papão era meu amigo, muito antes de lançarem filmes sobre o tema ( quando o entretenimento era voltado para bom é bonito, e mal é feio.) Tal capacidade assustava a minha avó materna, que me pegava falando “sozinha”, e acusava que eu conversava com demônios.

     Como se isso não fosse o suficiente, quando estava na quarta série, e estudava numa escola de esquina para o cemitério, chamada Guanabara, cheguei a me deparar com o mundo sobrenatural, e creio eu que a própria morte, pois era um ser de mortalha negra, que apareceu em meio a penumbra, iluminada por pequenos raios de sol, depois de ter me encontrado com torneiras, que se abriram sem o auxílio de mãos alheias. Não fiquei lá para conversar, tinha 10 anos na época, por isso sai correndo, e ao entrar em contato com meus colegas, tentei não parecer que tinha medo, ou visto algo. Dentre outras histórias, que vieram depois, mas que se eu citasse seria difícil de crer, então vou parar por aqui.

    Quando me abri para o satanismo, não tinha a intenção de ser uma das filhas de Satã, ansiava apenas por ser uma soldada, que guiaria as pessoas para os seus devidos caminhos.

    Por isso ao ser confrontada com visões, e gente muito mais surtada do quê eu mesma, acabei por duvidar de tudo. – “Ah tah eu sou filha de Lúcifer e Lilith, e a herdeira do Inferno, Aham, acredito” ou “Este é o cúmulo da infâmia”. “Tanta gente lá fora, querendo isso, e eu aqui apenas seguindo a minha jornada sem acreditar que sou eu.” “Por quê Lúcifer e não Satã?” – Relembrando que na época via-os como gêmeos negros, não uma totalidade de opostos complementares.

    Não foi algo simples, e pra piorar fiz uma cota de inimigos, que achavam que eu não era digna. – E não ligava muito, pois também concordava com isso, só brigava quando se tratava de mim, não da minha suposta “herança”.

     

     

     

     

    Até hoje sigo duvidando, mesmo que bem lá no fundo, saiba que é verdade, e que aceitar isso é o melhor caminho. Só que sou muito cética, para abraçar tal fé sem provas mais consistentes, e outra eu nunca quis sentar no lugar de Lúcifer, só de está na sua presença, com meus dragões, e meus aliados, já me sentiria feliz. –Apesar das reservas, que tenho, por ele ter interferido para que soubesse, como era ser a ovelha negra da família, e iniciar uma conquista, com apenas as asas e a essência. Todavia há sinais de quê sou da sua linhagem, e vou citá-los, para quê fique claro, quando alguém é um filho, e quando não é. São eles: 

     Nascimento que parece milagroso, mas é maldito: Quando minha mãe engravidou, ela teve rubéola, e o caso foi tão grave, que o médico mandou-lhe me abortar, mas ela se opôs a isto, e fez promessa a uma santa, para garantir minha segurança, e vim saudável. — A igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, quase pegou fogo em 2013, quando houve um incêndio de grandes proporções em Macapá- AP, que foi inclusive noticiado no jornal nacional, mas a causa por muito tempo, foi um mistério insolúvel.

     O meu número da sorte ligado a data do meu aniversário: 15/02/1995 foi quando nasci, e 15 é o meu número da sorte desde criança. – Afinal ganhava festas e presentes. O mesmo dígito é considerado o número do Diabo no Tarot. Além disto se somar todos os algarismos de maneira cabalística, resultará em 5, que lembra o pentagrama, um símbolo bastante comum na magia, e o 1,5 é uma das partes presentes da Deusa Babalom, de Aleister Crowley, representada em sua totalidade por 156.

     Os fenômenos de 15/02: O dia é marcado por grandes eventos históricos, ligados a Nova Era, e ao mesmo a antiga. É no dia 15 por exemplo, que comemora-se a Lupercália, o “dia dos namorados pagão”, em que se celebra Lupercos – que é tido como uma das faces de Lúcifer na Itália – e o dia da fundação de Roma. Foi também no dia 15, que logo após o Papa renunciar, um meteorito caiu na Rússia, e muitos acharam que era um sinal apocalíptico. Desde então no mesmo dia: O exército de fanáticos, chamados de gladiadores do altar se levantou – Estes são responsáveis pela destruição ilegal de terreiros.  Até o material midiático foi direcionado para o caos do fim do mundo. Procure pela série mais assistida por quase um mês: The Umbrella Academy que foi baseada na HQ da Dark Horse, e Doom Patrol, um dos poucos sucessos da DC comics. – Que a propósito, fazem parte do meu gênero favorito de programação, e soou como um presente. Mas você já deve saber, afinal o oculto influencia a mídia... e o resto já deve ter gravado não é?

     Sinais físicos: “Os olhos são a janela da alma”, já dizia o ditado popular. – Embora tenha nascido sem uma alma, meu espírito segue me precedendo. Portanto vez ou outra, os olhos se alteram de maneira expressiva, (quase inumana em alguns casos).

     A minha descendência física: É evidente que carrego uma grande herança Africana, mas o quê poucos percebem, é que a minha forte ligação é com a Itália, inclusive meu sobrenome é dessa origem, e tenho parentes originalmente italianos. Por quê é um sinal? Lá é único lugar onde as bruxas cultuam, e aceitam que Lúcifer teve uma filha enviada a Terra, e também o primeiro local do mundo, onde ouviu-se o nome do Deus Romano. – E eu não sabia disto até 2016. Quando tive um sonho, sobre ter ficado adormecida por 500 anos, que me levou até um conflito na terra da minha descendência de sangue, onde até mesmo encontrei, uma música relevante ao meu nome secreto em 2013. Mas nunca tinha pesquisado mais a fundo, até aquele dia, quando tive o estalo “E se eu focasse na minha magia hereditária para me desenvolver?”.

     A falta de empatia satânica: Lúcifer não é aquele que se diverte entre os demônios, é o quê os mantém na linha, então é normal, que muitos demônios, ou espíritos perturbados, tenham aversão a mim, pois sou filha do “carcereiro da prisão cósmica”.

     Poderes, que podem ser terríveis ás vezes: Odeio ferir pessoas inocentes, mas por vezes a minha ira, se manifesta de tal forma, que consigo interferir neste plano. – Se você é um de nós ou dos nossos, sabe bem a que me refiro.

     A ausência de Lúcifer e Lilith: Eles são deuses, tem seus afazeres, não podem ficar me mimando a cada 24 horas, só porquê vim deles. – A não ser que eu necessite exclusivamente de sua proteção. No entanto é mais fácil enviarem guardiões, antes de tomarem partido, pois querem filhos fortes e dispostos a lutar.

     Loucura racional: Não pertenço a um lado, estou ligada ao todo. Conceitos separativos pertencentes a humanidade, me parecem antiquados. “Magia não pode se unir a Religião” é o tipo de frase que me faz rir por exemplo.– Mas sigo respeitando cada crença, assim como quero, que a minha seja respeitada.

     Relatos autênticos: Devido ao conhecimento sobre os grimórios – e a grande quantidade de gente cética sobre quem sou – registrei tudo datado num site, que serviu como meu diário por um tempo. O nome do mesmo é: Os pensamentos infernais de Carry Manson. – Tenha em mente que na época eu tinha 18 anos, havia acabado de aceitar que era a primeira filha de Lúcifer, e meus textos soavam completamente insanos (e até vergonhosos.) Além disso há os livros Sobre mim de 16/05/2018 e The Angel In Earth de 28/05/2019 no site da Autores, onde podem ler melhor sobre a minha história, e tirarem as suas conclusões. – Os conceitos apresentados acima, são apenas para diferenciar a fantasia do verdadeiro.

     

    Queria dizer que a verdade é o máximo, um conto de fadas, ou tudo o quê aparece na TV, em quê do nada os esquisitos se tornam legais, e imediatamente são reconhecidos como os maiorais da história da Terra. Mas não é assim que funciona.

    Diga que é filho de um Deus, e prepare-se para as risadas, insultos, e pessoas que imediatamente se acham melhores que você.

    Levante-se contra aqueles que não tem consciência, e eles vão apontar o dedo, achando que surtou, e se por acidente acabar os machucando, farão a tua caveira.

    Estou revelando sobre mim, não para que venham tirar satisfações mais tarde. – Mas se quiserem tenho muito mais material para provar quem sou.  – E sim para lhes mostrar, que há sim semideuses entre os humanos, e que nem todos pertencem ao 90% dos mergulhados em mentiras, somente para aparecer.

    Vocês não estão sozinhos. Eu posso ouvi-los, e acreditar em suas histórias, se forem sinceros sobre o quê houve. – Quem realmente é, percebe as inconsistências dos fatos, por isso é mais fácil saber, quem carrega a mesma dádiva ou maldição.

    Cada de nós tem uma missão, seja ela grandiosa, ou parte de um grande plano, e seria bom que nos apoiássemos, pois o universo é grande o suficiente para quê todos consigamos, alcançar a merecida glória. – E isso vale para humanos e predispostos.

    Acham que apenas por ser filha de Lúcifer e Lilith, sou uma criatura suprema e imbatível? Não, não é por aí. Há os filhos que nasceram da própria Tiamat ou de Apsu, e outros Titãs, que são muito mais poderosos. – No entanto ter muita energia, não significa  automaticamente, que sabe usá-la.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Capítulo 7 – DIY MÁGICKO

     DIY é um conceito em inglês que significa Do it Youself, ou Faça você mesmo, e foi adotado por alguns grupos dos E.U.A que preferem fabricar seus materiais, e se abstém do uso das grandes marcas conhecidas. É claro que tal ideal parece implícito para muitos, e embora haja uma corrente chamada Magia do Caos,  que foi desenvolvida Austin O. Spare, e trabalha com isso de maneira bem expressiva, é importante que saiba como praticar.

    Você pode naturalmente criar feitiços, rituais, e cerimônias, para cultuar o teu deus, e lhe mostrar a sua devoção. Mas infelizmente há leis que por hora são permanentes.

    Não adianta por exemplo usar um baphomet para fechar um portal, quando o mesmo é usado a décadas por diversas seitas satânicas, para invocar os príncipes infernais.

    Assim como não adianta tentar invocar um demônio, atribuindo energias negativas ao pentagrama, que há muito tempo é considerado pelas bruxas, como um símbolo de proteção. – Pode até funcionar devido o grande descaso da sociedade, que segue achando que é o símbolo do Diabo, mas a entidade em questão vai rir de você.

    Sempre crie meios de se proteger, mesmo que seja na hora de criar um servidor – No caso da Chaos Magic. – Você pode ter a linhagem dos demônios, sem saber, e atrair um ser de luz, que tenta te destruir, somente porquê tu nascestes como determinado herdeiro. – E vá por mim, luz não significa ausência de combate violento.

    Verifique as condições ideais para realizar a prática mágicka. – Não só a atmosfera mística, como a física também.

    Se a lua é negra, e não condiz com o teu objetivo, evite-a, ou vibre de acordo com o instrumento, de onde saiu o acorde.

    Se o tempo está ruim, (e você não foi responsável), vivem te perturbando, e tudo parece dá errado no dia em questão, já tem a resposta para o teu intento, que é: Não. O universo está se manifestando contra, então fica por sua conta e risco. – Caso queira ir adiante.

    Procure conhecer os presságios. O chamado do universo é comum, por seguir um padrão lógico de repetições, que foge do binário computacional 0 e 1, e passa a ser 0,0,0 ou 1,1,1 – Quanto mais frequente, mais chances há de ser o Cosmos falando de maneira silenciosa. – Será um alerta, se Todos os itens estiverem presentes:

     Números: Números iguais, são portais de consciência – e energia mágicka – se abrindo. Mas quando surgem várias vezes, em conceitos diversos, é bom avaliar o quê significam através do estudo da numerologia, cabala, e gematria em geral.

     Sonhos : O plano onírico é um dos mais interessantes, pois revela sobre o mundo, que há dentro do ser. – Freud estudava os sonhos, para compreender melhor seus pacientes, e você também pode, embora o método não seja recomendado, pois dificilmente será objetivo para ter resultados plausíveis. Além disto, se o indivíduo está conectado com o oculto, tem a capacidade, de prever as linhas dos próximos acontecimentos. Assim sendo deve-se avaliar, quando um sonho, é apenas sonho, ou um sinal. 

    Por ex: Se você tem tido sonhos com elementos semelhantes isolados. Como: a presença constante de pregos em evidência. O resto do contexto se aplica a ti, mas a presença dos pregos é um comunicado. – Como se fosse um código morse do Universo.

     Frases incomuns: Sejam de ameaças, ou que transmitam segurança. – Devem ser avaliadas, se sentir algum tipo de calafrio na espinha, quando as ouvir. Não importa se é da boca de um estranho, na tela do pc, ou em uma canção, pesquise sobre a questão, e tente decifrar o quê significa.

    É relevante salientar que o Padrão Ressoante é a chave, e que embora tenha citado apenas 3 exemplos, o fato de o presságio acontecer 3 vezes, não é o suficiente para se definir como um sinal. Será um sinal, se houver persistência do oculto em te mostrar a mesma mensagem, do contrário pode ser somente uma bela coincidência. A(o) Bruxa (o) saberá intuir a partir disso, e definirá se quer seguir tal caminho, ou optar por outro.

    Respeite as Leis Antigas, apenas atribua algo condizente a tua personalidade no Culto a teu Deus.

    Se lá no teu grimório diz que deve usar a violeta, use a violeta, não o  eucalipto – Com exceção a sacrifícios humanos e de animais, sem razão lógica. Como por ex: Mate um carneiro para o deus, e se livre do cadáver. (Se for para matar um bicho, que seja para deleitar-se da sua carne, ou trazer alívio para alguma dor.)

     

    Siga os antigos, estude-os, respeite-os, mas adore somente aos deuses. – Não trate grandes nomes da vertente da magia, como se fossem a entidade a que te dedica. – Por ex: Aleister Crowley Não É Um Deus Supremo. Em vista disso não haja como se fosse. ( Leia seus escritos, mas sempre com a consciência crítica, do quê condiz com a tua realidade.)

    Você pode imitar alguns rituais, feitiços, e poções. Mas o ocultismo é o campo da criatividade, então quando estiver pronto, inove, entregue-se, e DIY (Faça você mesmo) – Não é porquê fulana usa sempre os métodos 100% tradicionais, que tu devas utilizar também, afinal para ela pode ser fácil, arrancar a cabeça de um cervo, e para ti não.

    Como é errado falar de um ideal, sem aplicá-lo na vida, a experiência que lhes trago é a minha própria língua, que batizei de Lovlicos, pois me baseei em escritos de H.P Lovecraft, e nos sinais da linguagem cósmica, e ela consiste em: 

    Alfabeto tradicional  português- BR. 3 Palavras abreviadas com 3 siglas no total.

    III. Formação de frases, com no máximo 3 sentenças.

    Dicção forte, com acentos ocultos, que somente 

    quem já presenciou os mistérios do universo, 

    consegue aplicá-los.

    Timbre doce para o uso benéfico, timbre

    sombrio, beirando o demoníaco para o

    maléfico.

     

     

    Ex: 

    Em português é: 

    A lua brilha sem parar

    Em Lovlicos é: 

    Alub separ

    Em português é:

    Sim e não, talvez

    Em Lovlicos é:

    Sie nata

     

    Em português é:

    Não vou

    Em Lovlicos é:

    Navo

     

    Parecem palavras de uma raça antiga de alienígenas – ou com os Enn’s demoníacos que conheci ano passado. Mas é apenas um sistema simples, que apliquei aos meus rituais, e até agora rendeu bons resultados. – Ainda que alguns fatos tenham me assombrado, pois apesar de não ter uma egrégora forte (por ser minha criação) é uma expressão muito poderosa. – A melhor explicação, é que o cérebro se impressiona com coisas estranhas, e o uso das mesmas, intensifica o poder mágicko.

    A intenção aplicada nela pode variar, mas pelo que percebi com as minhas experiências e análises, é uma força que mexe com a ordem mundana, e traz a tona o quê é considerado impossível. – Tanto pro bem, quanto pro mal.

     

    Fora a Lovilicos, também realizo meus próprios rituais, baseados na filosofia com a qual tenho mais afinidade. – Uma qualidade, que me fez inclusive criar uma seita chamada Sees- Seguidores da Estrela, que obviamente representava Lúcifer, mas para acessá-la bastava acreditar em algo. -  Através dela introduzi algumas pessoas no mundo místico, após comprar-lhes a sua alma. – Quando acreditava em tais falácias.

    O Sees tinha um propósito comum: Realizar desejos, sejam eles nobres ou atrozes. Assim como também gerava consequências, para aqueles que traíssem o círculo.

     

    No total formávamos 4 componentes. Todos os membros eram femininos, e a nossa crença no poder oculto, era tão grande, que quando nos tornamos A constelação – O quê uma sente, as outras também. – O efeito foi imediato.

    Da mesma maneira que quando uma das moças, escolheu um homem, em vez do círculo. Acabou possuída, e tentou matar o seu amado, diante dos familiares. – Tinha 16 anos na época, e até chorei, me sentindo culpada, por um demônio tomar-lhe posse. – Nem sempre ter poder, é um sonho, na maioria das vezes parece mais um pesadelo. (Ao menos para mim.)

    Nossos rituais incluíam derramamento de sangue, como prova de lealdade, e devorar as doces frutas do cemitério, onde nos reunimos para realizar nossas práticas ocultas. – Que fique claro, não tolerava sacrifício de animais, o fluído da vida, vinha das moças, que faziam parte do círculo.

    Era pura brincadeira de criança, como uma versão da vida real de jovens bruxas. – Mas não cheguei a me tornar uma maníaca como a Nancy, apesar de me vestir como tal.

    Tivemos poucas reuniões, pois após chegarem as consequências, duas garotas, queriam pular fora. Uma perdeu o namorado, e a outra começou a ver as sombras, e isso lhe fez ter medo de onde colocava o pé. Então só restou eu e outra garota, que me apoiou por um bom tempo. – E até me ajudou quando minha vida ficou em risco, após romper o círculo de vez.

    Lembro-me do nosso último encontro. Foi o mais marcante de todos, pois ali tive o primeiro vislumbre da vida passada. – Fomos até o cemitério, e lá um estranho homem de chapéu branco, e camisa vermelha nos recebeu, fazendo perguntas interessantes, a respeito de estarmos ali para passeio ou trabalho, e nos avisou para tomar cuidado com as visagens (termo para espíritos) minha companheira riu, disse temer só os vivos, e eu disse que a morte era uma escapatória para os covardes, frase esta que não saia da minha cabeça.

     Ao ouvir a minha resposta, ele fez uma reverência, e sumiu no meio do matagal. Após a sua partida, as sombras começaram a ganhar forma, e tanto eu, quanto a menina vimos coisas. Primeiro vi uma mulher enforcada no topo de um pinheiro, por um cipó cheio de espinhos, e logo deduzi que era uma bruxa. Em seguida seu corpo sem vida caiu, e um ser de chifres meio homem meio touro, veio para recolhê-lo. Tão grande foi a minha surpresa, ao ver como ele a pegava nos braços. Não a arrastava para o inferno, nem levava como um pedaço de carne, parecia mais que era a sua noiva, e tinha um aparente carinho por ela. – Conseguia sentir que aquela imagem, era um retrato da minha vida passada, e aquela conexão era fantástica. – Ambos desapareciam na névoa, e 7 ou 8 rostos, não lembro ao certo, apareceram, sendo 5 femininos e os restantes masculinos. Nós voltamos para a causa da minha amiga, e acabei por desmaiar sem razão aparente.

     

     

     

     

    Mais tarde a noite, quando estava sozinha em meu quarto, vi que haviam várias sombras chifrudas ao meu redor, e as mesmas pareciam que iam sair das paredes. – Isso me deu um calafrio tão grande, que naquela noite, resolvi dormir no sofá. – Neste tempo nem imaginava que era a herdeira de Lúcifer, então não tem como ser algo influenciado por tal descoberta, que veio acontecer no ano seguinte, e só foi aceita, quase 2 anos depois, pois precisei analisar toda a gama de fatores, para poder aceitar tais fatos.

    Então tome muito cuidado com o quê aplica no seu DIY mágico, pois tudo o quê fizer, expressará a sua real natureza. – É por isso que estou lhe dando estes conselhos de maneira direta, pois apesar de ser uma conhecedora dos mistérios, com grandes saberes, por ter estudado sempre sozinha. Queria que alguém tivesse me dito estas palavras, para evitar todos os desastres que aconteceram.

    A magia independente do quê faça, sempre trará consequências. Mas não é como colher o quê plantar, e sim por causa do valor que atribui a tua responsabilidade pelos atos. Portanto sempre pratique, somente aquilo que a sua consciência é capaz de suportar, do contrário além de ser taxado como louco pela sociedade, vai realmente acabar como um. – Ouça esse conselho de quem foi recentemente diagnosticada com transtorno de personalidade, após inúmeras tentativas de suicídio e agressão, antes de conhecer formas de lidar com a própria escuridão.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Capitulo 8 – A bruxa que vive entre os santos e os pecadores.

    Viver em sociedade é uma tarefa difícil para um bruxo. Sabemos de tantas coisas maravilhosas, e verdades indizíveis, que nos sentimos criaturas superiores, que precisam interferir na jornada dos demais, para que experimentem de toda a beleza ou conhecimento que adquirimos. – Isso é inegável, mesmo que sirva a luz da magia, e diga que acredita que todos são iguais, a igualdade não é a resposta para o quê quer.

    Imagine que todos no mundo são lagartas, e que algum dia se tornarão lindas borboletas. – Se você interferir no processo, eles certamente morrerão, antes de conseguirem sair do casulo. Este é um exemplo que li em Lex Satanicus, e achei algo absurdo na época, mas hoje percebo que é o melhor a ser feito.

    Assim como as pessoas, podem ser simbolizadas como insetos majestosos, também podem ser descritas como música, e cada uma tem um ritmo ou melodia própria, que pode ou não agradar os nossos ouvidos. – Portanto procure sempre andar, com aqueles que tem um ideal em comum contigo.

    É lindo abraçar as diferenças, mas uma coisa é aceitar o outro, outra bem diferente, é querer ser como ele. – A verdadeira beleza do mundo, não está em rostos padronizados e iguais. Mas sim em suas peculiaridades. O quê quero dizer com isso? Seja fiel a ti mesmo, e se aceite acima de tudo, não tente se adequar aos demais, somente porquê eles não te aceitam. Procure pelo teu próprio nicho, pois não importa qual seja, sempre há um espaço para ser ouvido. 

     

     

     

    Evite se expressar em sociedade, se não aceitam a tua crença mística. – Não é porquê você respeita os outros, que eles farão o mesmo por ti. – “Mas Lux você falou para não me adequar aos demais!” Sim, e não se adequar, significa ser leal aos teus ideais, não importa o ambiente em que se encontra. – Eu sou bi, e mesmo em meio aos héteros, continuarei sendo, não importa o quê digam. E se encontrar aqueles que me apoiam, me abrirei e direi a verdade, se não, seguirei em silêncio, pois o mundo é um lugar perigoso, e há aqueles que em seu fanatismo, apenas precisam de um “A”, para virem para cima. – E não quero mais responsabilidades por danos aos outros. É uma questão de sobrevivência.

    Enfiar nossas crenças na goela alheia, é como forçar a pessoa a aceitar nossas filosofias. – Eu sei que funcionou para os cristãos, mas o medo é tão eficaz, que hoje os fiéis se uniram a outras crenças, por não aceitarem a intolerância religiosa. Então o temor, embora funcione, não se compara a força do amor pelo quê se faz. Por isso se quer mesmo trazer, alguém para o seu lado – Vá na mãe de santo mais próxima, e coloque o nome da pessoa numa roda. Brincadeira!

    Tente explicar-lhes sobre a sua fé, e quando for confrontado, apenas faça comparações, que o ajudem a perceber que no fim seu amor pela divindade, não é tão diferente, do quê o quê sentem por Cristo. – Sua vida está tão difícil por quê não larga dessa tal magia e abraça o nosso senhor? Já me disseram e respondi Da mesma forma que você ama o seu senhor, apesar das dificuldades, eu também amo a Lúcifer, e assim como tu se identificas com Cristo, eu me sinto mais confortável andando com o deus romano. Foi o suficiente para seguir em paz, nunca mais tocou-se no assunto, e a amizade seguiu  a mesma.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Não tente humilhar ninguém, a não ser que a pessoa realmente mereça tal castigo. – Eu pessoalmente odeio “lacrações”, porquê é algo desnecessário para sociedade, e trata-se de gente, que quer “arrasar” apenas repetindo o discurso alheio, como se fosse uma verdade absoluta. A pessoa aparentemente refletiu sobre algo, mas no fundo não se deu o trabalho de questionar, e apenas uniu a ideia do autor, a coisas que ouve no cotidiano. Chega a ser – me perdoe pela expressão – Patético, pois a preguiça intelectual se torna mais do quê evidente. – Por isso fica a seu critério Expor a sua ideologia ou não–  Mas lembre-se Bruxos (a) de verdade, não tomam os problemas da sociedade como seus. – Eu sei soa frio, todavia é assim que funciona, pois devido a enorme gama de poder, que um ser desses possui, se ele coloca as suas emoções em jogo, certamente isso traz consequências, que dificilmente são agradáveis. Hoje destrói um ditador, amanhã impede o seu país de prosperar, e todos acabam na miséria por exemplo.

    Não estou dizendo,  que não deve defender aquilo em quê acredita, estou apenas esclarecendo, que precisa ter noção do quê defende, antes de ir as ruas ou redes sociais. – Não seja mais um papagaio da fé, e somente parta para a guerra, se o conceito do outro, realmente te ferir, de uma forma, que precisa colocar todo o ácido para fora. – Este livro não é para passivos, ou atacados, mas sim guerreiros que sabem quando devem erguer a voz.

    Isto nos leva a um tópico interessante. Não ataque a tudo e todos, apenas porquê não te aceitam. Aprenda a si amar, e não ligar para opiniões repulsivas. – Não ligar mesmo, ou seja ouvir, e entrar por um lado e sair pelo outro, sem sair por aí dizendo “Eu não ligo! Não adianta tentar me atingir! Pois não vai conseguir!” já que se o fizer, estará claramente agindo de maneira contrária, ao que disse.

    Aprenda a controlar a sua raiva, ou ela te controlará. – Não haja por impulsos, pois isto pode custar muito caro para você, ou os seus colegas. – A ira nos faz ter pensamentos num segundo, cuja responsabilidade pesa por uma década.

    Haverão muitos grupos, que exaltarão a fúria, e te dirão para destruir tudo e todos. Mas não te falarão, que você pode ferir alguém gravemente, ou até mesmo matar o alvo escolhido. – Porquê a maioria que venera estas forças, não se dá ao trabalho de conscientizar os seus do perigo.

    Aprender a controlar a sua raiva interior, não te fará mais fraco. Mas sim capaz de realmente arrancar o coração, de um inimigo velado, sem sequer se importar se isto pesa ou não na consciência, pois terá ciência, de quê se chegou a tal ponto, foi algo necessário, e será mais difícil de se arrepender. Só que se o fizer, apenas por causa de um segundo de raiva, a culpa mais tarde vai te consumir, e caso isto não aconteça, sugiro que vá urgente ao psiquiatra, pois a sua falta de empatia, é algo assustador.

    Aceite a natureza, e a proteja, não tente modificar a ordem das coisas. – Nós somos carnívoros, está no nosso DNA, desenvolvemos caninos para devorar carne. Se você quer cuidar da natureza, comendo apenas frutas e vegetais, tudo bem, mas não venha tentar obrigar os outros a seguirem a tua doutrina. – Cada um em seu nicho lembra?.

     “Um leão pode devorar um ser humano, mas o ser humano não pode devorar o leão”? A onde isto é natural na cadeia alimentar? Por quê o leão tem que ser superior ao homem, em vez de haver um termo de igualdade entre ambos? A ciência não tem dito a anos, que o homem tem parentesco com os primatas, e logo é um animal também? – Eu sei isso pode ser desagradável, mas o natural não se baseia em veados e leões, andando lado a lado como amigos, da mesma forma, não pode acontecer com os humanos e os seus irmãos animalescos. Não importa se é racional. A falta do instinto caçador, nos torna dóceis, e mais fáceis de sermos manipulados por entidades obsessoras. – É claro esta é a minha opinião, escolher seguir ou não é de você, mas antes de sair levantando bandeiras a favor do meio-ambiente, pelo menos conheça o quê defende.

    Isto significa que eu, Lux Burnns, sou um monstro, a favor da caça por diversão, e outros meios de entretenimento humano, que humilham os animais? Não, o preto e branco, não se encaixa a mim. Uma coisa é respeitar a natureza, outra é usá-la como posse, da maneira que bem entender. – Por mim as fábricas de comida, deveriam promover o abate misericordioso, semelhante aos dos banquetes de festividades africanas.

     

     

    Sempre respeite a crença alheia. Você ama Odin e seu parceiro a Lúcifer. Mas e daí? Cada um segue a divindade que desejar, e aprende com a mesma. – Novamente lembre-se da metamorfose da borboleta, se mexer no casulo, ela morre.

     

    O mesmo vale para os seus pais. Se você vive com eles, lhes deve muito, por te darem um teto, comida, e as vezes até roupa lavada. Então não os desafie, ou os desmereça por causa de crenças diferentes. Vocês são de tempos diferentes, foram colocados juntos, para aprenderem uns com os outros, não se destruírem. – Seja maduro, saiba argumentar, e lutar como um nobre, pelo seu ponto de vista. Se agir assim, eles provavelmente verão, que a tua filosofia está te tornando alguém melhor, e que não precisam se preocupar. Agora se sair berrando, quebrando os móveis da casa, batendo a porta do quarto, mesmo que eles só queiram conversar, tudo o quê vai ganhar com isso, é mais abordagens, que demonstrem medo do caminho que está tomando. – Falo por experiência. Iniciei minha vida mágica da pior forma, e só depois que adotei esta postura, por causa de Anton Lavey, a guerra em casa acabou. Rebeldia com causa é algo louvável, mas rebeldia por rebeldia, nada mais é que tolice. – Se eles  ainda sim, não permitirem que faça os cultos dentro de casa, vá para fora, se for ruim, procure algum canto seguro, onde possa praticar, sem causar problemas em seu lar. – Nem sempre será um método efetivo, mas é melhor ter aliados dentro de casa, do quê inimigos.

     

    Por fim sempre tenha em mente, que sentir-se superior, não significa ser superior. Para torna-se assim, terá que ter atitudes que condizem com tal postura. – Não me mande beijos de luz, se a sua única intenção é me queimar. GsolitaryDevil.

     

     

     

     

    Capitulo 9 – Os Deuses e o Fim da farsa da realidade dualística.

    Este é o fim da sua jornada comigo, e o ínicio de algo ainda maior. Como disse lá no início, há autores infinitamente melhores, e não estou aqui para me apropriar dos seus cargos ou teorias. – Apenas estou apresentando-as com uma linguagem mais direta, para que saibam exatamente o quê praticam, de acordo com a interpretação aceita por outros ocultistas. 

    Até aqui temos trabalhado sobre as grandes causas sociais, que afligem a comunidade mística, e muitas vezes defendi que a realidade não é dualística. Mas para fechar este pequeno guia, me aprofundarei nesta questão com uma explicação mais extensa. – É neste ponto que você vai decidir, se quer continuar sendo ocultista, ou prefere tomar o caminho mais simples, adotando alguma religião por exemplo.

    Desde que éramos jovens, nos ensinaram a dividir o mundo entre homens e mulheres, bem e mal, fogo e gelo, guerra e paz. Nossos pais – na maioria das vezes – nos diziam “No mundo há Deus que é o bem, e há Satanás que é o mal. Deus é luz, Satanás escuridão. Deus é água, Satanás é chamas.” 

    Apesar de não discordar, dos conceitos acima apresentados – com exceção a Deus ser luz, mas é pessoal – creio continuarmos a segui-los é errado. Já aprendemos muito sobre as duas metades, então por quê deveríamos continuar trabalhando-as de maneira separada? 

    Está certo, a iluminação é importante, mas as sombras também são. É preciso que haja um ou o outro, para quê o todo exista. Não adianta tentar tirar um dos números da equação, senão dificilmente encontrará o valor de X ou Y.

     

     

    Devido a minha conexão cósmica, estudei não somente astrologia, como astronomia, física, e biologia. Pensei a príncipio, como muitos magos, que era apenas uma imposição social, para nos manter ignorantes perante a verdade do universo. Mas foi então que percebi, que a culpa da divisão não era dos cientistas, em sua maioria religiosos, e sim dos novos filósofos da internet, que empregam o conhecimento científico, apenas para atender os seus próprios conceitos mesquinhos.

    “Deus não existe.” Dizem todos os ateus, que esqueceram-se de questionar, adotando uma conduta massificada, e muitas vezes tomam como prova inconstetável, as palavras de grandes pensadores, que foram queimados como hereges. Oras meus amigos, se Deus não existe, naturalmente nada mais do mundo místico é real também. Inclusive Lúcifer, Odin, Hel, Osíris, Ísis, Seth, Zeus, Deméter, Amon, Baal, Krishina, e vários outros deuses, pois se o suposto supremo não é real, o resto dificilmente pode ser considerado como tal. O velho barbudo de sandálias que conhecemos, nada mais é do quê uma imagem criada por homens, que compilaram antigos escritos, num livro chamado bíblia sagrada. – Então quando se entrega a crença, de adorar o Deus do impossível, você indiretamente está se conectando com alguma destas divindades do velho mundo, por isso o uso de versículos, para atingir determinados objetivos.

    Espera Lux Burnns, filha de Lúcifer e Lilith, neta da gigante Tiamat, você está sugerindo que devo me converter? Calma! Não, isso jamais. Alimentar a ideia de quê este deus é supremo, é o quê torna ainda mais forte, não lembra? 

    Só que também não se pode descartar o inegável, de quê esse grande mosaico mal feito, também é parte da nossa cultura, e que desprezar alguns dos seus fatos, é o mesmo que massacrar a própria doutrina. – Por isso se prender ao lado A ou B, é errado. 

    “Ah mas a deusa x é maior que o deus y.” ou “O deus y é maior que a deusa x” Já chega de se prender a isso. Queres realmente acessar o poder máximo, nesta realidade limitada? Então pare de abraçar apenas a causa que te convém, e aceite que o quadrado é feito de dois triângulos, ou o círculo é formado pela união dos mesmos. – O quê isto significa? Que a realidade não se resume, a deuses C e D, e que não é necessário comprar as suas brigas, para que adquira o seu respeito, ou realizem os seus objetivos.

    Nem mesmo estes deuses são originários do príncipio feminino ou masculino, mas sim da união de ambos, que nasceram do verdadeiro ser supremo, que não é Jeová, Cerridween, ou nem mesmo Tiamat, apesar do quê muitos acreditam.

    Se você é iniciante, será um choque, mas a realidade precisa mostrada desde aqui, para que entenda a perda de tempo, que é lutar apenas de um lado. Então prepare-se, pois a origem do universo, de acordo com os antigos, lhe parecerá absurda, se ainda continua abraçado apenas a positivos e negativos:

     Mitologia súmeria

    Cosmogonia

    “Antes de todos os antes, nada existia, a não ser Nammu, o abismo sem forma. Um dia, Nammu resolveu espreguiçar-se, e novamente voltou a enrolar-se. Com esse gesto, ele criou Ki e Anu, respectivamente a Mãe Terra e o Firmamento. Deles nasceriam todos os demais deuses, o tempo e, no futuro, o homem, que seria feito de argila.”

    Superinteressante 28/05/2019

     

     Mitologia Egípcia: 

    Cosmogonia 

     

    Neterus Primordiais:

    São os deuses mais importantes os quais estão associados com o mito de criação (origem do universo):

    • Nun (Nu ou Ny): simbolizava a água ou o líquido cósmico que deu origem ao Universo.• Atum (Atum-Rá, Tem, Temu, Tum e Atem): representa a transformação de Nun, sendo considerado aquele que deu origem a explosão do Universo (semelhante ao Bing Bang) e que gerou os diversos corpos celestes, separando assim, o céu e a Terra.• Amon (ou Amun): esposa de Mut, ele é considerado o rei dos deuses.• Aton (Aton ou Aten): relacionado ao sol, ele foi o deus do atomismo que estava relacionado com o disco solar.• Rá (ou Ré): deus da criação, sendo um dos principais deuses do Egito.• Ka: força mística que representava a alma dos deuses e dos homens.• Ptah: marido de Sekhmet e de Bastet, representava o deus criador e protetor da cidade de Mênfis. Além disso, era considerado deus dos artesãos e arquitetos.• Hu: representava a palavra de criação do Universo.

    Toda Matéria 28/05/2019

     Mitologia Hindu

       Comosgonia 

    A Mitologia Hindu está fundada nos Vedas, que são os livros sagrados dos hindus. Segundo a crença, o próprio Brahma os  escreveu. Brahma é o Deus supremo da tríade hindu. Seus atributos são representados pelos três poderes: criação, conservação e destruição, que formam a Trimuri ou trindade dos principais deuses: Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente, da criação, da conservação e as destruição.

    Brahma é o deus criador de todo o universo e de todas as divindades individuais e por ele, todas serão absorvidas. Ele se transformou em várias coisas, sem nenhuma ajuda externa e criou a alma humana que, de acordo com os Vedas, constitui uma parte do poder supremo, como uma fagulha pertence ao fogo.

    Infoescola 28/05/2019

     Mitologia Grega

    Cosmogonia

     

    No princípio de todos os mitos, houve um tempo em que nada existia no Universo além do Caos – a mais antiga, a mais inexplicável, a mais absurda das divindades. Nenhum poeta e nenhum filósofo grego imaginava o que teria existido antes dele: era o primeiro dos deuses, a sombra de loucura e confusão que está nas profundezas de tudo o que existe.

    O Caos ocupava todo o espaço do Universo. Nele, estavam misturadas as sementes de todas as coisas futuras: mas não havia ordem alguma, apenas um turbilhão sem sentido e sem fim. No poema As Metamorfoses, escrito no século 1 a.C., o poeta romano Ovídio descreve assim a terrível divindade que deu origem a tudo: “Antes que a terra, o mar e o céu tomassem forma, a natureza tinha apenas uma única face, chamada Caos: uma massa crua e desestruturada, um conglomerado de matéria composta por elementos incompatíveis… Nenhum elemento estava em sua forma correta, e tudo estava em conflito dentro de um mesmo corpo: o frio com o quente, o seco com o molhado, o pesado com o leve”.

    O Sol não iluminava o dia, e a Lua não brilhava à noite. Não havia chão para firmar os pés, nem mar para se nadar – todos os elementos estavam misturados num caldo primitivo. E as coisas, embora sempre em convulsão, não saíam do lugar: pois não havia sequer direita e esquerda, em cima ou embaixo, Norte ou Sul, dentro ou fora. O Caos era tudo e, ao mesmo tempo, nada.

    Superinteressante 28/05/2019

     

     Mitologia Nórdica

    Cosmogonia

     

    A narrativa das Edas conta que, no princípio, não havia nem céu nem terra, apenas uma enorme abismo sem fundo e um mundo de vapor, no qual flutuava uma fonte. Dessa fonte surgiram doze rios que, após longa viagem, congelaram-se e com o acúmulo das camadas de gelo umas sobre as outras, o abismo se encheu.

    Ao sul desse mundo de vapor, havia um mundo de luz, que soprando vapores quentes, derreteu o gelo que havia se formado. Esses vapores, ao elevarem-se no ar, formaram nuvens e destas surgiu Ymir, o gelo gigante e sua geração. Surgiu, também, a vaca Audumbla, que alimentou o gigante com seu leite e alimentava-se da água e sal contidos no gelo. Certo dia, quando a vaca lambia o gelo, surgiu o cabelo de um homem; no segundo dia, a cabeça e no terceiro, todo o corpo, com grande beleza, força e agilidade.

    O novo ser era um deus e dele e de sua esposa surgiram Odin, Vili e Ve, que mataram o gigante Ymir. Com o corpo do gigante morto, fizeram a terra, com o sangue, os mares, com os ossos ergueram as montanhas, dos cabelos fizeram as árvores, com o crânio fizeram o céu e o cérebro tornou-se as nuvens carregadas de neve e granizo. A moradia dos homens foi formada pela testa de Ymir e ficou conhecida como Midgard ou terra média.

    Infoescola 28/05/2019

     

    Notou uma semelhança? É novato, e A e B nada mais são que A+B, que resulta em AB, que é a resposta sobre o quê o cosmos é. Eu detesto matemática, mas é um cálculo aceitável. Só que esta presença de uma força, que é a soma de partes, não se encontra presente apenas no misticismo, ou em algebra.

    Na física por exemplo um átomo, é formado por prótons e elétrons, que significa respectivamente o positivo e o negativo trabalhando juntos. Isto é algo caiu para mim na sexta-série, mas estava tão focada em renegar o aprendizado mundano, que não pude perceber, o quanto isto podería me ser útil.

    Na biologia há os casos de partogênese, quando uma espécie assexuada, gera uma prole. Mas isto só é possível, porquê as mesmas carregam tanto os genes xx quanto o xy. 

    Esta é a natureza meu caro, esfregando em sua face, que as espécies não são definidas por machos ou femêas, e sim por aqueles que são dotados de capacidades, para dominar o reino em quê habitam. – No reino dos insetos a louva deus fêmea, fica no poder, porquê o ambiente a tornou capaz. No reino felino, especificamente dos leões, é o leão quem comanda, e assim por diante.

    Os humanos, pré-dispostos ou não, continuam sendo animais, por isso também são livres, para definir quem é apto ou não para determinado cargo, desde que estejam cientes, de quê os gêneros feminino e masculino, atuam como formas da valor equivalente, não desigual. Já que novamente, um sem o outro, tem poder, mas os dois juntos, geram a perfeita união que representa o nosso Universo.

    Portanto não se entregue a falácias dualístas, que só agregam valor a determinado grupo. Abrace o todo, entenda-o, e perceba que a união de muitos, é o quê realmente faz a força.

    Por fim guarde isto em sua mente: Bem e mal é relativo sim. Mas uma conduta, realmente correta, pode ser alvo de piada entre os demais. Não importa, se tu segues a luz ou as trevas. Sempre que resolver pensar fora da caixa, haverão aqueles que tendem a te “apedrejar” ou “queimar na fornalha ardente”, por sua postura nobre.

    Um satanista pode sim ser amigo de um cristão. Um bruxo pode sim ser amigo de um mundano. A única coisa que me parece imperdoável, é que ambos continuem, a tentar se destruir, por comprar a briga de seres, que claramente andam de mãos dadas.

    Sem o Inferno não há quem puna os criminosos pelos seus pecados terríveis, da mesma maneira que sem o Paraíso não tem recompensas maravilhosas. Sem a Guerra, não há razão para o Amor existir. Sem a luz não dá para ver na escuridão, assim como sem um pouco escuro, é impossivel enxergar na luz. Sem o fogo para aquecer, o frio nos congela. Sem o frio para nos aliviar, o calor nos queima. Sem a lança para atacar, o escudo pode não ser mortal. Sem o escudo, não há como se defender da espada. A magia branca nos ajuda a alcançar nossos objetivos, mas a magia negra, nos ajuda a sobreviver. O tudo é o todo, e o todo é a junção de todas as metades.

    Agora a sua jornada se encerra comigo, nobre peregrino, e espero ter te ajudado a encontrar o teu cálice dourado. Pegue-o, encha-o do vinho do saber, e embriague-se de conhecimento, pois como pôde ter notado, não importa o caminho que tomares, o destino sempre será o mesmo, mas é a perspectiva do conceito, que te trará paz ou desespero.

    Com muito carinho, Lux Burnns.

     

     

     

     
     
     

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